[Depoimentos] Aprovados para Advocacia Pública

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[Livro] O Primeiro Ano - Como se faz um Advogado (1997)/ Scott Turow

Mais um que peguei
na biblioteca (220 páginas)


Introdução



Um professor na faculdade certa vez me disse que na época dele de aluno o livro "O Primeiro Ano - Como se faz um Advogado" era a leitura obrigatória na matéria de introdução ao Direito e não "O Caso dos Exploradores de Cavernas". Realmente, tem coisas que não deviam mudar.

"O Primeiro Ano", livro muito interessante e esclarecedor, trata, como o próprio título diz, do primeiro ano na vida de estudante em Harvard, famosa universidade americana, mostrando como é a cansativa rotina de estudos por lá.

Muito diferente da maioria das faculdades de Direito do Brasil, onde qualquer um pode se formar com o mínimo de esforço, sair sem saber nada e ainda ter de ficar estudando durante anos para conseguir passar na prova da OAB, mesmo depois de 5 anos de faculdade.

Rotina de estudo em Harvard X Brasil



Harvard

Brasil

O método utilizado no sistema de ensino é o Socrático.
Não há a adoção de um sistema próprio e cada professor se vira como pode.
Todo o curso é baseado em causas reais: ênfase na prática
Cada professor escolhe o que aborda, seja a mera teoria, seja a prática, mas a ênfase é na teoria
Os preparativos para os exames são massacrantes, exigindo até 16 horas por dia de estudo
Basta assistir mal e porcamente as aulas ou ler o caderno de um cdf
Boas notas são vitais por servirem de base para contratação pelos grandes escritórios e pelas mais importantes agências
governamentais
Basta passar no concurso público e a maioria dos escritórios contrata baseado em Networking ou em outro critério subjetivo.

Pequenas diferenças, não é?

Talvez isso explique porque aqui no Brasil o bacharel em Direito recém-formado normalmente não passa na OAB e nem em concurso público (seja para cargo de técnico, seja para cargo de Juiz). 

Há um enorme descompasso entre a realidade do mercado de trabalho e a formação universitária. É assim há muito tempo e vai continuar sendo, pois quase ninguém se importa (vide o índice de reprovações na prova da OAB).


Minha Experiência 


Pessoalmente, aprendi muito mais sozinho do que com meus professores na faculdade, onde a maioria era bem fraquinha em termos de conhecimento e didática. Somente nos cursinhos, depois de formado, que conheci muitos grandes professores de Direito.

Para que serviu a faculdade? Para me permitir pagar por meu diploma de forma parcelada (ainda sim foi bem caro) e me dar a habilitação legal para praticar uma profissão desconhecida à época.


Minha situação só melhorou quando fui fazer cursos preparatórios depois da faculdade, quando tive aula com grandes professores de diversos tipos: advogados, juízes, promotores etc.


Conclusão


Enfim, concordamos com JR Tostes

Esse livro deve ser lido por todos os advogados e estudantes de direito no Brasil, onde as faculdades são pouco exigentes e o índice de reprovação é quase zero. Daí a decepção quando dos exames da OAB, onde há um grau mínimo de exigência.

Grande abraço!



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Sites consultados:

  • http://jrtostes.blogspot.com.br/2013/07/o-primeiro-ano-como-se-faz-um-advogado.html

[Livro] Como Estudar e Como Aprender (1968)/ Emilio Mira y López


Conforme explica Antônio Cavalcante:


"O psicólogo norte-americano G. Whipple formulou trinta e oito regras para o melhor aproveitamento do ato de estudar, citadas no livro Como estudar e como aprender, de Emilio Mira y López.



1. Conserve-se em bom estado físico.

2. Procure extirpar ou curar os defeitos físicos que amiúde obstaculizam a atividade mental, tais como vista defeituosa, ouvido deficiente, dentes cariados, adenóides ou obstrução nasal.

3. Procure que as condições de trabalho (luz, temperatura, umidade, roupa, cadeira, escritório etc.) sejam favoráveis ao estudo.

4. Adquira o hábito de estudar sempre no mesmo lugar.

5. Forme o hábito de estudar às mesmas horas.



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6. Quando possível, prepare adiantadamente o tema de uma determinada matéria, imediatamente depois do dia de sua exposição.

7. Comece a trabalhar imediatamente.

8. Adquira o costume de fixar a atenção.

9. Enquanto trabalhar, faça-o intensamente: concentre-se.

10. Mas não permita que uma atenção profunda o confunda ou preocupe.



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11. Realize seu trabalho com intenção de aprender e recordar.

12. Busque um motivo, ou melhor, vários motivos.

13. Desfaça a ideia de que trabalha para seus mestres.

14. Não peça ajuda enquanto não for necessário.

15. Tenha uma noção clara de seu objetivo.





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16. Antes de começar a trabalhar, adiantadamente, repasse rapidamente a lição anterior.


17. Faça um rápido exame preliminar da matéria a estudar.

18. Descubra, praticamente, se obtém maior êxito começando pela tarefa mais difícil ou pela mais fácil, quando se encontrar diante de vários deveres de dificuldade desigual.

19. Em geral, quando estudar, use a forma de atividade que será exigida quando for utilizar o material.

20. Dedique a maior parte de seu tempo e atenção para os pontos fracos de seu conhecimento ou técnica.
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21. Leve o aprendizado de todos os pontos importantes além do grau necessário para sua recordação imediata.

22. É preciso avaliar diariamente o grau de importância dos temas que lhe são apresentados, e dedicar os maiores esforços para fixar permanentemente os que são vitais e fundamentais.

23. Quando uma parte da informação é de importância notoriamente secundária e útil só por um momento, é justo que se lhe conceda só a atenção necessária para recordá-la nesse momento.

24. Prolongue a duração de seus períodos de estudo o suficiente para utilizar o “esquentamento” (warming-up), mas não a ponto de chegar ao aborrecimento e cansaço.

25. Quando for necessária uma repassagem, distribua o tempo que lhe puder dedicar em mais de um período.


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26. Ao interromper seu trabalho, não o faça somente em uma pausa natural, mas deixe um sinal, para poder retomá-lo novamente.


27. Depois de um estudo intenso, principalmente em se tratando de material novo, descanse um pouco e deixe vagar a mente antes de empreender outra tarefa.


28. Use vários artifícios para obrigar-se a pensar em seu trabalho.



29. Forme o hábito de elaborar seus próprios exemplos concretos de todos os princípios e regras gerais.

30. Adquira o costume de repassar mentalmente cada parágrafo assim que tiver acabado de lê-lo.


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31. Não hesite em marcar seu livro para fazer ressaltar as idéias essenciais.

32. Quando quiser dominar um material extenso e complexo, faça um esquema. Se também quiser reter esse material, aprenda-o de memória.

33. Em qualquer trabalho aplique seu conhecimento tanto quanto for possível e logo que puder.

34. Não titubeie em aprender de memória, palavra por palavra, materiais como as definições de termos técnicos, fórmulas, conclusões e esboços, sempre que você os compreender.

35. Quando o material que vai ser aprendido de cor não apresenta associações racionais, é perfeitamente justo inventar um esquema artificial para aprendê-lo e recordá-lo.


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36. Ao aprender de cor um poema, declamação ou oração, não o divida em partes, mas aprenda-o em seu conjunto.

37. Para aprender de cor é melhor ler em voz alta do que silenciosamente, e é melhor ler rápido que devagar.

38. Se o estudo requer a assistência a aulas, tome notas com moderação, usando o sistema de abreviações, e torne a escrevê-las cada dia, ampliando-as em um breve esboço organizado de acordo com a regra 32."



Obs.: Dividi o texto para facilitar a leitura e compreensão.


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Site consultado:


  • http://mitosemetaforas.blogspot.com.br/2011/04/o-ato-de-estudar-38-regras.html
Post de 2017 atualizado em 2018