[Depoimentos] Aprovados para Advocacia Pública

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Eduardo Monteiro de Barros Cordeiro

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Bom galera, sou Advogado da União aprovado no concurso de 2015, empossado em 2017. Os depoimentos de aprovados em certames anteriores me ajudaram muito nessa estrada dos concursos. Então, sinto-me no dever de fazer também o meu depoimento para, quem sabe, poder ajudar algum colega que esteja trilhando esse mesmo caminho.


Tentarei passar objetivamente as informações que julgo úteis para quem está estudando, para fins de organização/motivação. Reuni aqui as dicas que consegui descobrir na prática e garimpando nesses anos de estudos. São coisas que não me disseram quando comecei a estudar e que talvez facilitem um pouco o caminho de quem está começando.


Com os tempos de estudo criei o hábito de organizar as informações, então segue meu “depoimento em tópicos” mais ou menos em ordem de importância. Rs


Reforço que essa é a apenas a minha visão e opinião sobre o estudo para concursos.





1- DICAS INICIAIS




Pode parecer bobo, mas essas dicas são fundamentais para qualquer jornada de longa distância. Observei muitos colegas pararem ou se perderem por não terem consciência destes fundamentos.









1.1 CLARIFIQUE SEU OBJETIVO: É facil perceber que sem foco não se chega a lugar algum. Descubra e amadureça seu objetivo (área/carreira/cargo). Hoje em dia é difícil ver alguém que “não sabe o que quer” ser aprovado em um concurso com alto nível de dificuldade. Claro que ninguém está “amarrado” a uma idéia inicial e é possível repensar e mudar seu objetivo, mas cuidado para isso não virar um hábito. Tenha em mente que você estará começando uma jornada de meses ou anos.






1.2 SIGA INCONDICIONALMENTE: Discliplina é fundamental. Não adianta ter um objetivo e não agir para alcançá-lo ou parar a cada pequeno obstáculo. Evidente também que não é indicado por os estudos acima de tudo (há coisas muito mais importantes que estudar pra concurso). Ter uma vida equilibrada também ajuda a seguir estudando por mais tempo.






1.3 NÃO ABDIQUE SUA AUTORIDADE: Assuma a responsabilidade da sua vida de estudos. Ouça atentamente o que os mais experientes tem a te dizer. As dicas de quem já passou são importantíssimas. Entretanto, não aceite nada como verdade absoluta. Priorize a sua experiência prática em detrimento de qualquer outra coisa (desde que sua experiência realmente funcione). A realidade nos mostra que não costuma existir método/livro/curso indispensável, salvo raras e pontuais exceções.






1.4 PRATIQUE A SINCERIDADE: Saiba identificar os momentos de procrastinação, desânimo, medo, etc. Aceitar suas “imperfeições” requer coragem. É natural ocorrerem momentos de pausa por motivos diversos. Evite auto-julgamentos. Lembre-se do seu objetivo e, assim que possível, retome sua rotina.






1.5 NÃO USE O ESTUDO COMO FUGA: Tenha em mente que você está estudando para passar numa prova. Não se esqueça disso e direcione seus esforços nesse objetivo. Avalie se entrar em grupo do whatsapp/facebook está te ajudando a passar numa prova, ou se você está tentando aliviar sua ansiedade. Avalie se o curso te traz resultado ou se você está fazendo só porque disseram que é bom. Avalie se ler uma tese de doutorado vai te ajudar a passar numa prova ou se você está tentando recompensar seu ego. Avalie se você realmente está disposto a dedicar parcela do seu tempo estudando para ingressar em uma carreira pública ou se apenas não sabe o que fazer da vida. A vida é sua e se você quer se recusar a enfretá-la, você sofrerá as consequências. A escolha é sua.









2- ETAPAS DO ESTUDO






Aqui é apenas uma sugestão de como estudar de modo eficiente, sem exclusão de qualquer outro método que seja igualmente útil.







2.1 CRIAR UMA BASE: Você começa a construir uma casa pelo alicerce. Durante seu estudo, inevitavelmente você terá que decorar muita muita coisa. Entretanto, antes de decorar súmulas e letra da lei, é recomendável entender como “funciona” a disciplina que irá estudar. Pode ser de pouca utilidade decorar a última súmula do STF/STJ se você sequer entende o que ela quer dizer e quando se aplica. Criar a base na matéria é ter uma visão geral e panorâmica para conseguir raciocinar juridicamente. Quem tem base em uma matéria sabe um mínimo de Lei/Doutrina /Jurisprudência para articular os institutos jurídicos. Há várias forma de adquirir base: a) boa faculdade; b) bom livro; c) bom curso-presencial; d) boa vídeo-aula; etc. Não há regra, experimente o que funciona para você. Eu geralmente preferia livros, mas há que prefira vídeo-aula, por exemplo. Um bom parâmetro para saber se você tem base é a capacidade de discorrer oralmente sobre um assunto citando exemplos práticos.




2.2 ESTUDAR LEI: Apenas ter uma base na matéria não é suficiente para ir bem na prova, também é preciso saber o texto da lei. Se você não consegue estudar lei, tem duas opções: a) descobre uma maneira de conseguir; ou b) desiste. Brincadeira a parte, todo mundo sabe que tem que ler lei seca. Muita coisa fatalmente terá que ser decorada, entretanto, como já dito, após criar uma base na matéria, fica mais fácil decorar e entender a lógica dos dispositivos legais. Uma parte muito importante do estudo de lei é treinar questões objetivas para ter o feeling do que geralmete é cobrado nas provas. Caso contrário, você pode acabar gastando um tempo precioso decorando artigos e informações inúteis e de menor importância para sua prova. Abaixo, no item 3, explico na prática como eu estudei lei seca.


2.3 ESTUDAR JURISPRUDÊNCIA: Estudar jurisprudência é indispensável. Eu considero jurisprudência, pra fins de concurso, como: a) Súmula; b) Informativo; c) Julgado importante (que não está nos informativos). Todos já conhecem o site dizerodireito, que é unanimidade. Para a prova da AGU, eu estava atualizado com a jurisprudência dos últimos 3 anos. Da mesma maneira, deve-se priorizar o conteúdo importante para cargo. O ponto crucial no estudo de jurisprudência é como conseguir memorizar a quantidade enorme de julgados. Explico, no item 3, o método que utilizei.


2.4 ESTUDO COMPLEMENTAR: Também é importante focar o estudo em Artigos/Temas/Pareceres inerentes ao órgão e atividade do cargo. No caso da AGU é bom ler as Súmulas da AGU e legislação específica. Talvez até vale a pena ler algumas Súmulas do TCU importantes. Mas muito cuidado nessa parte pra não exagerar e ficar decorando pareceres/artigos aleatórios sem importância. Há notícias importantes no site do STF/STJ/AGU que nem sempre estão nos informativos, os aplicativos de RSS, como o feedly, ajudam bastante pra ler esses sites (mas confesso que não consegui ler esse sites por falta de tempo). Portanto, se o tempo é curto, priorize sempre as súmulas e informativos.

3- ORGANIZAÇÃO
Costumam dizer que para passar em um concurso é mais importante ter persistência do que inteligência. Isto tem um fundo de verdade. Mas lembre-se que não basta estudar horas e horas por dia para que você tenha resultado. Para você conseguir atingir seu objetivo você deve tomar as ações corretas para tanto. Se você põe uma planta no escuro e rega suas folhas, ela irá morrer, não importa o quão comprometido e cuidadoso você seja. Mas se você a põe no sol e rega suas raízes, certamente terá mais sucesso. Esse papo meio “viagem” foi pra tentar dizer que o seu papel é apenas criar as causas e condições necessárias, a partir daí o resultado virá com o tempo. O quanto antes você descobrir as coisas certas a serem feitas, mais cedo alcançará seu objetivo.
Em relação a concursos públicos, a organização é um excelente instrumento para avaliar o que e como se deve estudar. Eu sempre gostei de me organizar por planilhas, por exemplo, mas o importante é que você tenha consciência de como e quanto o seu nível de conhecimento precisa evoluir.

3.1 MAPEIE A PROVA DO CARGO ALMEJADO
Se você deseja prestar o próximo concurso da AGU, sugiro, antes de mais nada, que começe baixando a prova do último concurso. Leia questão por questão e anote numa planilha, caderno ou no word, três coisas: a) matéria; b) assunto do edital; c) conhecimento exigido. 
* Vide link ao final.
Isto te dará uma visão geral do concurso. Assim, você saberá, por conta própria, o que é o concurso da AGU e o que é preciso saber para passar. Direcione seus estudos a partir desse mapeamento. Claro que nada impede que próximo concurso da AGU tenha outro perfil, mas de forma geral, os concursos têm seguido certa regularidade na cobrança do conhecimento.
Ao fazer o mapeamento, é possivel que você tenha dificuldade em saber qual o “conhecimento exigido” da questão. Caso isso aconteça, procure a prova corrigida por algum professor (sugiro também o site qconcursos).
Mapear a prova demora e é um pouco chato, MAS É MUITO IMPORTANTE. O mapeamento desconstrói muitos mitos que temos sobre a prova, como, por exemplo, de que é preciso ler 5 livros de Direito Constitucional ou que só pessoas iluminadas são aprovadas.
AVISO: Ler o mapeamento feito por outra pessoa NÃO É A MESMA COISA DO QUE VOCÊ MESMO MAPEAR A PROVA. Sugiro que você próprio faça o seu.

3.2 TENHA UM CADERNO:


Percebo que um marco muito importante nos meus estudos foi passar a ter um “caderno de estudo”. Não é obrigatório/indispensável ter um caderno para passar na AGU. Entretanto, meu rendimento aumentou significativamente quando passei a organizar meus estudos em um caderno. Antes que você pense que é um tempo perdido, já digo, um bom caderno te ajuda na objetiva, discursiva e oral (e ainda na prática profissional depois de aprovado). Além disso, torna possível fazer revisões de vários assuntos em pouquíssimo tempo. Como já disse anteriormente, o método tem que funcionar pra você, sugiro que faça ao menos um teste. Eu optei por fazer um caderno único incluindo todas as matérias e todo tipo de conteúdo (informativos, questões objetivas, questões discursivas, artigos e pareceres, modelos de peças, fichamento de doutrinas). Todo conteúdo do caderno era resumido ao máximo, mas preservando as informações importantes. Evidentemente, fiz um índice e vários subtópicos, caso contrário seria impossível utilizá-lo!Rs Quando cheguei na prova oral da AGU o meu caderno possuía 626 páginas. Obs: Fazer o seu caderno/resumo te ajuda passar, mas ler o caderno/resumo de outra pessoa nem tanto. A seguir explico como organizava os informativos no caderno.

3.3 ESTUDO DE JURISPRUDÊNCIA


Lembro com clareza quando conversava com um amigo sobre estudo de jurisprudência. Esse amigo fez apenas um breve comentário, algo como: “O ideal é baixar os informativos do site do STF/STJ e resumir em uma ou duas linhas em um arquivo do word.” Acho que isso foi por volta de 2009 ou 2010, quando ainda estávamos na faculdade e não existia o site dizerodireito. Recordo que na hora pensei que talvez fosse uma boa idéia, mas não valeria a pena pois daria muito trabalho. Perdi contato por um tempo com esse amigo. Final de 2011, me formei e comecei a estudar os concursos da área jurídica. Um dia qualquer em meados 2013, estudando informativos, por acaso lembrei-me da dica desse meu amigo e comecei a aplicá-lá. Imediatamente percebi a eficiência desse método e tive a certeza que estava vencendo um grande obstáculo. Pouco meses depois, descobri, também por acaso, que esse meu amigo havia sido aprovado no concurso da PGF2013 (e muito bem colocado). Pouco tempo depois fui aprovado na 1ª fase da PGE-PR.
Fiz esse breve relato apenas para ilustrar que muitas vezes temos informações preciosas, entretanto, não damos o devido valor. Da mesma maneira, também não adianta ter a informação e não aplicá-la ou testá-la. Pode ser que essa informação seja essencial para a sua aprovação. Percebo que isso aconteceu comigo em relação a ter um caderno e como estudar informativos.

Bom, quanto ao método, é basicamente isso mesmo “Ler os informativos e resumir em uma ou duas linhas em um arquivo do word.” Entretanto, aprimorei-o para otimizar ainda mais estudo da seguinte forma:
• Divisão do caderno por matérias e assuntos dentro de cada matéria;
• Divisão por cor (STF: azul / STJ: Roxo);
• Leitura do informativo com atenção, entendendo o raciocínio jurídico do julgado;
• Resumo da conclusão do informativo em uma ou duas frases.
• Ao final das frases, entre parênteses, por a fundamentação resumida (legislação/ interpretação).
• Realce dos julgados mais relevantes e dos importantes para o cargo;
* Vide link ao final.

3.4 ESTUDO DE LEI
No início dos meus estudos, eu costumava imprimir as leis no site do planalto e grifar com marca texto de 4 cores diferentes. Mais tarde, passei a salvá-las em arquivos .doc para fazer a marcação e leitura direto no computador. Além de ser um método mais ecológico (rs), é mais prático para acessar o conteúdo e fazer revisões quando se viaja para fazer provas. Existem pessoas que gostam de estudar lei pelo vade mecum, a vantagem nesse caso é que se adquire facilidade no seu manuseio para uma prova subjetiva. Faça o que você achar que traz mais resultado.
Recomendo usar cores diferentes na marcação das leis também. Isso ajuda na memória visual e deixa a revisão muito mais rápida. Eu fazia as marcações da seguinte forma:
• Amarelo: Expressão principal; 
• Verde: Expressão secundária; 
• Azul: Numeral/Prazo; 
• Vermelho: Exceção/Negação. 
* Vide link ao final.

3.5 ANALISE SUAS ESTATÍSTICAS:


Sempre gostei de me organizar por planilhas para ter uma visão panorâmica e evolutiva dos meus estudos. É importante saber “onde você está” em cada matéria. A partir daí, é possível pensar em uma estratégia para suprir alguma deficiência.
De uma maneira bem simples, eu organizava o meu rendimento em cada prova ou simulado, discriminando: a) o percentual de acerto em cada matéria; b) os assuntos que havia errado na matéria.
Isso irá ajudar a otimizar seu tempo. Se você tem uma estatística geral de 90% de acerto em Direito Administrativo e apenas 40% em Direito do Trabalho, já sabe o que fazer.
* Vide link ao final.
Não subestime a análise de suas estatísticas, pois ela dá um retrato fiel do rendimento.
Para a AGU, eu fiz 5 simulados para a prova objetiva (elaborados por um curso online).
A minha média nesses 5 simulados foi 70,60.
Na prova objetiva da AGU, minha nota foi 70,75. (!!!!)

4- TREINO


4.1 OBJETIVAS
Como já havia dito, o treino de questões objetivas é importante sobretudo para direcionar o estudo das leis, pois te dará uma noção dos dispositivos e assuntos mais cobrados. No início eu usava bastante o site qconcursos, pois tem um filtro excelente de matérias/assuntos/cargos.
Posteriormente, passei a baixar provas e fazer as questões simulando as condições do concurso. Isso é importante para adquirir sua estratégia de como utilizar as 4 ou 5 horas da prova.
Comprei por mais de 1 ano um curso de rodadas semanais de questões objetivas.
Também comprei simulados específicos para AGU.

4.2 SUBJETIVAS
Também comprei um curso de rodadas semanais de questões discursivas. No início, percebi que além de não saber o conteúdo das questões, também tinha muita dificuldade de começar escrever qualquer resposta.
Para melhorar nessa habilidade, observei bastante a técnica de escrita e estruturação das melhores respostas selecionadas pelo curso. Logo você percebe a lógica para responder as questões subjetivas.
Também foi muito útil usar as melhores respostas dessas rodadas para “estudar” o conteúdo das matérias.
Outra coisa importante é treinar questões subjetivas nas condições de uma prova (escrevendo a caneta e consultando apenas o vade mecum).
Também comprei simulados on-line específicos para AGU.

4.3 ORAL
Considero que o que dizem é verdade: 
“- Só se preocupe com a prova oral quando você chegar na prova oral.”;
“- Quem passa na discursiva tem conhecimento para passar na prova oral.”
“- Na prova prova oral a maior dificuldade é a estabilidade emocional, e não conteúdo jurídico.”
Não considero produtivo fazer cursos e treinar para a prova oral antes de chegar nessa fase.
Fiz dois curso para a prova oral, um de oratória e outro específico para a AGU.
É importante treinar bastante com os colegas do concurso, fazendo simulados.

4.4 ESTUDO DE “VÉSPERA” DE PROVA
Evidentemente, às vésperas de prova (tanto objetiva como discursiva) separava algumas semanas para fazer uma revisão direcionada para aquela prova específica. Nesse aspecto, é MUITO importante fazer concursos sempre que possível, porque:
a) traz motivação para continuar estudando;
b) é uma ótima oportunidade para revisar todo conteúdo até então estudado;
c) é uma ótima oportunidade de vizualizar suas deficiências;
d) é uma ótima oportunidade para avaliar se seu estudo está dando resultado.

Claro, que não basta somente fazer a prova, é imprescindível avaliá-la detalhadamente para saber o que deve ser mantido, melhorado ou descartado no seu estudo (analisando as suas estatística, conforme já dito).
Eu preferia fazer provas da área que eu escolhi (advocacia pública), e evitava fazer concursos que não tinham muita relação com meus estudos.

5- CICLOS DE ESTUDO, COACHING, ETC
Bom, eu tentei estudar por ciclos de estudo algumas vezes, porém, nunca me adaptei a esse método. Nesse aspecto sempre fui um pouco “rebelde”. Eu estudava a matéria que eu achava que precisava estudar no momento. Isso tem pontos positivos e negativos, como qualquer escolha. Contudo, conheço inúmeros colegas aprovados que usaram o método de ciclos de estudo e afirmam que é muito bom.
Embora eu não utilizasse “ciclos”, eu seguia algumas diretrizes básicas na rotina diária (isso após já ter uma base razoável em várias matérias):
• Manter-me em dia com os informativos do STF/STJ, resumindo-os no caderno;
• Manter-se em dia com as rodadas semanais do curso, resumindo-as no caderno;
Só essas duas coisas já me deixavam ocupados por muito tempo. Já quando sobrava algum tempo, eu partia para algum estudo específico de alguma matéria que ainda não estava muito bem (ex. doutrina de internacional; súmulas e ojs do TST). Então, como você pode perceber, embora eu não estudasse por “ciclos”, o fato de estudar diariamente informativos e rodadas, me deixou em contato com várias matérias ao mesmo tempo, de forma que eu estava constantemente revisando várias matérias.
Por esse motivo, apesar de eu não ter utilizado o método de ciclos, acho válido fazer a experiência, visto que muitas pessoas tiveram resultados excelentes.

Quanto ao coaching e similares, não me sinto apto a falar sobre o assunto. Nunca fiz, nem sei direito o que é e como funciona. Mas sempre tive minhas ressalvas quanto a deixar que outra pessoa ou curso “gerenciasse” meus estudos. Eu sempre quis ter a liberdade de escolher “o que” e “como” estudar, a partir de um processo de autoconhecimento. Entretanto, não descarto por completo a utilização do “coaching”, sobretudo para pessoas que não conseguem de nenhuma maneira se organizar. Imagino que nesses casos deve ser útil, mas isso é só achismo meu.

6- GRUPO DE ESTUDOS, REDES SOCIAIS, etc
Não fiz grupo de estudos, preferia estudar sozinho. 
Contudo, minha mulher também estudava para concursos, então sempre pude conversar e discutir sobre livros, cursos, materias etc, além de ter apoio e incentivo para montar simulados e estudar fim de semana quando necessário. Também tinha um amigo que já havia passado para a PGF, com quem pude pedir algumas dicas.
Certamente, ter amigos que estão, ou que já estiveram, nessa fase dá maior incentivo, tornando essa “vida de fazer concursos” menos desgastante. Além disso, é muito producente aprender com os colegas sobre técnicas, cursos, livros etc.
Portanto, considero importante trocar experiências, seja pessoalmente, seja por fóruns da internet, lendo depoimentos de aprovados. Rs
Entretanto, conforme já disse anteriormente, deve-se estar bastante atento para o fato de que o seu objetivo é acertar as questões da prova. Claro que criar um grupo de amigos é bom, tanto para o estudo como para a vida, mas se te desviar do seu objetivo já não será tão construtivo. 
É nesse viés que se deve ter muito cuidado com as redes socias.
Por questões pessoais, desde quando comecei a estudar para concursos até hoje, não tenho perfil no facebook, twiter, instagram etc. Não quero dizer que isso é o “certo” ou que seja uma condição para ser aprovado. No meu caso, já durante a faculdade, percebi que perdia muito tempo vendo coisas inúteis no facebook, por isso resolvi excluir meu perfil. Passei a usar o whatsapp muito tempo após todo mundo já utilizar e nunca estive em nenhum grupo de estudos. Depois que comecei a passar para as 2as fases, criei um “perfil fake” no facebook e passei a entrar em grupos de whatsapp apenas para acompanhar grupos de aprovados. 
Reitero, não estou dizendo que existe um “código de conduta” obrigatório, ou que é preciso renunciar totalmente a sua vida social. Mas é preciso ter foco e saber usar essas ferramenas com inteligência e no momento oportuno. Por exemplo, o estudo para a prova objetiva e subjetiva costuma ser mais solitário. Entretanto, para a prova oral, prova de títulos e sindicância de vida pregressa, considero importantíssimo entrar em redes sociais para manter contato com os colegas aprovados.
Por isso, gostava e acessar o forum do correioweb, pois é bem objetivo e não exige muito tempo. E no final das contas, o que vai te fazer acertar questões é estudar, e não ficar discutindo assuntos de concursos em redes sociais, ou ter acesso a uma infinidade de materiais que você nunca lerá.

7- BIBLIOGRAFIA E CURSOS
O importante em relação à bibliografia e cursos é estar atento ao que você precisa estudar de acordo com o seu conhecimento. 
Por exemplo, eu tive uma boa base em direito tributário da faculdade e do preparatório para OAB. Portanto, quase não li livros de tributário para concurso, estudando mais informativos e artigos específicos.
Já empresarial, por exemplo, eu não tinha uma base boa. Então, li André Ramos de ponta a ponta.
Considero que não há livro ou curso obrigatório. Também não é obrigatório estudar só por livros, ou fazer curso. Isso vai depender do seu nível de conhecimento em cada matéria.
A título de referência, abaixo estão os livros e cursos que utilizei. Lembrando que não necessariamente são os melhores e que já podem ter surgidos outros mais indicados no mercado.

7.1 - LIVROS
DIREITO CONSTITUCIONAL: Pedro Lenza (primeiros capítulos);
DIREITO ADMINISTRATIVO: Ronny Charles e Fernando Baltar - Sinopse (capa a capa);
DIREITO AMBIENTAL: Coleção Leis Especiais Juspodivm (alguns capítulos);
DIREITO CIVIL: Sinopses diversas;
DIREITO EMPRESARIAL: André Ramos (capa a capa, entretanto alguns capítulos não são tão importantes);
DIREITO PROCESSUAL CIVIL: Daniel Assunção - Vol. Único (primeiros capítulos), Fredie Didier (primeiro volume), Leonardo Carneiro - Fazenda pública em Juízo (capa a capa), João Aurino - Execução Fiscal Aplicada (capa a capa); 
DIREITO TRIBUTÁRIO: Ricardo Alexandre (alguns capítulos), Eduardo Sabbag (alguns capítulos);
DIREITO FINANCEIRO: Tathiane Piscitelli (muito superficial, não recomendo); Harisson Leite (alguns capítulos);
DIREITO ECONÔMICO: Leonardo Vizeu (boa doutrina, mas não ajudou muito);
DIREITO INTERNACIONAL: Portela (alguns capítulos);
DIREITO PENAL: (só lei e jurisprudência);
DIREITO PROCESSUAL PENAL: (só lei e jurisprudência);
DIREITO DO TRABALHO: Sinopse Analista Juspodivm (capa a capa);
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: Sinopse Analista Juspodivm (capa a capa);

LIVROS DE QUESTÕES: Ed. FOCO - Advocacia Pública / Ed. Juspodivm - Questões Discursivas Comentadas: Advocacia Pública Federal - PGE - PGM

7.2 - CURSOS
• EBEJI (Rodadas Objetivas e Subjetivas/Simulado AGU/ Simulado PFN/Dircursiva AGU/Dircursiva PFN)*;
• Ênfase (Discursiva AGU/Discursiva PFN);
• Aprovandi (Oral);
• Oratória Rogéria Guida;
* Não posso deixar de mencionar que o curso EBEJI, especialmente, me ajudou muito a ter um estudo focado e ambientado para a advocacia pública. 

8- TRAJETÓRIA PESSOAL
Não vejo muito sentido em relatar minha trajetória pessoal, mas como isso é algo natural de constar nos depoimentos, o farei de forma muito breve. Mas vale ressaltar que cada um tem sua história de vida e, independentemente de como ela seja, cabe a nós fazermos o que está ao nosso alcance, com os recursos que temos à disposição.

• Em 2006, entrei na faculdade de direito, me graduando em 2011, aos 24 anos de idade. 
• No ano de 2009, durante a faculdade, tive a imensa sorte de ser aprovado no concurso de técnico do Ministério da Fazenda (ATA/MF), após dois meses de estudo intenso (sem nunca ter estudado para concurso antes). Fui nomeado já em novembro de 2009, aos 22 anos de idade. Assim, fui lotado na Receita Federal, trabalhando lá até a minha posse na AGU, em janeiro de 2017.
• Da posse no MF (2009) até me formar (2011) não estudei para concurso , focando apenas em terminar a faculdade.
• Sobre a prova da OAB: Fui reprovado 1 vez na objetiva; reprovado 1 vez na discursiva; passei somente na 3ª tentativa.
• Logo após a formatura (meados de 2011), decidi que queria ser Procurador da Fazenda Nacional (PFN), pois gostava de direito tributário e já trabalhava na Receita Federal, tendo bastante familiaridade com a matéria. Entretanto, pensei que para passar na PFN demoraria muitos anos. Então, decidi estudar para o concurso de Analista do TRF, para somente depois de ser analista começar a estudar seriamente para a PFN. Como eu havia passado para técnico do MF com apenas 2 meses de estudo, pensei que em no máximo 6 meses passaria para analista.
• No final de 2011, comecei a estudar intensamente para analista do TRF. Fui reprovado no concurso de Analista do TRF2 (2012). Fui reprovado no concurso de Analista do TRF3 (2013). Fui reprovado no concurso de Analista do TRF4 (2014).
• Em 2014, percebi que, após 2 anos de estudos, estava longe de passar para analista. Então, resolvi mudar o foco e começar a estudar seriamente para o que eu realmente queria: PFN e demias concursos de Advocacia Pública.
• Em 2014, prestei meu primeiro concurso de procuradoria, a PGE-RN (2014), obtendo 71 pontos, sendo que a nota de corte foi 77. Percebi que havia conseguido um bom resultado, pois havia começado a estudar para procuradorias há poucos meses. Logo após, prestei o concurso da PGE-PR (2014/2015), sendo aprovado na 160ª colocação.
• Em 2015, prestei o concurso da PGM-Maringá/PR, sendo aprovado na 10º colocação.
• Em 2015/2016 fiz os dois concursos que eu realmente queria: PFN e AGU. O meu foco e objetivo sempre foi a PFN. Entretanto, por ironia do destino, acabei sendo reprovado na 2ª fase da PFN. Já na AGU, foi aprovado na 167ª colocação.
• No final de 2016, tive a sorte de ser nomeado logo na 1ª chamada, sendo empossado início de 2017, aos 29 anos de idade.

9-DICAS FINAIS
ORGANIZE-SE: A organização facilita e otimiza a sua vida em qualquer área que você a aplique. Para fazer esse depoimento, eu tive o objetivo de passar minha mensagem de forma clara, por isso, fui organizado para que meu destinatário entendesse facilmente o que eu quero dizer. Quando se estuda, você é o remetente e, ao mesmo tempo, o destinatário dos seus resumos/fichamentos/marcações. Portanto, seja legal com você mesmo e facilite sua vida organizando seus materiais.

NÃO SE PRESSIONE: Conforme citei em minha trajetória pessoal, eu estudei muito, mas para ser nomeado também tive muita sorte. Portanto, preocupe-se somente com o que está ao seu alcance: estudar de forma eficiente e produtiva. Existem inúmeros fatores que não controlamos como: a) provas mal feitas; b) correções injustas; c) fraudes; d) conjuntura política e econômica; dentre muitas outras. Além disso, uma prova de concurso mede unicamente a sua habilidade de fazer uma prova de concurso. Essa afirmação pode parecer idiota, mas é verdade. Se você não possou na prova não quer dizer necessariamente que você não saberia atuar como procurador ou que não é um bom profissional. 

DESCUBRA SUA MOTIVAÇÃO: O estudo para um concurso de alto nível de dificuldade geralmente demora meses ou anos. A sua motivação é o combustível que te fará percorrer esse caminho até o final sem desistir. Logo, é importante que sua motivação seja suficiente para essa caminhada. Muitas pessoas se motivam por vocação, sonho profissional, vontade de contribuir para a sociedade, dentre outros. Claro que a questão financeira é um bom incentivo, mas acredito que muitas vezes não é o suficiente. De qualquer forma, é preferível que você tenha algum objetivo que justifique todo o esforço e abdicação que essa “vida de estudos” exige.

SAIBA PEDIR AJUDA: É importante ter humildade e saber recorrer a quem está um degrau acima do nosso. Não se deve ter vergonha de dizer que não sabe algo e solicitar ajuda quando preciso.

SAIBA AJUDAR: Da mesma forma, deve-se ter a sabedoria de ajudar a quem precisa. Também é preciso ter a humildade de reconhecer que não conseguimos nada sozinhos. Se olharmos atentamente, perceberemos que muitas pessoas tem grande contribuição para as nossas realizações. Portanto, ajudar os outros é retribuir a ajuda que recebemos um dia.

21.05.2017
Eduardo Monteiro de Barros Cordeiro

Link do arquivo com exemplos de como organizar o estudo:
https://www.dropbox.com/s/6zmpqi2zd48amsv/Depoimento%20-%20Eduardo%20Cordeiro%20%28AGU%29.pdf?dl=0

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Rockweel Barbosa

Olá, pessoal. Meu nome é Rockweel Barbosa, tenho 25 anos e sou um dos aprovados no atual concurso para o cargo de Advogado da União. Sempre sonhei com o dia em que escreveria um depoimento contando a minha trajetória.

Formei-me em 2015 numa faculdade particular do inteiror de Goiás, em uma cidade de 20 mil habitantes, onde cresci e me criei. Por ser de família simples, sempre soube que a advocacia privada não era pra mim, razão pela qual comecei a estudar pra concursos ainda na graduação, a partir do terceiro semestre, especificamente. Como era do inteiror e estudava em faculdade particular, tinha em mente que meu esforço seria dobrado, e que não poderia perder tempo, de modo que li vários livros durante a graduação, o que me fez ter uma base jurídica razoável.

Ainda assim, quando o edital da AGU saiu em meados de 2015, vi que não tinha nenhuma noção em algumas matérias e cometi o primeiro erro, bastante comum, de um concurseiro: achar que não está preparado e que não vai passar. Gente, fiz a prova em Brasília (cidade onde moro atualmente), em uma escola lotada de candidatos. Quando vi aquele monte de pessoas com cara de nerd soube imediatamente que jamais passaria na objetiva. Eu, rapaz do inteiror de Goiás, concorrendo num concurso com quase 30 mil pessoas, em Brasília, capital dos concursos? Sem chance.

Controlei o pessismo e fui fazer a prova objetiva. Havia feito inúmeras questões e provas cespe em casa, e na maioria delas alcançava 80% da pontuação. Então, mesmo diante de todos os fantamas que inventei, quando comecei a responder a prova, repeti pra mim mesmo que era capaz, que estava preparado. Sabia que se conseguisse os 80% de acertos do treinamento, teria condições de avançar, independente daquele monte de gente com cara de nerd ao redor rs. Respondi todas as questões. Não deixei nenhuma em branco. Pensei: ou passo ou fico devendo nota pro cespe. O "quase" não me serve. Resultado: fiz exatamente 80% de acertos na prova. Faria a segunda fase.

Com deficiência em vários tópicos do conteúdo programático, e sem tempo pra ler tudo que gostaria, criei uma lista de temas mais importantes para cada uma das matérias. Inicialmente foram cinco para adm, const, processo civil e três para as outras. Na medida em que os esgotava, elegia outros e continuava estudando. Foi a alternativa que criei pra não ficar preso aos livrões, porque sabia que não conseguiria revisa-los por inteiro, e que isso me deixaria frustrado. Daí a ideia de metas mais curtas, focadas naquilo que julgava mais relevante para um advogado público.

Prova subjetiva é, antes de tudo, um teste de resistência física e psicológica. Por isso a importância dos treinamentos em casa, com simulação real do tempo de avaliação. É preciso escrever. E não ter vergonha disso. E atenção. Muita atenção. Lembro-me que perdi 10,50 pontos no parecer simplesmente porque não estruturei os itens conforme previa o enunciado da questão, que pedia quatro tópicos, embora tenha feito três. Além de resistência, atenção e treino, é de extrema importância saber manusear os códigos. Acredite: quase tudo que você precisa em discursivas está lá. Basta saber pesquisar e não se desesperar.

Com a aprovação na fase subjetiva, comecei a me preparar para a proca oral, ainda com base no mesmo método de revisão de temas importantes e bastante treino. É imprescindível treinar com os colegas. Aprender a falar mesmo diante de temas que você conhece pouco ou não conhece. O conteúdo jurídico na prova oral da AGU equivale a 50% da nota. Todo o resto da pontuação é distribuída entre uso correto do vernáculo, articulação do raciocínio e postura, por isso a necessidade de se preparar enquanto orador. Um colega de Brasília sugeriu que eu me gravasse durante um treinamento, com a promessa de que ficaria surpreso com a quantidade de vícios imperceptíveis de linguagem que encontraria. E fiquei pasmo quando me vi falando. Me senti um verdadeiro pobre coitado rs. Tentei corrigir cada falha que notei durante os treinamentos. No semana da prova me gravei novamente e vi que praticamente não tinha mais vícios. Acabei sendo aprovado na oral com a quinta maior nota do concurso (97.70).

Meus amigos, em todas as etapas do concurso eu me senti despreparado e tive quase certeza de que não passaria, mas mesmo assim decidi lutar, firme no propósito de que se vencesse meus próprios fantasmas, únicos adversários em potencial no concurso, conseguiria ser aprovado. E lutei. E os venci. E fui aprovado. E hoje sinto a leveza sobre os meus ombros. É preciso persistência para continuar, humildade para reconhecer e paciência para conquistar. O caminho é sinuoso mas é possível atravessa-lo. Não importam quais sejam os seus fantasmas. Basta coragem e resiliência. Deixo registrado um pensamento de Nietzsche que sempre tive como essencial em minha vida.

"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar.
Onde leva? Não perguntes, segue-o!"

MÉTODO DE ESTUDO

Preparação para concursos públicos é sempre o tema mais especulado entre os concurseiros. Todos querem saber como o pessoal que passa estudou. É normal. Eu devo ter mandado umas 50 mensagens aos aprovados no concurso de 2012 pedindo dicas. Mas acreditem: só o seu método de estudo vai te aprovar. Não há margem para negociações nessa parte. Peguem o que julgarem interessante dos relatos de aprovação, mas nunca deixem de seguir a sua forma de estudar. Tudo tem que ser adaptado com base na sua necessidade e capacidade. Não pensem que "todos são iguais perante o edital" porque isso não existe. Tem gente que tem mais facilidade, que sabe mais, que sabe menos. É preciso se conhecer. E ser honesto consigo mesmo.

Tudo em termos de preparação depende da sua base de estudos. Mais uma vez, temos que ser honestos. Botar no papel o que sabemos e o que precisamos aprender. O que dominamos e o que não dominamos. O ideal em concurso, na minha opinião, é já ter lido um bom livro/resumo em cada matéria antes da publicação do edital, de modo a só revisar durante o período que antecede a prova objetiva. Ainda que isso não seja possível, é preciso avaliar a sua situação. Estudar o temas que não domina e revisar aqueles que já aprendeu. Não tem segredo.

Por onde estudar? Isso depende da disponibilidade de tempo, base de estudos e capacidade de absorção do conteúdo. Eu estudei por doutrinas durante a faculdade, o que me deixou confortável pra ler resumos em várias matérias durante o concurso. Tenho dificuldade para aprender a partir de resumos (aquele primeiro contato). Outros não tem. Muitos colegas do meu concursos leram só resumos em várias matérias (ambiental, tributário, econômico, previdenciário, trabalho e processo) e tiraram notas melhores do que a minha. Mas uma vez é preciso se avaliar e ser honesto, ponderando aquilo que é mais importante para o concurso.

Como estudar? Da mesma forma, isso tem que ser avaliado por você mesmo. O processo é empírico, embora possa ser orientado. Eu estudei pelo esquema de grifos e revisões exaustivas. Literalmente, vencia o conteúdo pelo cansaço. Estudava 2 matérias por dia, 14 matérias por semana, sempre revisando, hoje, os grifos que havia feito ontem. Da mesma forma com as questões: deixava pra responder hoje as questões das matérias que estudei ontem, o que já me servia como forma de revisão. Jurisprudência semanalmente pelo DoD. Fazia resumos pra poder revisar depois. A lei seca tem que ser lida diariamente. A tendência é que ela volte a ter lugar de destaque nos concursos, devido a facilidade do estudo da jurisprudência em tempos de DoD. Se eu pudesse dar uma dica final sobre a preparação seria estude sempre pelo MESMO MATERIAL, faça REVISÕES periódicas, de acordo com a sua capacidade de absorção, e TREINE todos os dias.

Grande abraço.

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Maurício


Olá pessoal,

Percebi que alguns colegas postaram seus depoimentos quanto à aprovação no concurso da AGU. Decidi também postar o meu relato, já que alguém poderá se identificar com o que vivenciei e sentir força para continuar a busca.
Também estou aprovado no último concurso 2015/2016.
Me formei numa universidade particular do interior do Rio Grande do Sul em meados de 2011. Confesso que passei quase toda a faculdade farreando e estudando pontualmente para algumas provas. Penso que é regra a graduação de Direito não ser muito exigente e assim fui "levando" a faculdade. Durante esta, estagiei na justiça federal, no INSS e por um breve tempo na promotoria estadual.
No decorrer do ano de 2011, logo após me formar, por necessidades monetárias, comecei a advogar juntamente com um colega. Na maioria dos casos tratavam-se de advocacia dativa. Praticamente eu não tinha renda kkk. E neste mesmo período decidi fazer um curso na LFG de analista judiciário. Ao final de 2011 saiu o edital para técnico do INSS. Apertei os estudos e passei em primeiro lugar para a Agência a qual optei. Assim, fui logo nomeado, e em maio de 2012 eu tinha efetivamente um emprego kkk. Continuei advogando, porém sem muita gana, visto que não era o que queria para minha vida.
Deixei um pouco de lado os estudos, e sem muita regularidade, ia estudando de tempo em tempo. Na metade do ano de 2014 foi lançado o edital para analista judiciário do TRF4. Novamente, após a publicação, passei a me dedicar com mais vontade aos estudos. Passei em 10º para uma região que englobava três subseções. Acreditava que logo seria nomeado, contudo, até o presente momento, somente cinco analistas para a citada região tomaram posse. Até hoje se trata de uma certa decepção, visto que conseguiria ficar perto da família em um cargo muito bom, porém não foi assim que aconteceu. 
Antes que me esqueça, sempre quis ser Procurador do Estado. Então, final do ano de 2014 e início de 2015 foram publicados dois consideráveis editais, o de Procurador do Estado do Paraná e o de Procurador do Estado do Rio Grande do Sul. Fiz a inscrição para ambos e prestei as duas provas. Numa das duas provas fiquei por duas ou três questões para ir para a segunda fase. Na outra, fiquei por quatro ou cinco questões. Confesso, fiquei mais uma vez decepcionado. 
Eis que por volta de abril ou maio de 2015 rumores foram criados dizendo que o edital da PFN e da AGU estavam próximos de serem lançados. Fiz uma viagem em junho e na volta estava decidido a me dedicar com todo o potencial possível. Sou apaixonado por jogar futebol, bem como pelas jantas com meus amigos. Para se ter uma ideia, eu jogava com frequência futebol na segunda, terça, quarta, quinta e sábado. Isso é sério haha. Mas sabia que era o momento de priorizar os estudos. Foi então que passei a jogar futebol uma ou duas vezes por semana e praticamente ir nas jantas da turma há cada quinze dias ou nem isso. Comprei um tablet. Adotei o aplicativo (APROVADO) para contabilizar as horas líquidas de estudo. Adquiri um edital esquematizado, programado para ajudar no aprendizado. Passei a utilizar com frequência o site "dizer o direito", onde fiquei próximo da jurisprudência. Assinei o "questões de concursos" e comecei a fazer questões mais seguidamente. Enfim, modifiquei meu método de estudo e coloquei-o como prioridade em minha vida. 
Tive total compreensão da minha namorada, onde passei vários finais de semana a vê-la por horas reduzidas. A mesma compreensão tive da família e amigos. Considerando que trabalho 6 horas diárias, tive facilidade em programar minha rotina, onde tinha como meta de estudo pelo menos 5 horas por dia. Resumindo, eu estava me programando e inteiramente disciplinado para cumprir o planejado. Isto é fundamental. 
Foi então que fiz a prova da Procuradoria da Fazenda Nacional, no início de setembro/2015. Mais uma vez, não fui para a segunda fase por duas questões. Em outubro/2015 era a prova de Advogado da União. Estava um tanto desanimado para esta, mas continuei com a programação. Minhas férias foram tiradas antes de ambas as provas, onde conseguia estudar cerca de 9 ou 10 horas líquidas diariamente. Realizei a prova da AGU. Lembro muito bem de voltar para o hotel totalmente desanimado, tendo a certeza de que não seria aprovado e que teria de recomeçar. No dia seguinte saiu o gabarito e eu não havia levado a prova para casa. Mesmo assim, fui olhando questão por questão e lembrando o que havia assinalado. Comecei a conferi-la. Ao final, acreditava ter feito uma pontuação considerável e, pelo site de ranking, estava com condições de ser aprovado para a segunda fase. Obviamente, me reanimei. Saiu o resultado da prova objetiva, e enfim, eu estava na segunda etapa. Fiquei muito feliz e chorei pra caramba. Agora a programação se voltava para a segunda fase. Adquiri um curso de subjetiva e me dediquei muito, abdicando ainda mais das tarefas com amigos, família etc. 
Fizemos a primeira prova subjetiva em meados de janeiro/2015 (posteriormente anulada). Passei natal e ano novo todo em casa estudando, enquanto minha namorada e sua família encontravam-se na praia, apoiando-me a todo instante. Novamente tirei férias neste período para poder estudar. Por um problema ocorrido em um dos locais de prova, esta foi anulada. De certa forma, fiquei aliviado, visto que não estava muito confiante com minha nota. 
A segunda oportunidade foi feita em abril/maio. Sai confiante, tendo a certeza de que havia ido bem. Ao final, não tive o resultado que esperava, mas estava aprovado. Viajaria de avião, então, pela primeira vez hahaha. Foi uma alegria imensa. Abri um vinho e acabei ele em poucos minutos kkk. Começava a preparação para a fase oral, um incógnita para mim até então. Decidi não fazer nenhum curso já que estava longe de qualquer local/cidade em que estavam ocorrendo. Preferi utilizar o tempo para o estudo em si. Assim, peguei questões de simulados de subjetiva ou mesmo de outros concursos e treinei a oratória em casa, utilizando da gravação de vídeo pelo tablet. A tensão foi grande na manhã da prova oral, mas quando entrei na sala e comecei a responder, a tranquilidade pairou no ambiente. Enfim, sai da escola com a sensação de ter feito uma boa prova e demasiadamente aliviado por ter acabado. 
O resultado saiu na semana seguinte. Este foi positivo e a felicidade foi imensa. Adivinhem onde eu estava quando foi divulgado? Isso, no futebol kkkk. Confesso, contudo, que ainda não me sinto completamente satisfeito porque preciso ser nomeado para então estar integralmente alegre. Mas isso logo mais acontecerá. Tenhamos fé.
Enfim, o que levei de toda a experiência é de que devemos sim persistir no que queremos. Devemos ter consciência de que para que isso aconteça é necessário planejamento e disciplina. Eu passei a ter chance após ter percebido e aprendido como estudar. No início, ainda antes de passar no INSS ou logo após este, estudava dia sim, dias não, semana sim, semana não; praticamente não resolvia questões; optava por ler doutrinas, às vezes muito extensas e sem qualquer arquitetura para a prestação de concurso público; e não tinha qualquer contato com jurisprudência.
Quando passei a realizar questões, revisar, ler lei seca, ser mais objetivo em algumas matérias e, enfim, estabelecer metas, comecei a ter chances de ser aprovado. É fundamental que aprendemos a estudar. E é ainda mais manter a regularidade nos estudos. Se o possível é estudar apenas três horas por dia, que assim o seja, mas que não se deixe de estudar por mais de um ou dois dias, visto que o corpo logo acostuma com o ócio.
Acredito que somente passei porque fui insistente. E também porque tive pessoas próximas que me apoiaram e entenderam a minha busca. 
Estejam próximas de pessoas que querem o mesmo que você. Durante todo o concurso participei de um grupo do whatsapp específico para a AGU que me ajudou demais, onde assimilei dicas valiosas e preciosas, que com certeza foram essenciais para a aprovação.
Somos todos capazes.
Avante galera.

Maurício.

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Prosab




Boa tarde. Embora longo o tempo desde o concurso até atualmente, apenas agora pude sentar para finalmente escrever meu depoimento enquanto aprovada e nomeada como Procuradora Federal do concurso de 2013/2014. Espero que isso ajude os próximos "da fila" (ou quem nela está entrando) a lograrem êxito.

Bom, para começar, devo esclarecer que não posso resumir a minha aprovação nesse concurso senão com a palavra sorte! E eu explico a razão: quando abriu o concurso eu havia me formado há menos de um ano, e só havia feito concursos para técnico/analista - na maioria passando em posições beeem ruins ou nem sequer isso!
Ao contrário de muitos aqui, até ser nomeada no meu primeiro cargo público (o que aconteceu cerca de um ano e meio após formada), tive o imenso privilégio de ficar em casa só estudando - o que certamente impulsionou a obtenção dos resultados, já que me dedicava integralmente a isso. 
Bem, eu fiz, à época, o famoso curso do LFG (os três módulos), e esse material reunido nas aulas foi - e ainda é - meu suporte de estudo. A primeira coisa que eu percebi por experiência própria é que se revela essencial ter um material base para estudar. Não adianta ficar "pulando" de um curso para outro ou de material conforme o edital do concurso que surge: estudei sempre pelos meus cadernos (+ livros + Dizer o Direito), e ia fazendo as anotações conforme as atualizações legislativas e jurisprudenciais neles. Eu li e reli muitas e muitas e muitas vezes esses cadernos (e eles serão valiosos para as revisões para a prova oral, já adiantando).
Para começar, como já adiantei, só fiz concursos para analista ou técnico. Logrei aprovação em vários deles: analista do Ministério Público da União, analista da DPE/RS, assessor jurídico da PGE/RS - em nenhum deles em uma posição muito confortável.
Foi aí que abriu o edital para Procurador Federal. Como meu namorado ia se inscrever, achei que seria uma boa eu ir fazer a prova junto, "só pra ver que tal era" e já que aceitava estágio como prática jurídica.
Montei um esquema de estudos para poder vencer o edital que consistia no seguinte: simplesmente ignorei matérias que eu tenho pouquíssimo conhecimento, e não estudei nada além de ler informativos em direito civil, trabalho e processo do trabalho, penal e processo penal, e empresarial.
Em ambiental, agrário e legislação do ensino eu li somente a lei seca e os informativos (sempre no Dizer o Direito).
Nas demais matérias eu "me puxei" mais: li os meus cadernos, a lei seca e os informativos, e complementei com livros (ao final) os tópicos do edital que eu não tinha ou os tinha pouco aprofundados.
O meu estudo, nesse momento, tinha como objetivo esgotar o edital para poder ter uma visão panorâmica da prova, e era realizado em ciclos (método de estudo utilizado por concurseiros da Receita Federal, concurso que eu também tentei e fiquei por 0,1 pontos da aprovação! Foi duro). Esse estudo de ciclos basicamente consiste no seguinte: 1) separar as horas disponíveis do dia para estudar; 2) colocar em ordem de relevância as matérias a serem abordadas; 3) dividir as horas do dia conforme a necessidade. Ex.: na segunda-feira, 1 hora para constitucional, 1 hora para processo civil, 1 hora para previdenciário. O importante desse método é cumprir fielmente a quantidade de horas e, uma vez vencendo todo o conteúdo da matéria X, recomeçá-la. Assim, no meu caso, eu vencia, lendo os cadernos, todo o conteúdo em duas semanas, o que me fez perpassar diversas vezes as matérias mais importantes e fixar as leis secas daquelas para as quais eu não tinha a menor inclinação em estudar a fundo.
Pois bem, fui fazer a tal prova, era sábado de tarde. Como havia aquela esquema de erradas anularem certas, eu apenas marquei as respostas que eu tinha absoluta certeza, e deixei em branco, ao total, 30 questões (das 200). Isso foi essencial para que obtivesse a pontuação mínima, já que me livrei do desconto dessas questões.
No mesmo final-de-semana, só que no domingo, houve a aplicação das provas discursivas, que eu acabei fazendo com a experiência isolada que eu tive em provas desse tipo: a OAB. Como eu havia feito cursinho para a segunda fase do Exame da Ordem, apliquei todos aqueles postulados à prova de procurador federal. Várias questões eu não sabia ou tinha uma breve ideia apenas, mas com paciência consegui achar um norte dentro do código e consegui formular alguma resposta. Aqui vale aquelas máximas de sempre: letra compreensível, distinguir maiúsculas e minúsculas, deixar bem fixado o início do parágrafo e ir direto à resposta. Lembro que havia uma pergunta sobre o que era "superávit primário" e eu não fazia a menor ideia, mas com um pouco de conhecimento popular respondi que era "a diferença que surgia entre a receita e a despesa", só isso! A resposta, pasmem, era essa mesma, com a ressalva de que eu deveria ter colocado ao final "descontado o valor dos juros da dívida pública" (ou algo do tipo). Ainda assim consegui pontuar 0,75 dos 1,00 possível para ela. 
Em resumo: sempre escreva algo na resposta, nunca deixe em branco!
Bem, passado o "susto" inicial de ter conseguido os mínimos em cada bloco, veio a apreensão: será que vai dar para corrigir a prova discursiva? Comecei, então, a frequentar esse fórum e, pela experiência dos concursos anteriores, fazer o mínimo em provas da AGU já é o suficiente.
Lembro que era dezembro de 2013 quando veio a certeza de que eu teria as provas discursivas corrigidas e, por não acreditar que conseguiria passar para a fase oral, não me dediquei muito a continuar estudando nesse rumo e fui atrás de outros editais - já que eu continuava desempregada.
Apesar disso, ficava checando o fórum e o site para saber o resultado. 
Aí começou toda a confusão que permeou esse concurso: várias ações judiciais para anular uma questão da prova, atrasos na divulgação dos resultados, etc.
Mas eis que, no final de janeiro, finalmente saiu o resultado e lá estava meu nome! Tá certo, eu tava em uma posição beem ruinzinha (abaixo dos 500º), mas ainda assim, tava lá!
E foi aí que bateu o desespero: meu Deus, não posso passar (muita) vergonha na prova oral!
Arrecadei toda sorte de livros atualizados com amigos e afins (eu não tinha condições de comprar!!), e ganhei o curso para a prova oral do meu namorado (do EBEJI, que consistia em dicas e um simulado).
Montei um grupo de estudos com outros aprovados (apavorados também), e começamos a treinar. Nas três semanas antes da prova reuníamos-nos todos os dias e simulávamos a prova, inclusive contando o tempo total e tudo mais. Foi essencial para o meu sucesso, não teria a mínima condição de enfrentar uma banca sem ter treinado antes.
Reforcei ainda mais os estudos: acordava 6h da manhã (ou até antes) e ia até as 23h, praticamente sem parar (o medo é um fortificante poderoso!). Lia e relia meus cadernos, resumi Fazenda Pública em Juízo, reli todos informativos de 2013 e 2014 do STJ e do STF, e li Celso Antonio Bandeira de Mello de cabo a rabo, já que administrativo é primordial nas provas da AGU.
Cheguei em Brasília dois dias antes da minha prova. Nesses dias só reli informativos e esquemas que eu tinha montado para mim mesma (recursos repetitivos, legitimidade para ações constitucionais, exceções às regras em direito tributário, etc). Chorei muito nesses dias que antecederam a banca, por medo de falhar agora que estava tão perto, por nervosismo, por falta de experiência... Enfim, tudo vira um motivo!
Chegou o dia da prova: eu só lembro de estar com a mão na maçaneta da porta para entrar na sala e sentir a minha boca tão seca que achei que não ia sair uma sílaba sequer! A próxima coisa que eu lembro é de chegar ao hotel e chorar de alívio por ter conseguido, por ter terminado. Consegui responder todas as perguntas que me fizeram dentro do tempo, mas claro, não tinha nem noção de como tinha ido.
Foram longos e angustiantes dias até a publicação do resultado, mas foi a coisa mais maravilhosa do mundo abrir o site do DOU perto das 6h da manhã e meu nome estar lá, com uma imensa nota 9 e alguma coisa ao lado dele! Minha nota na prova oral foi a terceira melhor de todo o concurso! Com essa pontuação eu avancei mais de 200 posições na lista!
Coisas que contaram muito, conforme o espelho que eu tive acesso depois, foi a articulação e desenvoltura para responder. No quesito jurídico (que é só 25% da nota) eu nem havia ido tão bem, mas me safei em virtude dessas outras características que também são pontuadas.
A emoção de ter passado na prova oral só se compara com aquela da nomeação: é impagável abrir o DOU de manhã cedo e ver-se nomeada!
Depois de toda essa narrativa - e poderia continuar contando como foi difícil esperar a nomeação também -, deixo aqui, por fim, os livros que eu usei nessa caminhada:

- Constitucional: Lenza
- Administrativo: Celso Antonio e Rafael Oliveira
- Processo Civil: Didier (volume dos recursos só que eu li inteiro) e Daniel Assumpção (vol único)
- Internacional: Portela
- Econômico: Vizeu
- Financeiro: Tathiane Piscitelli
- Civil: praticamente não leio doutrina, sou péssima nessa matéria. Mas uso o vol de obrigações do Pablo Stolze
- Previdenciário: Frederico Amado (uso o manual)
- Penal e Processo Penal: praticamente não usei doutrina, mas quando precisei consultei Nestor Távora e Capez
- Tributário: Ricardo Alexandre

Bem, espero que esse relato sirva para, ao menos, inspirar aqueles que estão começando nessa vida difícil dos concursos públicos, e encorajar aqueles que se acham pouco preparados para prova desse porte. Com organização e dedicação chega-se ao objetivo. Desejo boa sorte a todos e que a "fila" (quem estuda já ouviu essa teoria da fila) chegue logo em você!

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Alvesucas


Boa tarde, pessoal.

Bem, pra tentar ajudar, vou compartilhar a minha bibliografia pra provas da AGU e um pouco do meu método de estudo.

Direito Constitucional: Pedro Lenza (leia e releia) + leitura reiterada da CF (você ganha questões valiosas só com o conhecimento da letra da CF).

Administrativo: usei um livro pouco conhecido (salvo engano, estudei pela primeira edição)..é livro do Ricardo Alexandre (autor mais conhecido por Tributário). Trata-se do "Direito administrativo esquematizado"..Gostei muito desse livro e me deu uma "Base" bacana. Também dei "pitecos" de leitura no J.Santos Carvalho Filho (mas, só em assuntos beeem pontuais).

Tributário: Ricardo Alexandre e Sabbag (considero este mais completo, embora o primeiro seja mais objetivo, em minha opinião). Acabei estudando pelos dois. Também estudei pelo livro "Tributos em espécie" (Juspodvim) e "Execução Fiscal Aplicada" (Juspodvim - João Aurino). Reforcei em tributário por sempre gostar da disciplina (minha favorita) e por almejar, de fato, a PFN.

Processo Civil: Daniel Assunção (Manual) + Leonardo Carneiro (Fazenda Pública em juízo) + Poder Público em Juízo (juspodvim).

Civil: letra da lei e muitas questões (confesso que dei uma olhada no Manual do Tartuce, muito bom, por sinal). Contudo, o enfoque foi a lei seca.

Empresarial: letra da lei e muitas questões. Aqui, também li o André Luiz (leitura pontual e focada em falências e títulos de crédito).

Internacional: li um resumo do Mazuolli (acho que da coleção "saberes do direito" da editora saraiva,..era bem desatualizado (de 2013)..mas..serviu bem, pois se trata de uma disciplina que não mudou muito desse ano pra cá) . Integrei o estudo com questões de provas antigas.

Financeiro: estudei pela Tatiane Piscitelli e por letra da lei. Confesso que, aqui, a letra da lei já resolveria muita coisa. Pelo que parece, o livro do Harrison leite é o melhor e pretendo adquiri-lo depois.

Econômico: Leonardo Vizeu (um livro resumido de concursos de 2011, pois não foi lançado e atualizado). Também li o "livrão" do Vizeu em assuntos pontuais. Mais uma vez, aqui, vale mais a leitura da lei e muitas questões.

Penal: Cleber Masson é mais do que suficiente. Foquei na leitura da lei de crimes tributários, financeiros, lavagem (crimes "societários").

Processo Penal: leitura da lei seca (CPP). Foi a única disciplina em que eu somente estudei lendo a lei seca e fazendo questões. Assim, não tenho um livro bom pra sugerir.

Trabalho: Livro do Renato Saraiva (um resumido, da editora método) e, em processo do trabalho, também li pontualmente um livro do Renato Saraiva. Contudo, nessas disciplinas, o fundamental é o conhecimento de súmulas e OJs.

Previdenciário: Livro do Frederico Amado (li a sinopse mesmo). Foi suficiente. Integrei o estudo com lei seca e questões também, focando no custeio (por causa da PFN).

Fora isso, como dito antes, procurei fazer muitas questões objetivas (acho que é o principal na prova objetiva).
Também creio que, na prova da AGU (CESPE), a leitura de informativos é crucial!(Dizer o Direito!) Na prova da ESAF, cai de tudo, mas, particularmente, ainda acho que eles acabam focando mais na letra da lei (contudo, os informativos continuam sendo importantíssimos, além das súmulas, sobretudo, as mais recentes).

Meu modelo de estudo era: estudar dois assuntos por dia, preferencialmente, de duas disciplinas e ao final do estudo de cada assunto, fazer questões, muitas questões, e procurar a justificativa pra cada alternativa certa/errada. Eu também usava o famoso método de ciclos. Além disso, peguei o conteúdo programático do edital da PFN (meu foco) e tentei dividi-lo em dias de estudo (creio que o blog aprovação Pge e o blog E.Gonçalves também faça algo nesse sentido). Inclusive, esses blogs dão dicas valiosas, recomendo.
Enfim, seguindo esse método, não consegui exaurir o edital kkk (mas, cheguei bem perto). Só comecei a estudar 4 meses antes da prova, porque eu tinha acabado de me formar, assim, não deu pra fechar o edital.

Bem, apesar de estar dando sugestão, nunca fui aprovado definitivamente em provas das carreiras da AGU.

O estudo que sugeri acima me ajudou a passar na primeira fase da PFN 2015 numa posição relativamente confortável (65ª) e com uma pontuação que nem eu mesmo acreditei que eu pudesse conseguir! huhaheh(estou aguardando o resultado da prova discursiva, agora). Também consegui um desempenho razoável na AGU (mas, reprovei na prova d advogado da União por 0,75 pontos, podendo ter passado se tivesse deixado questões em branco. Contudo, optei por arriscar mesmo naquelas que me deixavam em dúvida..isso me fez aprender uma lição kkkk). Minha pontuação bruta na AGU foi maior que na PFN, mas, apesar disso, reprovei na AGU e passei na PFN. Fica a dica: tomem cuidado com o método CESPE de certo/errado.

Para a prova discursiva da PFN, li pontualmente os mesmos livros que recomendei e resumos (não feitos por mim). Não gosto de estudar por resumo, apenas em matérias mais difíceis. Além disso, acho que a importância dos informativos é dobrada na prova discursiva.

Especificamente na preparação da PFN, também procurei ler muitas peças e pareceres do órgão. Fiz também um cursinho de segunda fase. Apesar de não ter utilizado na prova objetiva, vi que na 2ª fase eu precisava de um curso e optei pelo EBEJI. Também recomendo treinar muito (peças, pareceres e dissertações).

Enfim, posso afirmar que o modelo de estudo que usei funcionou pra mim na primeira fase (e sigo utilizando para outras procuradorias).

Na segunda fase da PFN, ainda não sei se passarei, penso que não. Mas, se eu reprovar será por deslize pessoal (sobretudo, porque dei mancada e creio que errei a peça processual). Apesar do erro na peça, no geral, creio que deu pra responder a prova de forma razoável, ainda mais, porque era a minha primeira prova discursiva (sem contar a OAB, claro). Mas, bola pra frente.

Espero ter contribuído, pessoal.

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Itinerante LV


Primeiro, quero cumprimentar o colega Nilo pelo excelente resultado no concurso e pela iniciativa de postar seu relato aqui no CW. Todos sabemos o quanto aprendemos lendo esses depoimentos. Até hoje lembro do dia em que li pela primeira vez um desses depoimentos de aprovados, era o do juiz federal Alexandre Henry, que mudou a minha maneira de estudar. 

Assim, venho também apresentar aquilo que me ajudou nessa vida concurseira. Alguns certamente já leram esse texto porque postei no grupo do face. 

O que vou falar, obviamente, não tem a pretensão de ser verdade absoluta, nem melhor do que qualquer outra coisa que já leram sobre isso. 
Na verdade, nada mais fiz do que sempre aplicar aquilo que li nos depoimentos de outros aprovados, adaptando à minha realidade. 
E isso é o mais importante: tudo que se lê sobre método de estudo precisa ser adaptado às nossas necessidades. 
Então vamos lá. 
Antes, uma constatação. Em concurso, não tenho dúvida de que o fator sorte (para alguns, destino, pra mim, Deus) tem um papel relevantíssimo no resultado. Por mais que se estude, sempre haverá uma margem que está fora de nosso controle. 
Mas ao lado dessa, outra constatação é igualmente importante: quanto mais se estuda, mais sorte se tem. É como se Deus estivesse lhe recompensando pelo esforço e dedicação na hora da prova. 
Por isso, repito aqui a frase que vi no blog do Bruno Barros: “Trabalha como se tudo dependesse de ti, e confia como se tudo dependesse de Deus”. 
Perdoem-me pela digressão, mas achei importante fazer esse registro. 
Quanto à forma de estudo antes e depois do edital, isso dependerá da história concurseira de cada um. 
Eu, por exemplo, sou movido por edital. Não consigo focar antes de ver o edital publicado. 
Ocorre que, no ano de 2012, havia feito três concursos: Técnico do INSS, analista do TRT6 e analista do TRF5. Em 2013, tinha dado aquela estudada básica pra OAB. Ou seja, matérias como Constitucional, Administrativo, Processo Civil, Trabalho e Processo do Trabalho já estavam um pouco internalizadas. 
Quando foi publicado o edital (em agosto), foquei naquelas em que eu tinha mais dificuldade, ou nunca tinha estudado, apenas dando uma pincelada nas que eu tinha mais facilidade. 
Desse modo, o que vou falar a seguir se refere aos meus estudos nos últimos dois anos, e não apenas para o concurso da PGF. 
Sempre que saía o edital do concurso que queria fazer, a primeira providência que tomava era uma autoanálise, buscando identificar as matérias que precisavam de mais atenção, aquelas que sabia menos ou não sabia nada. 
Isso porque somos tentados a deixar de lado as matérias com as quais não temos muita afinidade. 
Esse critério (maior ou menor dificuldade nas matérias) deve ser aliado a outro: importância da matéria para o concurso. Por exemplo, Processo Civil, Constitucional, Administrativo e Tributário formam o chamado quadripé da advocacia pública, razão pela qual merecem atenção especial. 
Considerando essas variáveis, o próximo passo é fazer um planejamento de estudo. 
Há quem prefira estudar uma matéria por vez. A meu ver, não é o mais recomendável. 
Primeiro porque, ao alternar disciplinas, você consegue estudar mais horas seguidas. Além disso, as matérias não são estanques, isoladas, elas se relacionam. O estudo de disciplinas correlatas permite que o cérebro internalize melhor essas relações. 
Obviamente, é inviável estudar 15 matérias ao mesmo tempo. 
Eu estudava quatro, cinco, até seis matérias ao mesmo tempo. 
Quantas matérias por dia e quantas horas de cada matéria? 
Não sou adepto de uma fixação prévia e rígida da quantidade de matérias a serem estudadas por dia, nem do tempo para cada uma. 
Se estabeleço como meta do dia estudar o ponto X de Processo Civil, estudo até terminar o ponto ou até o meu corpo sinalizar que não agüenta mais a matéria, o que ocorrer primeiro. Acontecendo uma coisa ou outra, passo pra outra matéria. Às vezes, dependendo do horário, quando percebo que não vale à pena começar outra matéria, ia ler jurisprudência, ou simplesmente descansar. 
O que quero dizer é que essa questão de horas por matéria e matérias por dia não precisa estar em uma planilha espartana. 
Quanto ao método de estudo, tem gente que prefere fazer resumo ou mapas mentais. Eu já usei os dois métodos e, pelo menos pra mim, o custo-benefício não compensou. 
O método mais eficiente, na minha opinião, é o grifo, que, sendo bem feito, otimiza consideravelmente as indispensáveis revisões. 
Vamos à bibliografia. 
Em Direito Administrativo, meu livro-base era José dos Santos Carvalho Filho, mas alguns assuntos, como atos administrativos e poder de polícia, não dispensam Celso Antônio. Não se pode esquecer também da importância da leitura da legislação. A resposta de Administrativo na minha prova oral, por exemplo, estava num artigo da Lei 8987/95 (Lei das Concessões). 
Em Constitucional, é especialmente importante verificar a aplicação da teoria a casos concretos, sendo imprescindível conhecer a jurisprudência do STF. E nesse aspecto, o livro de Pedro Lenza é excepcional. Uma ferramenta muito útil também é “A Constituição e o Supremo”, disponível no site do STF. 
Estudei Tributário por Ricardo Alexandre. Nessa matéria, também é muito importante conhecer a jurisprudência. 
Direito Previdenciário tem uma complexidade, eu diria, matemática. Por isso, é muito importante estar afiado com a legislação e conhecer a jurisprudência. Não peguei nenhum livro para a PGF. Fui Técnico do Seguro Social e atualmente trabalho no JEF, de modo que me sentia seguro na matéria. 
Quanto a Processo Civil, estudei por Daniel Neves (volume único). E também nessa matéria, a jurisprudência tem um papel de destaque. 
Essas são as matérias com as quais sempre tive mais afinidade. 
Mas havia também aquelas das quais eu não gostava muito, seja porque acho chatas, seja porque são muito decorebas. São elas: Empresarial, Internacional, Penal, Processo Penal, Agrário, Ambiental, Legislação sobre ensino e Financeiro. 
Internacional eu li alguns pontos pelo livro de Portela; em outros pontos eu li os tratados e convenções mesmo, secos. 
Em Penal, na parte geral, li algumas partes de Rogério Greco; Quanto aos crimes em espécie, estudei lendo a legislação e pinçando jurisprudência. 
Em Processo Penal li algumas partes de Nestor Távora e Rosmar, além, claro, de legislação seca. 
Empresarial, estudei alguns capítulos de André Santa Cruz e, óbvio, a lei seca. 
Agrário, Ensino e Financeiro, só a lei seca. 
Ambiental, li a parte dos princípios pelo livro de Frederico Amado e a legislação seca; 
Em Econômico, li algumas partes de Lafayete Petter, a parte da Ordem Econômica na Constituição e a legislação. 
Trabalho e Processo do Trabalho, estudei por Renato Saraiva, mas também tem os livros de Henrique Correia, que são muito bons. Essas duas matérias, como sabem, possuem um verdadeiro direito sumular, de modo que é indispensável conhecer as súmulas e OJ do TST. 
Por fim, jurisprudência. Estudo os informativos pelo site dizerodireito. Para a PGF, li todos os informativos do STJ de 2012 e de 2013; os do STF, só de julho de 2012 em diante. 
Como puderam perceber, não estudei um livro sequer de capa a capa. Isso porque doutrina, lei e jurisprudência têm graus diferentes de importância no concurso, a depender do ponto do edital. Teoria da Constituição, atos administrativos, Princípios da Administração Pública, por exemplo, são pontos eminentemente doutrinários. Em temas como parceria público-privada e unidades de conservação, a leitura do texto legal é suficiente, a meu ver. Em outros, como Processo Administrativo Disciplinar, Recursos em Processo Civil, e vários pontos de Trabalho, Processo do Trabalho e Processo Penal, a jurisprudência é quase legiferante, de modo que é absolutamente necessário conhecê-la. 
Ter sensibilidade para equilibrar o estudo por doutrina, lei e jurisprudência é, na minha concepção, a chave para a eficiência nos estudos. 
São esses os aspectos que considero relevantes na preparação para concurso público. Espero que ajude, de algum modo, quem continua ou está começando na luta.

Aos que estão na luta para ingresso na AGU.
Sou Procurador Federal desde julho do ano passado, aprovado no último concurso, tendo exercido anteriormente a função de analista judiciário de TRF. Venho aqui falar especialmente aos que têm dúvidas, angústias e receios.
Hoje em dia quem estuda pra concurso é alvejado por uma quantidade muito grande de informação. Talvez por isso às vezes iniciamos o projeto de preparação com um método, no meio do caminho mudamos pra outro, compramos livros que não lemos, cursos online inservíveis, seguimos inúmeros perfis de concurseiros nas redes sociais e, por consequência, acabamos nos sentindo perdidos.
São muitas opiniões, muitos conselhos, muitos gurus.
Vou falar, então, o que eu considero fundamental (ao menos, serviu pra mim)
1) Antes de tudo, acho importante cortar os excessos. Sempre comprei um livro de cada matéria, evito cursinhos (muitos podem ser considerados estelionatários) e estudo grifando (considero um excesso pouco proveitoso fazer resumos do que eu li). 
2) Faço revisões. É impossível manter incólume o conhecimento de todos os aspectos legais, doutrinários e jurisprudenciais de cada ponto. Não tem jeito, muita coisa vai escapando. Por isso, durante a preparação, sempre que percebo que já não estou sabendo com clareza algo que já estudei, volto a ele. 
3) Procuro estudar com o computador do lado. Sempre que o autor menciona alguma divergência doutrinária/jurisprudencial relevante, vou atrás do entendimento atual predominante no STJ)STF. 
4) Como não pretendo ser MPF, ignoro discussões doutrinárias que possuem importância meramente acadêmica. Elas só fazem você desperdiçar tempo e esforço mental. 
5) Utilizo as ferramentas de jurisprudência do STJ (informativos por ramos do direito/ano, jurisprudência em teses, súmulas anotadas, recursos repetivivos) e do STF (Legislação anotada, a Constituição e o Supremo).
6) Leio também o dizerodireito.
7) Procuro ter rotina. Esse é o principal sinal do comprometimento com a preparação.

Fujo da rotina. De vez em quando, dá pra tirar uma horinha pra ver Faustão (tem que ser algo que não exija muito da mente, só pra descansar).

É isso, meus caros.
VQV!

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Bmnramos


Bom dia, grandes guerreiros e futuros servidores públicos!

Eu sou um dos aprovados no concurso da PGF/2013 e vim aqui relatar minha experiência de vida em concursos e a e preparação específica para este certame. Inicialmente quero ressaltar que estratégia utilizada me proporcionou restar aprovado, no entanto, estou lá na rabeira da fila, comprovando assim que há métodos com resultados melhores que o meu, em que pese estar muito feliz e satisfeito com essa conquista (sou seguidor da máxima de que "não importa a posição no concurso, o importante é 'tá lá dentro' hehehe").

Amigos, tenho 25 anos e iniciei minha vida de concurseiro entre 2008-2009, quando prestei o o concurso para o TRT do Ceará. Como de regra, não fui aprovado, apesar do grande esforço que fiz. Não bastasse isso, os resultados negativos se acumularam até o ano de 2012, quando me formei no curso de Direito. Neste meio termo, prestei os seguintes concursos para tribunais: TRF's 1 e 5, TRE e TRT de PE. Em todos estes me dediquei bem, mas os resultados não vinham acontecendo. No entanto, no concurso para o TJ/PE obtive a aprovação e, apesar de ter sido fora das vagas, sabia que seria nomeado (o triste é que demorou um pouco mais do que imaginava, mas fui nomeado em 2013 para a alegria dos meus bolsos e os dos meus pais heheheh). Foi o alívio e a "segurança" que precisava para focar naquilo que eu almejava, a Advocacia Pública.

Meu primeiro passo na preparação para o concurso da PGF/2013 foi dado no final de dezembro de 2012, quando me matriculei no CURSO PARA PROCURADOR FEDERAL DA EBEJI. Escolhi direcionar os estudos para este certame pois tudo indicava que eu teria um tempo razoável para me preparar e não chegar tão cru aos dias de prova. Quero ressaltar que o que considero chave em minha preparação desde os tempos dos tribunais é que procurei focar no estilo do concurso, ou seja, quando fiz tribunal,só fiz tribunal e quando decidi partir para a advocacia pública, só fiz advocacia pública. 

Dado início ao curso do ebeji, decidi por impulso prestar o concurso de advogado do BNDES, realizado pela CESGRANRIO, cujas provas foram realizadas em março do ano passado. Era lógico que com 3 meses de preparação eu não lograsse êxito e foi o que ocorreu, tanto porque era ainda muito despreparado, como porque, em que pese tenha decidido prestar esse certame, continuava estudando e seguindo o edital da PGF de 2010, inclusive responde questões somente da CESPE no "questoesdeconcursos" (que site fantástico!). No entanto, o resultado não foi de todo mau, pois tive um desempenho razoável na prova objetiva, ficando de fora por muito pouco (não me lembro ao certo por quanto!). 

Dei continuidade aos estudos e em agosto o tão esperado edital da PGF foi publicado. Inicialmente tive duas tristezas e uma alegria quando li aquele edital. A alegria foi porque em termos de conteúdoe enfoque das matérias pouco foi modificado em relação ao edital anterior, assim, a minha preparação não precisou de grandes mudanças. No entanto, as tristezas me preocupavam muito mais hehehe. O primeiro dissabor foi que o edital tinha sido publicado e as provas seriam realizadas ainda naquele ano. Estava com mais ou menos 08 meses de estudo e não me sentia nada seguro para concorrer a tal cargo. Para piorar, o edital manteve o método já presente no edital passado e as provas objetivas e subjetivas seriam realizadas no mesmo FDS. Não podia considerar aquilo uma surpresa, mas torci demais para que a metodologia não fosse reproduzida no atual certame. A única peça que fiz na vida (descartando aqui a experiência acadêmica) foi a 2ª fase da OAB. Nunca advoguei e, até então, só tinha realizado provas objetivas. Ou seja, foi um desânimo inicial, pois pretendia utilizar o primeiro período de estudo para ter um bom resultado na 1ª fase e, caso lograsse êxito, apesar do pouco tempo de preparação, tentar obter substância para uma 2ª fase a ser realizada posteriormente.

Passado o baque inicial, tive que adaptar os estudos no sentido de incluir mais conteúdo para subsidiar as fundamentações nas questões subjetivas e nas peças, mas não deixar de lado o estudo objetivo que me permitiria passar da fase inicial do concurso. 

Em outubro ocorreram dois fatos que de certa forma me atrapalharam na concentração para a reta final do concurso, tendo em vista que este seria realizado no início de novembro. O primeiro acontecimento foi o concurso para Procurador do BACEN. Resolvi me inscrever nos mesmo moldes do concurso para o BNDES, ou seja, continuar focado na PGF, apesar de que aquele tinha o diferencial de ser realizado pelo CESPE e ter o conteúdo mais parecido com o meu foco. "Perdi" dois dias na semana por causa da viagem + um fds de realização das provas. No entanto, prestar esse concurso foi muito bom para a minha confiança, pois consegui passar na primeira, dando assim mais estímulo para a PGF. O segundo fato foi a minha tão esperada nomeação como analista do TJ/PE! A ansiedade pré-nomeação, os preparativos para o ato e tudo mais que circunda uma vitória como esta, não colaboraram para o certame que chegava (mas começar a ganhar dinheiro foi bom demais! heheheheh). 

Até que chegou ao tão esperado FDS de realização de provas. O resultado foi o da aprovação e me sinto extremamente feliz com este fato. Vou listar abaixo os livros e métodos de estudo. Espero contribuir com essa minha experiência que, não foi a mais eficiente, mas conseguiu ser eficaz e vitoriosa.

LIVROS: 

DIREITO CONSTITUCIONAL: CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL, editora Jus Podium, Bernardo Gonçalves Fernandes. Comentário: Li este livro de cabo a rabo durante o ano, grifando as partes mais importantes, e, após a publicação do edital, refiz o mesmo caminho. Recomendo demais esta doutrina, pois achei bem profunda e didática. Não estudei por nenhum outro, em que pese eventual pesquisa nos livros de DIRLEY DA CUNHA JR e PEDRO LENZA.

DIREITO ADMINISTRATIVO: DIREITO ADMINISTRATIVO DESCOMPLICADO, editora método, Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. Comentário: Procedi da mesma maneira que a anterior. O livro é muito didático, profundo em grande parte, no entanto, em pouco pontos me socorri da Marinela e da Di Pietro. Recomendo o descomplicado, mas talvez se tivesse seguido a Di Pietro e a Marinela pudesse ter um resultado um pouco melhor.

PROCESSO CIVIL. MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, editora método, Daniel Assumpção. Procedi da mesma maneira, com a observação de que não consegui reler a parte de procedimentos especiais e um pedaço de execução. Livro sensacional e acredito que bem suficiente pra lograr êxito neste concurso.

DIREITO TRIBUTÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO ESQUEMATIZADO, editora método, Ricardo Alexandre. Procedi da mesma maneira. Livro da maior qualidade, didático, profundo, e bem suficiente para a aprovação.

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. SINOPSE DA EDITORA JUSPODIUM, Frederico Amado. Comentário: matéria de extrema importância para o concurso e que tive uma estratégia diferenciada e de risco. Nunca tinha estudado a contento para esta matéria e, sabedor de sua legislação confusa para o concurseiro, em que pese a importância para o cargo, deixei para estudar nos últimos dois meses para as provas, com a intenção de que os detalhes estivessem mais vivos na memória. Assim, em vez de comprar o curso completo do frederico amado, resolvi me matricular na isolada ministrada por este professor no Renato Saraiva e comprar seu resumo da jus podium. Foi uma estratégia perigosa, pois no parecer da segunda fase eu poderia ter ido bem melhor caso tivesse estudado mais tempo e de forma mais profunda (por consequência perdi muitos pontos e fiquei na parte final da lista de aprovados), mas acredito que diante das circunstâncias foi uma escolha acertada. 

DIREITO AMBIENTAL. LEIS ESPECIAIS PARA CONCURSOS, editora jus podium, Romeu Thomé. Matéria que dei uma atenção maior que as listadas abaixo, mas muito longe da atenção que dediquei às matérias relatadas acima. Bom livro, mas poderia ter melhorado esse estudo com outras alternativas. O prazo exíguo não permitiu.

DIREITO EMPRESARIAL. DIREITO EMPRESARIAL ESQUEMATIZADO, editora método, André Luiz Santa Cruz Ramos. Dei um enfoque maior quando estudei para o BNDES, inclusive assistindo aulas do ebeji. Li o o livro quase todo e, diante do meu ódio mortal por esta matéria, pareceu-me ser um livro muito bom, pois "tive a impressão de que consegui entender,SOMENTE DURANTE O MOMENTO EM QUE ESTUDEI PARA O CONCURSO, alguma coisa relacionado a algo que diz respeito a uns negócios aí de título de crédito". kkkkkkk

DIREITO CIVIL. Li o resumo (coleção sinopses) da parte geral da editora jus podium + lei seca + jurisprudência.

DIREITO DO TRABALHO/PROCESSO DO TRABALHO. Editora método, Renato Saraiva. Já tinha lido na preparação para os TRT's e acho que são livros muito bons e suficientes.

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. Confesso que comprei o livro do Portela (editora jus podium), mas confesso mais ainda que nunca passei do índice! kkkkkk questão de foco! como minha preparação foi corrida e prematura, DIP foi relegado ao limbo. hehehe

DIREITO FINANCEIRO/ECONÔMICO: aulas do ebeji + leis+ questões + jurisprudência. Li o li MANUAL DE DIREITO FINANCEIRO, jus podium, Harisson Leite. Livro bom e acredito que bem suficiente. Matéria secundária nos meus estudos.

DIREITO PENAL/PROCESSO PENAL: Sinopse da jus podium para penal, parte geral,e o tradicional e comum a todas as outras matérias "lei seca+questões+jurisprudência" para Processo Penal. Matérias secundárias no estudo, mas diferente de financeiro/econômico, eu não era mais um "menino inocente, que não sabia de nada" kkkk. Estudei essas matérias na facul (não tinha financeiro/econômico na grande curricular) e para os tribunais.

DIREITO AGRÁRIO/LEGISLAÇÃO SOBRE ENSINO. Só tenho um comentário a fazer: "NÃO SEI NEM ERRAR!" KKKKKKKKKK. Meu primeiro contato com as matérias foi na prova. hehehehe

Pois bem, galera, minha bibliografia foi esta acima. Já a metodologia foi simples, com algumas variações durante o ano, mas sempre mantendo a essência abaixo descrita:

manhã: de 08 às 12 (com média de 3 horas de estudo líquido, ou seja, cronometrado) estudava doutrina das principais matérias, notadamente const/adm/P.civil e tributário. Nos últimos dois meses inclui Previdenciário. Assim, cada dia da semana estudava uma matéria de peso.

tarde:14 às 18 (com média de 3 horas de estudo líquido) estudava lei seca e jurisprudência com maior ênfase das matérias principais, mas também estudava as secundárias.

noite: 20 às 22 e 23 às 00:00: QUESTÕES do que estudei no mesmo dia semana passada.

sábado: simulado pela manhã e revisão de jurisprudência, afinal estamos tratando de CESPE, né? hehehe.
Resto do sábado e domingo era descanso (a parte boa de só estudar para concurso e ser bancado por pais extremamente presentes,compreensíveis, ou seja, perfeitos como eu tenho! ). 

Só dois últimos esclarecimentos e que foram de uma ajuda ímpar na minha preparação. O primeiro é que foi de extrema importância traçar uma porcentagem mínima de acerto por matéria quando da resolução das questões. Ou seja, em cada matéria e assunto, quando fui responder aos questionamentos, tracei e busquei a meta mínima (tendo como base o mínimo necessário para a aprovação na primeira fase). No meu caso, eu levava em consideração para determinar esta meta, o fato de que iria responder todas as questões, afinal, a proporção era de duas erradas anulavam uma certa. No meu conceito valia a pena arriscar. O segundo esclarecimento e não menos importante é: ACESSEM O SITE DO "DIZER O DIREITO"! AQUELE CARA MERECE UM HOMENAGEM DA ONU, NASA, CIA, ABIN E TUDO O MAIS! KKKKK jurisprudência, doutrina, questões etc. SITE SENSACIONAL E IMPRESCINDÍVEL PARA A MINHA APROVAÇÃO.

Enfim, tentei passar um pouco do que vivi e, apesar de ter cansado a todos com um texto tão longo, espero ter de alguma maneira ajudado nessa caminhada tão difícil, mas ACREDITEM, POSSÍVEL SIM!.

FORÇA, AMIGOS! DESEJO O MELHOR A CADA UM DE VOCÊS.

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Após conseguir êxito no último concurso de procurador federal, tinha uma dívida moral, que agora acredito está pagando, pois os depoimentos que lia aqui, me serviram de inspiração e norte para conseguir a esperada aprovação. 
Sendo assim, abaixo transcrevo situações que acho importantes. 
As três palavras mais fortes na preparação são: Planejamento, Persistência e Rotina. 

PLANEJAMENTO – O exercício aqui é individual, vai depender do tempo disponível que você vai ter para estudar, isso porque alguns mais outros menos têm que dedicar seu tempo ao trabalho, a família, ao lazer, aos exercícios físicos, a saúde, a religião e.t.c. 
A quantidade de tempo dedicado ao estudo, apenas irá determinar se você vai demorar mais ou menos tempo para passar. 
Aqui a dica é: seja sincero consigo mesmo, faça o planejamento de acordo com as horas que efetivamente você possa estudar durante a semana. 
Particularmente, em relação ao concurso de procurador federal que teve 17 disciplinas, para mim era impossível um planejamento em uma única semana, precisaria de no mínimo duas semanas para poder estudar todas as matérias, e depois retornar o ciclo de estudos. 
No planejamento, é fundamental a inserção da leitura de informativos e a realização de questões objetivas e subjetivas. 
Só abro um parêntese para as matérias administrativo, processo civil, constitucional, tributário e previdenciário, para que dediquem mais tempo a elas, pois estarão presentes até a fase oral. 

PERSISTÊNCIA – Essa característica é fundamental para o momento em que você perder um concurso, tenho um amigo que é superinteligente, contudo quando ele reprova em um concurso, passa duas semanas até um mês para se recuperar e voltar aos estudos, e tenho certeza que isso atrapalha muito o ritmo dele. 
Ainda aparece quando você estiver estudando durante muito tempo e ainda não conseguiu passar ou o concurso que você quer não aparece, muitas pessoas param de estudar ou diminuem o ritmo de estudo, isso não pode acontecer porque irão ter outros que estão no seu mesmo nível e que continuam estudando. 

ROTINA –Ligado com a ideia do planejamento, na rotina você sabe a hora que vai a academia malhar, a hora do trabalho, da alimentação, do estudo, do sono etc. Pode ter certeza que a adaptabilidade do corpo humano é fantástica em pouco tempo seu corpo e sua mente se adaptarão a rotina que você estabelecer. 

DESCANSO – Fundamental, durma pelo menos seis horas por dia, eu só funciono se dormir oito horas, mas cada um tem seu ritmo, contudo acredito, particularmente, que uma pessoa que durma menos de seis horas terá problemas de saúde, por isso não aconselho dormir menos do que isso. 

PROBLEMAS PESSOAIS – Se tiver um problema pessoal, ou de saúde, é melhor resolvê-lo do que insistir nos estudos e não se concentrar. Tenha certeza que o número de horas que você perderá tentando estudar não compensará. 

INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA – Muitos já deram as indicações e eu acompanho as indicações que aqui foram dadas. Inclusive muitos indicam dois ou até três livros, eu estudei apenas por um, mas em algumas matérias, é importante você ter outro livro para consulta. 
Civil- Tartuce; 
Processo Civil – Didier, principalmente livros I e III e Fazenda Pública em Juízo Leonardo Carneiro; 
Tributário – Ricardo Alexandre; 
Constitucional – Lenza; 
Administrativo - Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, mas próximo ao concurso estudei por Gustavo Scatolino. 
Internacional - Portela 
Econômico – Vizeu (praticamente não estudei) 
Financeiro – Harrison; 
Legislação Ensino – Praticamente não estudei, lei seca; 
Trabalho – Cairo Júnior e Renato Saraiva 
Processo do Trabalho – Renato Saraiva 
Processo Penal – Praticamente não estudei, não gosto do livro de Nestor, apesar de tê-lo fui mais por lei seca 
Penal – Rogério Sanchez livro da RT na parte especial e meu caderno quando fiz o cursinho do LFG; 
Empresarial – André Sta Cruz 
Previdenciário – Não lembro agora o nome do autor pelo qual estudei, mas não é nenhum dos que são citados aqui, mas o Frederico Amado é bom tb 
Agrário – resumo da juspdovim. 
Ambiental: Frederido Amado, mas estudei pelo Romeu Thomé 

RECURSOS- Cada fase do concurso abre a possibilidade de você apresentar recurso, em especial na objetiva, subjetiva e oral elabore seu recurso, mesmo que seu “amigo” diga que não vale a pena que você não vai conseguir, eu encaro os recursos como se fosse uma prova que eu faço em casa com consulta, pois cada décimo ou ponto mesmo que seja em português pode lhe render a aprovação ou reprovação, ou até mesmo uma melhor lotação. 
OBS: Só recorra lógico, daquilo que há uma possibilidade mínima de que você consiga êxito, mesmo que seja em erros de português. 
CURSINHO – Outros já disseram aqui, só se você sair do zero ou que você tenha muita deficiência em uma matéria, senão o melhor é estudar em casa/biblioteca no livro. O tempo de deslocamento, aliado com a possibilidade de o professor repisar muita coisa que você já sabe não compensa. 
Para as provas subjetivas e orais a mesma dica, se nunca tiver feito, ou se estiver com dificuldade em aumentar sua nota, vale a pena fazer, caso contrário não precisa, apesar de ser muito importante o treino.

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ThalesThales



Pessoal, boa tarde! Resolvi dar a minha singela contribuição a este tópico, o qual já me ajudou no passado. Fui aprovado neste último concurso da PGF (dentro das vagas) e no da PGBACEN (um pouco fora das vagas), além de outras aprovações incidentais, em seletivos de bom nível de dificuldade. 

Não pretendo dar "dicas" universais, mas apenas compartilhar um pouco da minha experiência relativamente a esses dois concursos. Também não sou exemplo de excelência, já que não almejei aprovação nos primeiros lugares e nem vitória de primeira. Na verdade, um fracasso duplo em 2012 (AU e PFN) levou a um sucesso duplo em 2013/2014, após reflexão e um ano de estudo sério. 

Tenham em mente que falo especificamente dos concurso da AGU de outros da advocacia pública feitos pelo CESPE, pois foram os que eu prestei. Assim, não posso dizer se o modo como estudei daria certo para a magistratura e para o MP, ou outros. 

Primeiramente, na minha sincera opinião, os concursos da AGU não são tão mais difíceis que os concursos de analista. São apenas diferentes. O modo de estudar é diferente. Então, vocês que ainda não vão estudar pra esses cargos, não se enganem achando que não podem ainda "mirar mais alto". O nível de concorrência pra analista é alto demais, de modo que qualquer escorregão você fica fora. Não basta entender a matéria, tem que decorar toda a legislação! E não as partes importantes, mas sim aquelas besteiras, como os prazos menos utilizados na prática. Pra mim isso é extremamente difícil. 

Estudar pra AGU é um pouco diferente. Não que não seja necessário decorar (é sim), mas o importante mesmo é entender de modo geral como a coisa funciona, a teoria geral de cada matéria. E mais do que decorar legislação, tem que memorizar como os tribunais superiores e o TCU decidem! O bom é que dá pra fazer um estudo focado. Existem pontos no Edital que eu nunca li. Por que? Porque são irrelevantes pra prática. E as provas em geral são direcionadas para as questões mais relevantes no dia-a-dia da instituição. Para os temas mais importantes no momento. 

Então, a primeira coisa é: aprendam sobre a instituição e saibam os temas mais relevantes que ela está enfrentando nos tribunais superiores. Acompanhem as notícias do site. Se vocês tiveram a oportunidade de estagiar na AGU, lembrem dos temas mais comuns. Acho que esse é o primeiro passo pro direcionamento do estudo. 

Esse direcionamento deu certo pra mim, pois nunca tive tempo suficiente para estudar todas matérias de forma geral. Trabalho 7-8 horas por dia, e como só tinha 2 horas líquidas de estudo disponíveis, tinha que otimizar esse tempo. 

Em segundo lugar, leiam informativos!. Na minha opinião, informativos são até mais importantes que a lei seca na AGU. Explico. Na primeira fase, despenca jurisprudência. Não foram poucas as questões que acertei, não sabendo absolutamente nada ou muito pouco sobre a matéria, mas lembrando do respectivo informativo. 

Na segunda fase, quando é possível a consulta à legislação, o diferencial é o conhecimento sobre os entendimentos dos tribunais, porque todo mundo sabe olhar vade mecum. E, quando não for possível, o CESPE não vai cobrar os detalhes da lei, e sim, novamente, o entendimento dos tribunais superiores. 

O meu método de estudo de informativos foi o seguinte. Primeiramente, baixava semanalmente os do STF, STJ e TCU em formato word para uma pasta do meu computador, e destacava as partes mais importantes. Os pontos/teses centrais de cada julgado. Fazia isso nos informativos "secos", pois lendo primeiro os já esquematizados/resumidos, a falta de esforço mental dificulta a memorização. Lido o informativo seco da semana, baixava o do "Dizer o direito" (ótimo site, muito obrigado Prof. Márcio!) e fazia a revisão. Não de tudo, e sim dos principais julgados. E depois baixava os informativos do EBEJI, que compilam os julgados mais relevantes do bimestre. Além disso, fazia o GEAGU objetivo do EBEJI, toda semana, e lia as respectivas atas. Abrindo um parêntesis, não gostei de nenhum curso que fiz no EBEJI, pois as aulas e o material em geral são fraquíssimos (tirando as aulas do Ronny Charles, que é ótimo, e do Fabiano Jantalia, que me ajudou sobremaneira na aprovação no BACEN). Entretanto, o GEAGU objetivo foi a ferramenta de ensino que MAIS ME AJUDOU nesses concursos, foi são esses exercícios que me ajudaram a memorizar e consolidar de vez o estudo de jurisprudência. Recomendo muito! 

Com isso decorei os informativos (no meu trabalho, me chamaram de "Zé do informativo", pra vocês terem uma ideia). 

Quanto ao estudo da legislação, imprimam as leis mais importantes, com uma fonte que propicie conforto visual. Matérias como ensino e agrário podem ser dominadas apenas com a lei seca e com o estudo dos principais julgados do STF e do STJ. No último da PGF, em ensino caiu só legislação e entendimentos batidos do STF. Em Agrário, salvo engano, só legislação e um julgado do STJ. São pontos preciosos em matérias fáceis, e que podem ajudar a compensar as perdas em matérias mais difíceis. 

Em relação a bibliografia, graças a Deus fiz uma graduação tranquila, pois ainda não estudava pra concursos. Isso acabou me dando uma boa base e compensando a falta de tempo para o estudo. Dessa forma, estudei em 2012/2013 da seguinte forma: 

Todas matérias: informativos e + informativos. 
Constitucional: Constituição e Pedro Lenza (na graduação: Gilmar) 
Administrativo: Lei seca. (na graduação: CABM e Marçal). 
Processo Civil: Daniel Neves. 
Civil: Lei seca. 
Financeiro: Tatiane Pisciteli e lei seca (muito mais lei seca - LRF, 4320 e CF). 
Econômico: Constituição (muito importante!) e Leonardo Vizeu (Lições) na graduação. 
Penal: Sinopse da Juspdivm (excelente). 
P. Penal: só informativos. 
Trabalho: Renato Saraiva e súmulas e OJ's do TST (principalmente), especialmente as novas. Querem uma dica: baixem as atualizações, pois elas que vão indicar os "novos" temas e alterações que vão despencar nas provas. 
P. do Trabalho: Súmulas, OJ e Sorte! Ainda não sei quase nada da matéria. 
Ambiental: Curso de ambiental completo do CERS do Frederico Amado. 
Empresarial: André Santa Cruz (excelente) 
Internacional: Portela e apostilas do curso AGU do LFG (horrível, por sinal, mas ajudou). Na verdade, muita sorte também, pois a materia estava facil na prova. 
Previdenciário: Curso de previdenciário completo do CERS do Frederico Amado, lei seca e decisões. 
Agrário: Lei seca e Leis comentadas pela PGF 
Ensino: lei seca e CF comentada pelo STF, nos artigos mais importantes. 

Vocês podem ver que eu mencionei o curso CERS do Prof. Frederico Amado. Gostei muito das materias isoladas de ambiental e previdenciário. Isso porque ele segue a legislação! E isso te força a memorizá-la. A minha dica: joguem o material de apoio dispnibilizado no word e comecem a editá-lo conforme o Professor vai falando. Vocês terão um resumo do livro dele. Como eu não tinha tempo, foi a minha principal fonte de estudo dessas matérias. 

Por fim, gostaria de transmitir esta mensagem a vocês: não desistam nunca! Em 2012, quando não passei nem pra AU e nem na PFN, por muito pouco, fiquei muito triste, até desanimado pra estudar. Mas dei a volta por cima e intensifiquei os estudos. Bebi muito redbull pra compensar o sono. Procurava aproveitar o meu estudo pra fazer peças/pareceres no meu trabalho também para fins de concurso (por exemplo, se eu deveria estudar o prazo para impugnação de edital no pregão eletronico, por que não ler também nas outras modalidades rapidinho?). 

Falta de tempo não pode servir de desculpa para não irmos atrás de nossos sonhos. Sempre quis advocacia pública e agora consegui. E, a não ser que as condições de trabalho sejam insuportáveis, não trocaria, por enquanto, a AGU por nada, a não ser pela PGE do meu Estado (pela remuneração). 

Boa sorte a todos!

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PROCURADOR RS


Quando resolvi prestar concursos para a advocacia pública, em meados de 2011, passei a acompanhar o ForumCW, sendo que sempre me emocionava com os relatos dos aprovados. Quando lia os depoimentos sonhava no momento em que a minha hora chegaria. E não é que chegou? Então resolvi escrever algumas linhas aqui, não por vaidade, mas por saber o quanto os depoimentos motivam e ajudam quem está começando.
Quando me formei em janeiro de 2010 já era técnico do seguro social e sonhava em melhorar de cargo. Sempre sonhei com cargos ditos “tops”, principalmente na advocacia pública federal, mas achava que não era capaz de ir direto ao meu objetivo, afinal eram tantas matérias para estudar e havia os mantras de que esses concursos não eram para qualquer um. Então resolvi estudar para os concursos de analista, uma espécie de concurso escada, para futuramente focar no meu sonho, mas que perda de tempo, após um ano estudando para concursos de analista não consegui sair do chão, não passava nem perto da aprovação. Se o concurso tinha 60 questões, fazer 50 não lhe garantia nem ficar perto das vagas. Cheguei a desanimar, pensar em desistir, pois pensava como conseguiria passar em um concurso “top” se ia tão mal nos concursos de analista. Eu só poderia ser burro mesmo.
Foi quando resolvi atirar alto, seria tudo ou nada, estudaria a partir de então para a advocacia pública, e somente focada para ela. Isso em meados de 2011. Então fiz PGE-RS em 2011, AGU e PGF em 2012 e então PGF 2013, em todos estes não passei nem da primeira fase, mas a evolução era visível, eu tinha certeza que meu dia estava cada vez mais próximo. Quando em 2013 espero ter prestado meu último concurso, a PGF, quando não só passei da primeira fase, como cheguei até o final, logrando aprovação. Não tem nada ganho ainda, visto que todos sabemos que só a nomeação garante o final feliz, mas as perspectivas são ótimas.
Quanto ao método de estudos, posso dizer com certeza que não existe fórmula mágica apenas dedicação e persistência. Claro que com o tempo você vai refinando seu estudo em busca do método que melhor funciona para você.
Eu nunca tive muito tempo para estudar, estudava cerca de 2horas por dia, à noite, visto que trabalho no INSS das 8hs às 18:00hs.
Considerando as condições que eu tinha para estudar o método que trouxe resultados mais positivos para mim foi fazer rodízio de matérias, com metas pequenas para cada ciclo. Eu tentava pegar uma matéria por dia e vencer a meta, se não vencesse continuava no dia seguinte com a mesma matéria. Assim que atingisse a meta daquela matéria passava para a matéria seguinte. Por exemplo, hoje eu estudaria administrativo, sendo que leria 20 artigos, 20 páginas de doutrina e 10 questões cespe (site questões de concursos). No dia seguinte pegaria outra matéria, até fechar o ciclo. Outra coisa que fazia era ler os informativos da semana assim que saíssem, para tanto eu encaixava entre as matérias (não lia o informativo original, apenas do dizer o direito).
Quanto ao material de estudo eu usava a lei seca, os informativos do dizer o direito, o site de questões de concursos e doutrinas, não usava apostilas ou resumos que rolavam na internet (salvo raras exceções).
Os livros que eu indicaria são os seguintes (li outros também mas indico os que mais gostei e os que acho suficientes para a aprovação):
Constitucional: Gilmar Mendes e Sinopse da Juspodvim (preto)
Administrativo: Carvalho Filho, Sinopse da Juspodvim (preto) e lei comentadas da Juspodvim: servidor público, improbidade administrativa e processo administrativo.
Processo Civil: Fredie Didier
Civil: Tartuce
Financeiro: Tatiane Pisciteli
Econômico: Apenas li textos esparsos e apostilas
Penal: Sinopse da Juspodvim (preto)
P. Penal: Sinopse da Juspodvim (preto)
Trabalho: Henrique Correa
P. do Trabalho: Renato Saraiva
Ambiental: Coleção de leis comentadas da Juspodivm
Empresarial: André Santa Cruz
Internacional: Portela
Previdenciário: Kertzman (hoje usaria outro)
Agrário: Leis comentadas pela PGF
Ensino: só lei seca
É importante ler muita lei seca, e muito informativo para as fases avançadas. A maioria das discursivas e da oral foram baseadas nos entendimentos jurisprudenciais.
Agora é torcer pela nomeação.
Amigos, seu principal concorrente é você mesmo. Evite beligerância em relação aos outros que estão na disputa. Se ajudem, que vocês conseguirão chegar lá juntos. Fiz muitos amigos nesta caminhada, pessoas que puderam me passar ótimas experiências. Ganhei muito mais com a ajuda mútua do que com a rivalidade.
A fórmula do sucesso é humildade e dedicação. Se você acreditar vai conseguir.

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Animus necandi

Primeiro sempre sonhei com este momento. 

O momento de vir ao correioweb e "contar" tudo o que fiz, minhas lutas, minhas virtudes, os livros que li, para, enfim chegar a aprovação. Mas, sinceramente, hoje olhando para traz percebo que fiz mais bobagens do que acertos. Sou apenas mais um cara comum, que talvez nem tenha muito a acrescentar. Troquei o foco muitas vezes, rodei muitas e muitas vezes. Certamente não sou o melhor exemplo, o que me fez até pensar se realmente era válido escrever minha experiência neste ambiente, mas sei também que aprendemos com os erros dos outros e nos inspiramos em seus acertos, e "relatos" sempre são um bom combustível para nossos estudos. Então vamos lá. 
Vou fazê-lo porque, com a graça de Deus, estou indo para o curso de formação de Procurador Federal que vai se iniciar agora dia 19. E se Ele permitir, serei nomeado neste cargo. 
Não queria escrever agora, mas vou aproveitar o ensejo das perguntas que me foram enviadas e vou tentar dar um "testemunho" para quem ainda vai continuar. Eu acredito que depois deste concurso, depois do curso de formação, não prosseguirei nesta dura vida de concurseiro. Como eu disse, apenas acredito... 


Sei que muitos anseiam em saber fórmulas mágicas. 
O que fazer para ser aprovado? Quais obras ler? Como fazer exercícios? 
Me recordo que há mais ou menos 4 anos atrás vim aqui ler o "relato dos aprovados". Fiquei espantado com os livros que leram. 
Meu Deus, o cara leu 4 livros de constitucional, 2 livros de penal, a coleção inteira de Processo Civil... e eu pensava: jamais vou conseguir isso. Isso é história para boi dormir. E não é. 
Se você não leu nada, não se espante, apenas comece. 
Vou dar o meu exemplo: 
Em 2009 comprei de Administrativo a Di Pietro, Constitucional o Alexandre Moraes, Penal e Processo Penal Capez. Li todos praticamente de capa a capa. 
Eram bons livros para concurso. Acho que não, mas eu os li e aprendi muito com eles. 
Isso não quer dizer que você não deve escolher bons livros. Muito pelo contrário. Mas um bom livro depende do seu leitor. Depende de como você se adequa a linguagem, o seu conhecimento prévio sobre a matéria, entre inúmeros outros fatores. 
Por exemplo: 
Em constitucional eu li o Alexandre Moraes de capa a capa (e no inicio fui muito mal em Constitucional só com ele, apesar de acreditar que já tinha uma boa base) e o Lenza umas 4 vezes. Estudei muito só pelo Lenza (cheguei a comprar uma última edição do mesmo livro) e sempre fui muito bem em todas as minhas provas. 
Eu fiz 5 segundas fases do MP, uma 2ª fase de Procuradoria, fui aprovado para Delegado em Alagoas e graças a Deus passei na PGF, lendo o Lenza. Nunca li uma linha do Gilmar Mendes ou do Uadi Lammêgo Bulos, que são citados por muitos dos que estudam. 
Isso serviu para mim. Mas você tem que ver se vai servir para você. 
O que realmente importa, na minha humilde opinião é ler. Isso é o mais importante, pois de nada adianta o melhor livro do melhor autor se ele fica parado na sua estante como um lindo enfeite. 
No final vou deixar uma bibliografia do que eu li, dizendo o que eu acho bom e ruim, mas quem vai dizer isso é você. Aprenda e escolher, pois o que é bom para mim, talvez não seja para você. 
Uma dica: pegue sugestões, sente nas livrarias e veja os livros, folheie. Verifique a sua linguagem. Veja se tem jurisprudência atualizada. Compare com outros livros, pegando temas aleatórios. Aprenda a comparar, a distinguir. Talvez a linguagem seja pesada, talvez simplória demais. Mas isso só você vai saber. Se não pode ir na livraria, pois não mora em uma capital, procure uma boa biblioteca, vá na casa de um colega que comprou o livro. Aprenda a se virar. 
Não ache que tudo o que dizem aqui, todos os elogios a este ou aquele autor, pode ser considerado uma verdade absoluta. 
Talvez quando criticam demais um autor você tem que ter um certo cuidado, mas os elogios nem sempre serão sinonimo de qualidade, ou melhor, nem sempre será o melhor para você. 
Está então foi a primeira grande dica. 
E para deixar registrado, rodei em 18 concursos, incluindo aquelas 2ª fases que são rodar também, antes de passar neste. Nem tudo são flores, hehehe. Pelo contrário, a maioria é só espinho. 
Quanto ao método de estudo, vem a segunda grande dica: 
Estude, estude e estude. 
Não há outra coisa dizer. Sei que muitos querem saber se devem estudar 2 matérias por dia, ou duas horas cada matéria em um ciclo, se devem marcar o tempo, descansar X minutos, etc..., etc..., etc.... 
De novo eu lhes digo. Depende. Depende de quem? De você meu caro. 
Em quatros anos eu tentei tudo isso. Marcava o tempo, anotava, tentei fazer ciclos. Comigo nada disso deu certo. O que eu fazia era estudar todo o dia, durante o tempo que eu tinha disponível. 
Conseguia manter o ritmo sempre? 
Não conseguia. Tive várias fases. Mas sobre elas vou falar mais abaixo, pois vou dividir o "relato". 
Quanto a fórmula, não tenho dúvida: lei, jurisprudência, doutrina e muitos exercícios. E exercícios para todas as fases: objetiva, subjetiva e depois para a fase oral. 
Site dizer o direito e questões de concursos, são coisas que valem a pena. O primeiro então é sensacional. Espero que o seu fundador continue com a mesma excelência e continue nos brindando com um conteúdo inigualável no que tange à informativos. 
Quanto a fazer ou não cursinhos, como tudo até aqui, depende. Só o que não depende é o que eu disse ali em cima: lei, jurisprudência, doutrina e exercícios. 
Eu fiz cursinho para a prova subjetiva e oral da PGF e me ajudaram muito mesmo. 
No mais, só fiz cursinho de Processo Civil direcionado a advocacia pública. 
Quanto aos resumos, eles são interessantíssimos, para uma boa revisão. Tem alguns circulando pela internet, mas eu fiz os meus. De outros resumos, de algumas aulas que eu tive no LFG em 2009, atualizado e aliado a obras que eu ia lendo, com algumas jurisprudências que iam se alterando. Isso ajudou muito. Mas como vocês vão ver no decorrer do relato os meus resumos eram voltados para o cargo de Delegado da PF. 
Mas no que tange a fazer resumos, lembre-se: Depende. Tudo depende. 
Alguns preferem grifar e ler apenas os grifos depois. Algumas matérias que eu não tinha resumo, fazia isso. 
Mas apesar de tudo depender, creio que deve ter algo resumido para ler antes das provas 
Uma terceira dica. Estudei por vezes sem sair de casa, sem praticar esportes, pois queria muito passar. Isso é um erro. Não faça isso. Só passei quando entendi que a vida continua. 
Que tem que estudar sim, que o seu tempo livre vai ser dedicado ao estudo, mas que você tem que ter tempo para jogar uma bola (ou ir no pilates, ou ir na academia), sair de casa para jantar com a patroa, com o namorado ou namorada, tomar uma cervejinha para os que gostam. Você tem que viver, pois você só tem essa vida. 
Uma amiga uma vez me disse. Você pode passar pelo caminho sem olhar para o lado, mas você também pode passar pelo mesmo caminho e ver as flores que estão ao seu redor. 
Então, minha dica é: continue caminhando para o seu objetivo, mas de vez em quando, de uma olhada no belo jardim que está a sua volta, pois isso é a sua vida, e nela existe tempo para tudo. 
Se você trabalha o dia todo, se planeje. Estude mas tire um tempinho para você, para sua família, para seus amigos. Viva também, pois a vida fora dos estudos. 
É óbvio que quando o concurso se aproxima você vai diminuir a "vida" e aumentar os estudos, mas mesmo neste período eu considero essencial um tempinho para você desopilar. Seja praticando um esporte, seja jogando video game ou assistindo a um bom filme, o importante é fazer algo que você goste, pois isso vai lhe auxiliar nos estudos. Essa dica é velha, mas a gente acaba esquecendo dela. 


Agora um relato pessoal, sobre a minha trajetória de estudos, depois de uma vida de estudos. Já ocupo outro cargo público desde 2006, que veio de outro cargo público (2005), que veio de outro cargo público (comecei nos concursos com 17, quando fui aprovado na EsSA). Então o meu relato começa quando partiu o tiro para os chamados cargos "top". 
Em 2009 foi o inicio. Fiz um cursinho do LFG para Delegado da PF, onde só anotei as aulas, e estudei 3 meses sem final de semana, sem esportes, sem nada para o concurso de Delegado do DF e tinha certeza que ia passar. Ledo engano. Levei pau. Estudava todo o tempo mesmo. 
Depois estudei para Auditor do Trabalho (nada haver, hehehe), mais 2 meses alucinado, e mais um fumo. 
Neste período trabalhava 24 horas e folgava 72 horas. Tinha tempo para estudar. 
Voltei ao expediente normal, 8 p/ dia (mais algumas muitas horas que jamais compensei), a partir de março de 2010. Estudava num ritmo mais lento, umas 2 a 3 horas por dia, com muito pouco estudo nos finais de semana, esperando o concurso de Delegado da PF que "estava para sair". Dois meses eu estudei um pouco do Edital da PFN, mas isso não durou muito. Passei neste ritmo lento de março de 2010 a janeiro de 2011. Além disso o trabalho me consumiu boas horas neste período. 
Como o tal de concurso para Delegado da PF não saiu, resolvi estudar para o MP estadual. Uma boa guinada. Foco total, hehehe, delegado da pf e PFN, para promotor de justiça estadual, com familia e sucessões. 
Voltei para o plantão em janeiro, de novo 24x72. O ritmo aumentou consideravelmente. Em março fiz meu primeiro MP. Levei chumbo novamente. 
Depois estudando umas 8 horas por dia, mais ou menos, nos dias de folga (no primeiro dia após o plantão bem menos, pois não dava), comecei a emplacar várias segundas fases de MPs. PR, MS, MG, SC, PB. e quase passei na Procuradoria do Paraná, estudando só para o MP. 
Fiquei um ano praticamente nesta luta e não conseguia ir para a oral. 
Veio de novo então, em dezembro de 2011, a notícia do concurso de Delegado da PF e lá fui eu de novo estudar só para este concurso. Parei de fazer MP, pois o concurso agora sairia. Mais 6 meses ainda nas 24x72, de janeiro a julho de 2012 esperando o dito concurso e estudando num ritmo maior ainda. 
Fiz em 2012 a AGU e a PFN. Na AGU fui até bem, fiquei por duas questões do corte, mas na PFN fiquei umas 7 abaixo. Mas só estudava para DPF. O foco que foi MP em 2011, era de novo DPF em 2012. 
O que aconteceu: cancelaram o concurso. Problema com os PNEs. E aí me indignei e parei de estudar. Além da decepção, pois eu me julgava preparado para a prova, acabei me envolvendo em uma greve... hehehe, e como era representante sindical em minha cidade, acabei me dedicando a isto. Literalmente o estudo foi para o brejo. 
Fiz então, realmente sem estudar, em novembro o concurso de Delegado de Alagoas e acabei passando. Pelo menos este concurso me rendeu 0,5 na PGF. 
Depois da greve voltei a trabalhar muito. E como estava meio envolvido com as demais fases do concurso de Delegado em Alagoas, que acabou durando mais de ano, praticamente não lí nada até maio de 2013, quando tirei licença e férias para voltar a estudar para o concurso de Delegado da PF, que agora sairia. 
Novamente me tranquei em casa, sem tirar o nariz para fora, e estudei como nunca. Ocorre que rodei como sempre. 
Sequer cheguei no corte. Fiquei 5 pontos abaixo, apesar de ter a certeza que passaria. Realmente acreditava que dominava o conteúdo, mas não deu. Alias, sequer cheguei perto. 
Veio então a prova de Procurador Federal. Fiz cursinho de Processo Civil para Advocacia Pública (CERS), e outro para a Prova Subjetiva (Ebeji), e deu certo. Passei. Fiz então um cursinho para a prova oral (Ebeji), e continuou dando certo. 
Porque deu certo? Porque eu estudei e porque Papai do Céu quis. 

Já são quase 6 horas da manhã, então eu vou deixar para colocar a opinião sobre os livros que eu li outro dia... 

Espero que isto ai em cima ajude alguém, pois eu gostava muito de ler sobre as aprovações, esperando que um dia a minha chegasse. 

Um grande abraço a todos.

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Nilosgs





Galera, 





Estou iniciando um tópico específico sobre o assunto para facilitar o acesso e participação de todos. 





Primeiramente, sou um dos aprovados da prova oral da PGF-2013 e resolvi abrir esse tópico antes mesmo do resultado definitivo a fim de ajudar principalmente quem já começou/pensa em começar a estudar para o próximo concurso da AGU (que, segundo boatos, já ocorreria esse ano). 









De cara, alguns conselhos iniciais: acompanhar o forumCW, que sempre tem dicas muito úteis; não acreditar em tudo que dizem no forumCW (não se espante com aquele cara que diz que leu 7 manuais por matéria, fez 10 milhões de exercícios e estuda 29horas/dia há 3 anos: pesquisas mostram que a chance de ele não existir e de ser só um fake querendo desestabilizar candidatos é de 99%); não perder tempo de estudo "viajando" no fórumCW (ex. entrar para ver uma dica na área da AGU e aproveitar para "dar uma espiada" na galera do MP do Acre). 









Minha experiência: comecei a estudar em agosto/2012 (não pensava em concurso até então), visando o concurso de advogado do BNDES, cuja prova veio a ocorrer em fevereiro/2013. Sobre meu estudo, comecei de uma maneira que hoje acho ser completamente errada: foquei em doutrina, sem qualquer método de revisão e ignorando lei seca, jurisp e exercícios. Quando saiu o edital, meu estudo melhorou um pouco, pois passei a fazer exercícios e dar uma olhada em informativos, além de fazer “ciclo” de matérias. 




Sobre meu resultado: passei, mas fiquei muito mal colocado, o que já me fez procurar outro concurso parecido. De positivo, foi bom por ter identificado o meu ponto fraco, que foi a prova de 1ª fase e mais especificamente Trabalho e Ambiental. 




Em abril/2013, comecei a me preparar especificamente para a PGF. Comecei estudando as matérias em que eu era mais fraco ou tinha conhecimento inexistente, como Previdenciário, Ambiental e Trabalho. Um mês e pouco depois, comecei a pegar as demais matérias. 









Método de estudo: minha fonte foi o livro do Alexandre Meirelles (Manual do Concurso), que recomendo fortemente, e depoimentos de pessoas aprovadas na AGU 2012. 




Existem, basicamente, duas formas de estudar um material: primeiro, fazendo resumo (e relendo!); segundo, grifando as partes principais e só relendo tais trechos. 




Cada um tem seus benefícios: com resumo, fixa-se melhor o conhecimento pois a pessoa é forçada a raciocinar e escrever com suas palavras, mas é bem mais trabalhoso e leva mais tempo; com grifo de livro/caderno, ganha-se em tempo, mas é importante se forçar a fazer uma leitura não meramente “passiva” do texto (o Alexandre que fala bem nisso, se não me engano: seria o caso de ler o texto raciocinando, questionando-se, fazendo esquemas em um papel ou no próprio material, anotando outras informações etc). 


Após estudar o material, é MUITO importante ter a fixação do conhecimento, através da releitura do resumo/parte grifada e da resolução de muitos exercícios. O principal é fazer essa revisão no dia imediatamente seguinte: saber disso foi o ponto de mudança dos meus estudos, pois antes eu sentia que mesmo lendo e relendo materiais um tempo depois eu não fixava muito a matéria. Também é bom, se der tempo, ver de novo a mesma matéria (ou pelo menos fazer alguns exercícios) uma semana depois (dica também do livro do Alexandre). 


Quanto aos exercícios, a melhor opção é o http://www.questoesdeconcursos.com.br/home/public , que é pago (acho que R$10,00/mês), mas tem boas ferramentas como filtro de questões por matérias e por temas e análise do percentual de acertos por matéria. Para quem tem dificuldade em ficar muito tempo olhando o PC, há bons livros no mercado: 
Livro excelente com questões comentadas apenas das carreiras da AGU: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/5221825
Por fim, algo que me ajudou muito foi fazer um “ciclo” de matérias, que nada mais é que estabelecer uma rotatividade por matérias (ex. estudar administrativo segunda, constitucional terça e assim vai, estudando as demais, até recomeçar por administrativo). O benefício do ciclo é tornar o estudo menos maçante, já que o nosso cérebro é mais estimulado e absorve melhor informações novas, e evitar que a pessoa fique muito tempo sem estudar uma matéria. Obviamente isso não é obrigatório, pois muitos preferem estudar uma matéria por vez, pegando até terminá-la. O grande problema é que são muitas matérias (por volta de 16, 17), então pegar uma por vez significa que você só voltará a mesma matéria meses depois, quando certamente boa parte já estará esquecida! 
No meu caso, antes do edital, pegava 1 ou 2 matérias por dia, porque queria terminar logo os resumos dos livros que estava lendo, e sempre relia os resumos e fazia questões na noite do dia seguinte (outra dica do Alexandre: o uso mais produtivo do período da noite é fazer as revisões, pois seu cérebro estará cansado para absorver informações novas). 
Depois do edital, como já estava com os resumos prontos e só bastava a releitura, conseguia estudar 2 ou 3 matérias por dia, fazendo exercícios na noite do dia seguinte. Eu tentava olhar as matérias mais importantes (Const, Adminis Proc Civil, Tribut e Previdenciário) pelo menos uma vez toda semana. 
O único problema do esquema dos “ciclos” e de estudar uma matéria grande apenas 2 ou 3 hs por semana é a demora para fechar o edital. Por isso, essas matérias eu sempre estudava na parte da manhã, na qual eu rendia mais e via toda semana. Matérias menores como Agrário, por ex, só inseri no ciclo perto do edital. Fora isso, é ter paciência e noção de que ninguém nunca fecha o edital, mas temos que estar preparados para chegar com o conhecimento o mais amplo possível (sempre fixando e fazendo exercícios) com um profundidade mínima. 
Para ilustrar com um exemplo de ciclo de uma semana, seria o seguinte: 
Segunda-feira – administrativo de 10 a 13hs, almoço, ambiental 14 as 17, casa, revisões da matéria do dia anterior de 19 as 21. 
Terça – proc civil de 10 as 13, almoço, econômico 14 as 16, proc do trabalho 16 as 18, casa, revisões do dia anterior. 
(...) 
Segunda seguinte - administrativo de 10 a 13hs, almoço, agrário 14 as 17, casa, revisões da matéria do dia anterior de 19 as 21. 

Quanto ao número de dias por semana, depende da proximidade da prova. Se o edital ainda não estiver perto de ser publicado, acho tranqüilo um estudo de 5 ou 6 dias de BOM ESTUDO por semana. Com a publicação do edital, que geralmente ocorre 2 meses antes da prova, baixa a adrenalina do salve-se quem puder e a maioria dos candidatos consegue estudar os 7 dias, já que é a hora de realmente dar tudo de si. Comigo foi assim, mas nas últimas 2 semanas eu já estava bem cansado e tirei alguns dias de folga. 
Quanto ao número de horas por dia, igualmente depende da proximidade do edital. Não existe um certo ou errado aqui: é estudar enquanto o estudo estiver rendendo, nem mais nem menos, seja 3 horas/dia, seja 12 horas/dia. Mais vale um bom estudo de 5 horas do que um estudo relapso e desconcentrado de 7 horas. 

Bibliografia: alerto desde já que o estudo de doutrina NÃO é imprescindível para o concurso, nem o mais importante. Na minha opinião, o que vem sendo o divisor de águas em concursos AGU/PGF é a prova OBJETIVA, pois é a etapa mais difícil e que elimina mais gente. Perceba que o estilo CESPE varia conforme a matéria (e aqui a resolução de exercícios ganha mais importância), mas uma combinação de doutrina básica + informativo + lei seca é suficiente inclusive para as fases subjetiva e oral. Basta dar uma olhada nas provas PGF2013, de TODAS as fases, para ver que caiu muito mais lei + informativos do que doutrina. 
Portanto, minha sugestão: NÃO LER mais de um manual de cada matéria. Evite a superposição de informações repetidas e ganhe tempo para leitura de lei e exercícios! 

Constitucional: eu ficaria com o Lenza para partes mais literais da CF e com o Bernardo Gonçalves (juspodium) para a parte mais teórica. A não ser que você esteja com tempo sobrando, não vá de Gilmar Mendes: é um ótimo livro e já vi questão objetiva da CESPE tirada do livro, mas não acho que o custo benefício compense. 

Administrativo: eu fui de Carvalhinho, mas é um livro bem denso e não muito adotado por concursos federais. Também não iria de Marcelo Alexandrino, pois não tem muita jurisprudência. Hoje, eu iria de Di Pietro (CESPE já usou em várias questões) ou o manual do Rafael Oliveira (prof famoso do RJ, o livro é bom pois tem muita jurisprudência e traz uma abordagem mais moderna, além de sempre trazer todas as correntes doutrinárias). Para quem tem tempo sobrando, iria de Carvalhinho + Rafael Oliveira, já visando uma segunda fase ou prova oral. Para quem tiver MUITO tempo sobrando, leria o livro de Licitações e Contratos também do Rafael Oliveira: tem um apanhado muito bom de vários institutos modernos e que estão na moda nos concursos (RDC, por ex., caiu na oral da PGF e da 2ª fase da PGDF), além de trazer interessantes Súmulas da TCU, que a CESPE vem sempre cobrando em fases subjetivas. 
Obs. Estude bem sobre PAD! CESPE, atualmente, está amando esse tema: cobrou no parecer da PGF, na 2ª fase e na oral do Bacen. 

Processo Civil: fui de Daniel Assumpção (complementando com o manual do Didier apenas pontualmente em caso de dúvidas ou matérias não abrangidas pelo DA). Acho que é a melhor pedida para fins de concurso, principalmente por trazer MUITA jurisprudência, que é um ponto bastante cobrado. 
-Fazenda Pública em Juízo: obrigatório ler um livro sobre. Vem caindo cada vez mais em todas as fases do concurso, inclusive na oral da PGF2013. As melhores opções são Leonardo Cunha ou Guilherme Freire (juspodium): o segundo é basicamente um resumão do primeiro e vale a pena. Para a 1ª fase, eu ficaria com o livro do Guilherme; para as demais, complementaria com o LC nos pontos principais ou que não são abrangidos pelo Guilherme. 

Tributário: li Ricardo Alexandre (para parte geral), o livro de direito material do Mauro Luís Rocha Lopes (impetus – para impostos em espécie) e fiz uma leitura seletiva do livro de Processo Tributário também do Mauro (problema: a edição que tem é de 2012). Execução fiscal veio mais forte nesse concurso da PGF: na oral, caíram ação anulatória e muita coisa sobre CDA e redirecionamento para os sócios. Muito importante ficar ligado na jurisp. 
Obs. Importante ler CF + CTN (se der, dar uma olhada na LEF)! 

Financeiro: li o Harrison Leite (juspodium) e gostei muito. Outra opção é o Sistematizado da Ed. Método. Atenção: financeiro tem q estar com letra de lei na veia! Não perca muito tempo lendo esses livros, melhor dar uma ou duas lidas para ter uma base e depois só focar nas leis principais (CF, L. 4320 e LRF). 

Econômico: tem que estar com a CF e a lei do CADE na ponta da língua (vide 1ª fase PGF2013). Eu li a sinopse do Lafayete Petter (verbo jurídico), o que deu uma ajuda. Uma opção que só recomendo para quem estiver com MUITO tempo sobrando é o livrão do Leonardo Vizeu, apesar de, na minha opinião, dominar lei seca e jurisp seja bem mais importante. Na AGU2012 veio como matéria da prova oral. 

Previdenciário: li o manual do Frederico Amado (juspodium) e achei na medida para esse concurso, pois tem leitura objetiva, com muita jurisp e vem com exercícios comentados. Acho disparada a melhor escolha. Outras opções: Fabio Zambitte (impetus) e Ivan Kertzman (juspodium). 
Obs. Previdenciário também tem que estar com letra de lei na veia! Foque na CF, leis 8212 e 8213, bem como nas leis sobre Previdencia Complementar federal. 

Legislação sobre ensino: dei uma lida na CF e em julgados do STF sobre a matéria. Felizmente, só caiu na 1ª fase (justamente lei seca e julgados STF) e deu para acertar algumas questões. Até agora não caiu na AGU. 

Civil: acho que a melhor opção para concurso é o Manual do Flavio Tartuce (volume único), fazendo muitos exercícios e lendo muito o CC02. Na PGF só caiu na 1ª fase, mas na AGU2012 veio como matéria da prova oral. 

Ambiental: li Fred Amado (bom manual da juspodium) e Direito Ambiental – série Leis para Concursos (juspodium). Hoje, eu ficaria só com o segundo e manteria o FA apenas para consulta, sem prejuízo de ler por fora as outras leis que estejam no edital: basicamente só cai lei seca, princípios e alguma jurisp. 

Agrário: li o Direito Agrário da mesma série acima, que é muito bom mas só abrange desapropriação e usucapião. Os outros temas do edital eu dei uma pesquisada na internet. Até agora não caiu na AGU. Uma opção de livro para quem quiser é o do Benedito Ferreira Marques. 

Trabalho e Processo do Trabalho: iria de olhos fechados e de novo no Henrique Correia – coleção para Analista de Tribunais (juspodium: http://www.editorajuspodivm.com.br/prod ... atual/1095 e http://www.editorajuspodivm.com.br/prod ... izada/1096), que além de ser objetivo no que cai em provas CESPE (que é CLT, pouco de CF, súm e OJ do TST) vem com exercícios e divisão de súmulas por matéria. 
Obs. Para consulta, tinha o livro do Rogerio Neiva sobre Trabalho e Processo do Trab aplicados à Fazenda Pública. É interessante passar o olho na parte sobre Revelia (que caiu na 2ª fase da PGF2013) e Prerrogativas da FP. Problema: acho que parou na Ed. 2012. 
Obs2. Não subestime Trab e Proc do Trab! Os dois juntos tiveram quase 20 questões da primeira fase (me levantaram bastante no grupo que eu tive mais dificuldade) e uma questão discursiva. São matérias tranqüilas e esse material que eu falei foi, para mim, suficiente, lembrando que elas eram meu ponto fraco. 
Obs3. Nunca vi questão sobre leis especiais em direito do trabalho. Óbvio que pode cair, mas na falta de tempo não vale a pena estudar lei do estágio, por ex. 

Penal: li a sinopse da Saraiva (Victor Eduardo rios) para a parte geral, o código comentado do Rogerio Greco (leitura seletiva! – foco só em jurisp) para a parte especial do CP, Leis Penais Especiais para concurso (juspodium – Gabriel Habib) e catei em outros livros de legis comentada as leis não abrangidas nesses livros. CESPE não costuma fugir da lei seca + jurisp STJ/STF. 

Proc Penal: fui de Nestor Távora (juspodium) para ter uma noção geral. É um bom livro, objetivo e linguagem clara, alem de trazer exercícios e jurisp por matéria. Na PGF2013, houve cerca de 10 questões, mas na AGU costuma vir mais fraco e com mais foco em Penal. É bom ficar atento também para a leitura do CPP, bastante cobrado em objetivas da CESPE. 

Direito Internacional: fui de Portela (juspodium), que me parece ser a melhor opção. As questões de Internacional da CESPE são um pouco imprevisíveis, de modo que fazer exercício é essencial, até para entender que tipo de assunto a CESPE costuma cobrar. 
Obs. Na AGU, d. internacional é mais puxado, já tendo caído inclusive em 2ª fase, além de ser cobrado tanto DIpúblico quanto DIprivado. 
Empresarial: li a sinopse da Rossignoli (juspodium), que deu pro gasto. Outra opção boa, mais completa, é o livro do André Santa Cruz (método). 

Estudo de Informativos: TEM que acompanhar! Como eu disse, a CESPE não costuma cobrar muita doutrina, mesmo em 2ª fase ou prova oral. É importante, portanto, estar atento para os principais julgados, sobretudo para os que guardem relação com a atuação da AGU, já que muitas questões são praticamente tiradas dessas decisões. 
Por outro lado, a 1ª fase da CESPE, recentemente, mudou bastante, passando a cobrar bem menos leitura de informativos e mais lei seca, aproximando-se do estilo FCC em várias matérias. O ponto positivo é que não seria mais necessário, como ocorria até as provas da metade de 2013, decorar todos os julgados dos informativos, bastando encontrar algum modo de estudar e revisar os mais importantes. O ponto negativo é que a CESPE pode, de uma hora para outra, voltar a ser como era, o que, contudo, não é tão provável. 
Os melhores sites são o dizerodireito (excelente e gratuito) e o esinf.com.br (esse último é pago, mas o sistema de filtros é muito útil). 
Obs. Eu estudava informativo da mesma forma que matéria normal: lia geralmente a noite (chega a ser uma leitura agradável, se comparada ao resto do estudo) e relia as partes grifadas na noite seguinte. 

Cursos: a dúvida mais comum é fazer ou não fazer cursinho e se, em caso positivo, qual seria o melhor. Eu mesmo fiquei um bom tempo com essa dúvida. Na minha opinião, só vale a pena para quem esteja começando do zero (ou quase do zero) a vida de estudos: o curso ajuda a dar uma base e um direcionamento, além de funcionar como um fator que ajuda a disciplina e estimula o estudo em casa. Também valeria para uma pessoa que já tem bastante base mas que por algum motivo não esteja muito estimulada: nesse caso, o curso é um fator novo que injeta ânimo e ajuda na “reciclagem” do conhecimento. Em ambos os casos, acho que vale muito mais a pena fazer presencial do que online, exceto se o longo tempo de deslocamento tornar isso um desperdício de tempo e energia. 
No caso de quem já tem base e boa noção sobre a matéria, acho que o curso é desnecessária repetição de conhecimento e que o longo tempo de aula + deslocamento não é justificado pelo pouco conhecimento novo adquirido. Economiza-se, portanto, tempo, dinheiro e energia estudando em casa. 
Em todas as hipóteses, não recomendo fazer cursos intensivos e/ou de exercícios, a não ser para aqueles que já estejam bem na matéria e só precisem de uma injeção de animo. Acho que tem o custo beneficio ainda pior: normalmente não são nem 100 hs de carga horária e pouquíssimo tempo por matéria. 
Em termos de curso EXTENSIVO (de alta carga horária e que duram meses), que é o que eu mais recomendo principalmente para quem está começando, escuto muito falar do Ênfase (RJ e online) e do Alcance (online, com muitos dos prof em comum). Eu fiz um curso para o BNDES no Ênfase e achei os professores excelentes, sendo que os do curso Federal, em tese, devem ser melhores, pois é o carro-chefe do cursinho. Por outro lado, acho perda de tempo fazer mais de um curso extensivo. 
Quanto ao EBEJI, nunca fiz nada lá, mas recomendo a leitura do Blog deles, que sempre tem artigos interessantes relacionados à atuação da AGU. Fala-se bem das Rodadas de Exercícios que eles organizam também, que funciona como um “grupo de estudo”, só que pago. 


Últimas Dicas: diversas variáveis definem a aprovação do candidato, mas poucas estão sob o nosso controle. 
A primeira coisa é não se assustar com o concurso nem com a quantidade de matéria! O concurso é difícil, competitivo e a matéria é grande, mas esses obstáculos e muitos outros existem para TODOS os candidatos. Uns são mais jovens, outros mais cascudos mas trabalham, outros não trabalham mas estão sem ânimo. Enfim, a rotina do concurso impõe uma série de dificuldades e cada um tem seus problemas, mas podem ter certeza que a mera perspectiva de ser aprovado já faz tudo valer a pena. Portanto, faça um planejamento, tenha disciplina e o execute, sem adiamentos. 

A segunda coisa é manter-se firme: concurso é uma maratona desde o início até o provimento. Milhares de coisas podem e dão errado no meio do caminho (provas adiadas, suspensões do concurso, várias provas no mesmo final de semana etc), mas todos tem a plena condição de superar isso. É como dizem: bateu o desânimo, pensa no salário! 

A terceira coisa é ter tranquilidade: se você estudou e deu o melhor de si, já é vitorioso, independente do resultado. Parece clichê mas é a pura verdade. Concurso é conhecimento cumulativo, e se você não conseguir agora, certamente estará muito mais preparado para conseguir na próxima. O estudo é o único investimento em que ganhamos mesmo perdendo. 

A quarta coisa é: economize na cerveja do final de semana, mas não na compra de material! Prepare-se da melhor forma possível com o material que melhor servir, sem ter vergonha de pedir ajuda a familiares/amigos se necessário. Esse é seu melhor investimento, cuide dele. 

A quinta coisa e última coisa é: pare de botar obstáculos e comece logo a estudar! 

Boa sorte a todos! 
Forte abraço.





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Marcos Frazão








Pessoal, sei que este Forum se refere ao concurso da AGU, especificamente, mas resolvi postar aqui minha metodologia de estudos.

No início da minha trajetória visitava bastante este fórum buscando dicas de aprovados, por isso acredito que o depoimento abaixo também poderá ajudar alguém! Inclusive, convido os demais colegas aprovados a fazerem o mesmo, se sentirem confortáveis para tanto.

Me chamo Marcos e recentemente fui aprovado no 22o Concurso de Ingresso na carreira de Procurador do Estado de São Paulo!

Cursei Direito na Universidade Católica de Pernambuco entre 2012 e 2016, tendo iniciado minha trajetória nos concursos públicos em 2015, mais precisamente no sétimo período. Meu foco inicial, PFN e AGU, na iminência da publicação dos respectivos editais. Arrisco a dizer que meu maior foco em concurso - fora a PGE SP - foi durante minha curta preparação pra PFN. 

Infelizmente não obtive êxito nos dois concursos, caindo na primeira fase emambos.

De lá pra cá fiz diversas provas. Nesse período aconteceu o que julgo ter sido meu maior erro: prestei vários concursos sem fazer uma base adequada, ou seja, estava sempre em ritmo de revisão, mas sem ter estudado todos os assuntos ou pelo menos quase tudo. 

Resultado: reprovações na PGE Maranhão, PGE Mato Grosso, PGE Acre, PGE Sergipe, PGE Tocantins, PGM Salvador, PGM Fortaleza e PGM São Luís.

Por isso, ante a ausência de previsão para os concursos da AGU, aproveite seu tempo para formar uma base sólida!

Final de 2017, entretanto, ocorreu a minha mudança. Procurei esquecer as frustrações, tomei consciência de que era possível e reorganizei meus métodos de estudo. Lembre-se: uma prova não julga o que você é. Cada concurso tem sua própria história. Assim, passei a basear meu estudo emalguns pilares: foco, disciplina, comprometimento e, agora, mentalidade. Aproveito pra deixar uma dica de livro: Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso, de Carol Dweck. 

Nesse período, decidi organizar um caderno em word, que eu chamo de revisão finalem frases. Funciona assim: ao ler o assunto no material escolhido, eu já digitava frases resumidas de informações relevantes; além disso, adicionava assertivas de questões que julgava interessantes e informativos resumidos do STJ e STF. Hoje, meu caderno já conta com mais de 800 páginas.

Nesse sentido, quando chegava a semana que antecedia minha prova, eu tinha um material em word completo, de acordo com as minhas necessidades e deficiências. Eu costumava separar uma matéria por dia nessa semana (segunda const., terça adm. e assim por diante até o sábado da véspera, quando eu me dedicava a dar uma passada em alguns assuntos importantes e de pura decoreba).

Voltando, o concurso da PGE SP foi autorizado e logo saiu o edital. Embora sempre tenha me dedicado, dessa vez me esforcei ainda mais! Mergulhei completamente nesse sonho, sempre considerando os pilares citados acima.

Ao final, após 3 fases desgastantes que exigiram um grande esforço mental e físico durante as provas, obtive êxito! Mal pude acreditar. Em verdade, acredito que a ficha ainda não caiu completamente!! Acreditem, todo o esforço vale à pena, todo sacrifício, toda renúncia.

Antes de passar para as dicas finais, ressalto, como se pode observar, que qualquer pessoa pode ser aprovada emqualquer concurso. É preciso, entretanto, respeitar esse sonho. E o sonho de aprovação em concurso público exige determinação, comprometimento, foco e resiliência. 

Além disso, fé e pensamento positivo de que as coisas vão acontecer, desde que você faça por onde! Evite pensamentos negativos, pensamentos de que você não é capaz, que você “ainda não está no nível”, que “vai fazer só por experiência”. Entre pra ganhar, faça por onde obter a vitória, tenha foco, determinação, comprometimento, que as coisas vão acontecer. Se não na próxima prova, na próxima, na próxima. Resiliência e perseverança!!!

Quanto ao método de estudos, adotei uma metodologia baseada em ciclos. Exemplo: estudo controle de constitucionalidade pelo material escolhido no dia 31; no dia seguinte, leio a lei correlata; dois dias após a leitura da lei, faço exercícios. Uma semana depois da leitura de controle de constitucionalidade, leio a jurisprudência do assunto; semanas depois - adapte à sua necessidade -, mais exercícios; por fim, leitura da revisão final em frases. 

Especificamente quando à lei seca, usava a mesma sistemática de quando lia o material base escolhido, ou seja, lendo e já anotando na minha revisão final em frases os pontos importantes, destacando prazos, esquematizando a lei! Perceba: essa sistemática permite que seu caderno emword tenha várias informações valiosas para revisar na semana de véspera de prova. Uma verdadeira mão na roda. No entanto, se policie para sintetizar os assuntos de modo a evitar que seja impossível ler o seu material na semana de véspera.

Para essa sistemática utilizava de segunda a sábado. Domingo deixava para simulados periódicos, exercícios de todas as matérias sem filtro por assunto, pendências da semana, informativos STJ, STF e TST, etc.

De segunda a sexta estudava pela manhã e pela noite, atingindo 6 horas líquidas quando eu estava em um dia com excelente rendimento. No sábado estudava de manhã, de tarde e no início da noite. No domingo, de manhã e de tarde.

Entretanto, na minha opinião, o candidato não deve se ater a isso; é preciso aproveitar o tempo disponível da melhor forma possível, com foco e planejamento. É buscar aproveitar cada minuto livre! Mais vale 2 horas líquidas com qualidade e foco do que 6 horas mal estudadas.

A seguir, a bibliografia utilizada por mim. Saliento que a escolha do material é algo muito pessoal, de modo que um manual pode me agradar e não agradar outra pessoa. É normal!!

BIBLIOGRAFIA:
- CONSTITUCIONAL: Bernardo Gonçalves Fernandes, sem dúvidas!! Ressalto, entretanto, que vários aprovados utilizam Pedro Lenza;
- ADMINISTRATIVO: Rafael Rezende, tanto manual quanto o específico de licitações e contratos;
- PROCESSO CIVIL: volume 1 e 3 de Didier + CPC seco;
- CIVIL: sinopses da juspodivm e principalmente CC seco;
- TRIBUTÁRIO: Ricardo Alexandre;
- AMBIENTAL: sinopse de Frederico amado ou legislação comentada da juspodivm;
- PREVIDENCIÁRIO: sinopse de Frederico Amado;
- TRABALHO: manual de Henrique Correia da juspodivm + muita CLT seca + muita súmula e OJ seca; em provas CESPE, informativos TST;
- PROCESSO DO TRABALHO: manual de Elisson Miessa da juspodivm + muita CLT seca + muita súmula e OJ seca; em provas CESPE, informativos TST;

ESPECÍFICAS PGE SP:
- PREVIDENCIÁRIO PÚBLICO: livro da juspodivm escrito por Juliana de Oliveira Duarte Ferreira, Procuradora do Estado de SP. Excelente livro, por sinal;
- ECONÔMICO: na primeira fase usei o PDF do revisão PGE; para discursiva e oral, complementei com aulas do revisão PGE e pontos específicos do manual de Vizeu;
- EMPRESARIAL PÚBLICO: PDF do RevisãoPGE, links da internet e vídeos do YouTube do ex Procurador do Estado Mário Engler; para discursiva e oral, complementei com aulas do revisão PGE e pontos específicos do livro de Mário Engler;

Por fim, últimas dicas/informações:

- Questões: sempre faça muitas. Indico o site qconcursos;
- Informativos: site Dizer o Direito; eu assino o buscador do dizer o direito que facilita a inserção de informações importantes na minha revisão final de véspera (https://www.buscadordizerodireito.com.br/);
- Indico fortemente o app Anki Droid, que são cards pra facilitar sua memorização emassuntos de pura decoreba, bem como prazos e outras peculiaridades. Ajuda muito.

Espero ter ajudado.

À disposição,


Marcos








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