[Livro] Chega de Desperdício! (2010)/John Naish - Parte 2

 
capa ruim..



CHEGA DE Comida  


  • já há mais obesos no mundo que famintos. A cultura ocidental tornou-se como os 4 homens de meia-idade cansados do mundo no filme "A comilança" de 1973, que se reúnem numa mansão num fim de semana e comem até morrer num frenesi de excesso. nós somos assim, comendo até conseguirmos uma epidemia de doenças letais, desde diabetes, pressão sanguínea alta, doenças cardíacas, derrames, asma, artrite, doenças da vesícula biliar e câncer - milhões de pessoas condenadas a existências truncadas e precárias, unicamente por comer mais do que precisam. É a morte por apetite, e parece o tipo de bofetada punitiva ministrada por alguma divindade descontente e cpm uma tendência à justiça poética.

  • se você oferecer a um onívoro voraz a oportunidade de criar seu próprio ambiente ideal, ele se precipitará de cabeça num mundo "coma tudo o que puder" repleto de açúcar e gordura e chafurdará ali até que lhe saia comida pelo nariz.
  • Nossos sistemas de recompensa gravados pelo desejo não apenas são automáticos, mas também podem ser intensificados por condicionamento (vide cães de Pavlov)
  • estudos mostram que leva cerca de quatro meses de abstinência completa para que comecemos a perder nossos desejos ardentes por alimentos proibidos que engordam



  • Saboreie (a refeição é um momento sagrado)
  • comer rápido demais gera insulina excessiva e pode elevar o risco de diabetes
  • os sinais de saciedade precisam de tempo para se desenvolver - leva cerca de 20 minutos para o cérebro perceber que nosso estômago está cheio, portanto, tomar o tempo de mastigar possibilita à nossa mente quantificar o que engolimos
  • beber água junto com as refeições também pode ajudar - a água pode aumentar a sensação de saciedade
  • largue o garfo entre bocados, pare para conversar e prolongue a refeição
    • Coma de maneira predefinida - sem porções predefinidas, não temos nenhuma ideia natural de quando devemos parar de comer. (...) nosso corpo simplesmente não sabe quando para de comer. Temos que depender, então, de dicas externas, como quanta comida as outras pessoas á mesa estão consumindo.
    • Quando consumimos algo que afeta nosso cérebro de maneira positiva, começamos a gostar da coisa. É por isso que, ainda que inicialmente repulsivos, gostos amargos como o do álcool se tornam atraentes.
    • quando digerimos algo doce ou gorduroso, o cérebro se autorrecompensa com produtos químicos parecidos com heroína, chamados opioides endógenos. Isso significa que lanches como biscoitos doces estimulam os mesmos centros de prazer que respondem a drogas causadoras de dependência. (...) também recebemos um estímulo viciante quando empanturramos fisicamente nosso estômagos.



    • Jante de preferência a pequenos restaurantes, com pouca variedade, ao ar livre (o local deve ser calmo e agradável)
    • cozinhar refeições simples e sadias, embrulhar um almoço modesto ou colocar somente dois tipo de alimento no seu prato podem ser maneiras de controlar esse instinto hiperconsumidor
    • somos incentivados a nos empanturrar quando nos encontramos em ambientes apinhados. Em restaurantes badalados e notoriamente barulhentos, as pessoas reagem comendo mais rápido (portanto, em maior quantidade) e bebendo mais álcool. Os donos do estabelecimento adoram isso, porque reduz o tempo de ocupação das mesas.
    • a visão e o som de muitos outros humanos comendo parecem se sobrepor aos sinais normais de saciedade do cérebro
    • há uma ampla gama de alimentos saudáveis, quando eles estão misturados dentro de uma mesma refeição, frequentemente acarretam um consumo exagerado. (...) A variedade de cores e formatos também nos convence a comer mais do que intencionávamos.
    • Boa companhia ou nenhuma - o melhor é compartilhar a mesa com pessoas moderadas, sempre que possível
    • Durma bem, durma leve - cansaço, noites insones e maldormidas produzem um estrago em nossos hormônios do apetite.

    • Mude sua cozinha - troque seus apetrechos de cozinha por outros de tamanho menor pode ludibriar seu cérebro, levando o a crer que você está comendo demais
    • Passe mais tempo ao ar livre - quando nossa vida se torna carente de luz do sol, caem os níveis de serotonina, o que pode aumentar o anseio por carboidratos
    • Torne suas refeições sagradas - fazer refeições em horários regulares pode ajudar a treinar seu cérebro a largar a tendência, exacerbada pelo ambiente, de pensar em comida o dia inteiro.


    2 comentários:

    1. Muito interessante estes insight's, aprendi bastante; ainda bem que sou uma pessoa que come devagar, com moderação (conheço poucos, além da minha família, que comem vagarosamente).

      Anderson

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    2. Não creio que o desejo por porcarias seja apenas condicionamento pavloviano. É natural essa atração por gordura e açúcar. Contudo, o homem do passado poderia até se empaturrar com carne gorda e cerveja. Mas estava na labuta, queimando calorias de sol a sol, ou sob frio intenso.
      Qualquer debiloide sabe que comer mal faz mal. O que há é, também, uma resistência em mudar...
      Abraços!

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    Memento mori...carpe diem!