[Livro] Jogue Fora 50 Coisas (2010)/ Gail Blanke


 Você não pode avançar para o futuro quando é constantemente arrastado para trás, para o passado.


INTRO 


O livra trata de desapego, tanto de coisas como de sentimentos, atitutes, comportamentos, ainda que seja melhor escrito na parte referente a objetos físicos.



REGRAS DO DESAPEGO


Como saber o que jogar fora? Bem, felizmente, as regras do desapego são muito simples:

Um: Se a coisa – o objeto, crença ou convicção, lembrança, trabalho ou até a pessoa – é um peso para você, o deixa imobilizado ou simplesmente faz com que você se senta mal consigo mesmo , jogue-a fora, dê para alguém, venda, deixe para trás, siga em frente

Dois: Se isso (veja acima!) simplesmente fica ali, ocupando espaço e não acrescenta nada de positivo a sua vida, jogue fora, dê para alguém, venda, deixe para trás, siga em frente. Se você não está caminhando para frente, está andando para trás. Jogar fora o que é negativo é negativo ajuda a redescobrir o que é positivo.

Três: não torne difícil a decisão de se livrar ou não de alguma coisa. Se tiver que pesar os prós e os contras por muito tempo ou ficar angustiado pensando sobre o que é certo fazer, jogue fora.

Quatro: não tenha medo. Estamos falando sobre a vida. A única que você tem de verdade. Você não tem tempo, energia ou espaço para lixo material ou psicológico.



CONCLUSÃO


É um bom livro para o tema ao qual se destina.

Recomendo a leitura para quem precisa.

Grande abraço!

P.s.: sobre o mesmo tema e com abordagem semelhante sugiro também o livro abaixo:


post aqui.


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[Livro] Uma bagunça perfeita (2008)/David H. Freedman e Eric Abrahamson - Parte II


 “Se jogamos tinta em uma parede, é vandalismo, mas se colocamos uma moldura em volta da mancha, esta se transforma em arte. As pessoas apenas precisam perceber esse sentimento de ordem e intenção."


 Procrastinação 


· O procrastinador metódico: evita as verdadeiras realizações por estar sempre rearrumando as coisas.

· Protele o máximo que puder o planejamento de um evento, porque, se você planejar com muita antecedência, as circunstâncias provavelmente se modificarão e exigirão um replanejamento.


Método de Yukio Noguchi


· A essência do método de Noguchi é a seguinte: cada documento que entra., independentemente do que seja, é inserido em um grande envelope. O conteúdo é anotado na face do envelope, que é em seguida colocado na vertical em uma prateleira, de maneira que todos os envelopes fiquem alinhados em uma fileira horizontal como se fossem livros. Os novos envelopes são inseridos à esquerda da fileira, e qualquer envelope retirado é posto de volta à esquerda. 

Depois de algum tempo, os envelopes que contêm os documentos mais recentes e mais frequentemente consultados acabarão do lado esquerdo da fileira, ao passo que os mais velhos e menos utilizados estarão à direita. Teoricamente, esse método facilita o acesso aos documentos, já que eles são automaticamente priorizados pela frequência da utilização. 

Se algo parece vagamente familiar a respeito do sistema, talvez seja o seguinte: pegue a fileira de envelopes de maneira que eles fiquem empilhados na vertical em vez de alinhados na horizontal, ponha a pilha sobre sua mesa de trabalho e livre-se dos envelopes. 

Agora você está diante de uma pilha comum de papéis do tipo que você encontraria em qualquer mesa desorganizada, onde os itens mais recentes e mais usados tendem a parar na parte de cima. 

Desse modo, na próxima vez que alguém lhe disser que a sua mesa coberta de pilhas de papéis é bagunçada, você poderá mostrar que ela é apenas hiperorganizada.


 

Companhias Modulares


· Mario Benassi, chama as empresas favoráveis ao desdobramento de companhias “ modulares”, e adota três princípios básicos para elas: crescer por partes em vez de holisticamente, diminuir ou eliminar partes sem vida da empresa com a mesma rapidez com que investe nas partes promissoras; e estar preparado para reorientar as tentativas em torno de qualquer uma das partes.



Método Elbert “Burt” Rutan


· A maneira de criar uma aeronave melhor não era ficar sentado aperfeiçoando um projeto e sim colocar alguma coisa no ar, ver o que acontece e depois tentar corrigir o que estivesse errado.

· Em vez de tentar descobrir a melhor forma de fazer uma coisa e ater-se a ela, simplesmente experimente um método e corrija-o constantemente.

· Minimizar os projetos feitos de antemão, deixar de correlacionar as tarefas dos funcionários com a sua experiência e treinamento, evitar a especialização, criar uma cultura que enalteça as perguntas e os erros, recusar-se a atuar como um diretor.



Fórmula para a experimentação da bagunça


· “Planejar cedo significa planejar duas vezes.”


· Cada administrador que incorpora com sucesso um grau de bagunça na sua empresa parece fazê-lo de um modo diferente. E isso na verdade faz parte da ideia. A bagunça envolve a flexibilidade, a variação, a contradição e o inesperado. Se houvesse uma maneira correta de fazê-lo, a bagunça não seria bagunça. Eis o melhor conselho que posso dar ao dirigente comercial aspirante a ser um grande entendido em desordem: descubra a sua maneira pessoal de promover a bagunça em uma empresa.


· A fórmula para a experimentação com a bagunça é bastante simples e funciona em contextos pessoas, institucionais e técnicos: experimente ser um pouco mais bagunçado de alguma maneira, e verifique se ocorre alguma melhora. Se ocorrer, aumente um pouco a bagunça. Vá em frente até ter a sensação de que em algum momento as coisas pioraram, quando então você deverá tentar ser um pouco mais organizado. Acho que você entendeu.


Criatividade


· O nosso cérebro evoluiu para funcionar em um mundo desorganizado, e, às vezes, quando insistimos em pensar de maneira arrumada e ordenada, estamos na verdade impedindo que a nossa mente faça o que sabe fazer melhor. Na verdade, é exatamente quando o cérebro parece estar arrumando com eficiência e com perfeita ordem o mundo que nos cerca que ele apresenta a maior probabilidade de estar nos desviando do caminho certo.


· a essência do problema da criatividade (...) é que é fácil os pensamentos de uma pessoa se tornarem rotineiros, e tentar simplesmente sair desse padrão por meio do raciocínio pode ser tão eficaz quanto ficar girando as rodas do carro da lama para sair de uma vala. 


Memórias

· as nossas recordações não são um registro preciso do que assimilamos do mundo; mais exatamente, são descrições vívidas das fortemente manipuladas, construídas pelo nosso cérebro, e baseadas parcialmente na realidade e parcialmente no que precisamos, queremos ou esperamos que a realidade seja, o que é uma maneira de arrumar retroativamente o mundo


Jogos de Azar


A propensão do cérebro para sistemas de jogo é provavelmente um efeito colateral do que pode ter evoluído como um problema, às vezes proveitoso, do nosso poder de raciocínio(...). Se fôssemos sempre competentes em reconhecer a nossa incapacidade de controlar a aleatoriedade, ou seja, se aceitássemos por completo que o mundo é extremamente desordenado, poderíamos ficar paralisados pela indecisão ou pela desesperança com excessiva frequência. A rapidez em imaginar que podemos impor a ordem e melhorar as chances em um graus maior do que efetivamente somos capazes é frequentemente o que nos inspira a agir com ousadia.

· os jogadores não apenas têm confiança nos seus sistemas, como também acabam erroneamente se convencendo de que os seus registros de ganhos e perdas confirmam essa convicção. Isso acontece devido a um fenômeno psicológico conhecido como tendência para a confirmação: quando uma pessoa deseja e espera que alguma coisa seja verdade, ela tende a prestar uma atenção especial e se lembrar de tudo que confirma a expectativa e se inclina mais a não dar atenção ou esquecer o que a contradiz. Em outras palavras, o cérebro intervém e arruma a nossa visão de mundo para que ela se harmonize com a maneira como esperamos que o mundo se comporte.

 


Evolução Científica


· É fácil para qualquer pessoa fora do mundo da ciência acha que o progresso acontece de modo gradual, com a colaboração intencional de cientistas que avançam ao longo de um caminho de grande visão. Entretanto, na verdade, a ciência é na maioria das vezes uma grande bagunça, avançando aos trancos e barrancos, mergulhando de cabeça em becos sem saída aqui, alcançando êxito inesperados ali. Não apenas o que parece ser, em última análise, o caminho certo raramente é previsto com antecedência, como também pode ser que apenas retroativamente, depois de décadas de trabalho, de muitos encontros casuais e de outras conexões aleatórias, alguém perceba que afinal de contas houve uma espécie de trajetória.



 
______________________________________Fim_______________________________



[Anime] Golden Boy (1996)

 


Um dos personagens mais
gente boa que já vi.


Introdução


Quem nunca pensou em colocar a mochila nas costas e se tornar um tipo de andarilho?

Essa é uma animação safadinha pros marmanjos.


Composta por seis episódios, trata de um jovem de 25 anos chamado Oe Kintaro, que viaja pelo Japão em sua bicicleta, depois de ter abandonado a faculdade de Direito.



Estória


Kintaro vive de pequenos empregos em diversas cidades do interior do Japão, onde ele conhece várias pessoas e continua sua busca por conhecimento e por mulheres bonitas.

A trama é hilária, pois Oe se mete em várias trapalhadas e ele mesmo tem momentos de profunda sabedoria e de idiotice bizarra. 


Conforme explica Jeanderson Kelmer:
"Golden Boy é um daqueles animes que marcam, o humor é muito bem construído dentro da série, os traços e a animação é muito bem feita, e as lições de vida e os valores pessoais, são para levar pelo resto da vida, não falarei mais sobre a obra para não passar spoillers, mas é um anime que recomendo muito, você vai se surpreender a cada cena."

Cheguei a dar uma olhada no mangá, mas ele segue por um caminho pornográfico doido e parece que o autor interrompeu a estória sem maiores explicações. Simplesmente odeio estórias sem conclusão.


OBS.: Junk Boy (1987) OVA - essa animação não tem nenhuma relação direta com Golden Boy, mas os protagonistas poderiam ser amigos. Junk Boy tem um roteiro bem mais carregado de comédia erótica e consegue ser bem divertido. 


Onde encontrar? Youtube.




Conclusão 


Enfim, não é uma animação para curtir com a família, pois tem momentos de erotismo, mas é engraçada pra caramba. 

Recomendo, pois explora bem a visão masculina de um jovem sobre as mulheres gatas assim como Fooly Cooly bem explora nossa visão de admiração sobre mulheres mais velhas quando somos pirralhos.

Grande abraço!

Escola é para tolos: 10 razões pelas quais o sistema educacional é um fracasso


por Ludvig Sunström, o original está aqui.

Tradução por Daniel Castro

O sistema educacional está em frangalhos, e está assim há um bom tempo.

Isto não é estranho. Coisas velhas quebram ou ficam obsoletas todo o tempo. Por que com isso deveria ser diferente?

O que é estranho é que a maioria das pessoas, ainda mantêm uma fé inabalável nas virtudes e validade da educação pública.

Esta é a primeira de uma série de artigos sobre educação e autodidatismo.

A Educação é Importante; a Escolaridade não

A educação é importante e será cada vez mais importante.

A educação formal (educação pública e doutrinação) é simplesmente ruim. É o remanescente de um sistema que se tornou obsoleto há várias décadas.

O ensino formal costumava servir a um propósito – como o apêndice dentro do corpo humano – mas agora é prejudicial para o sucesso do indivíduo.

Muitos aspectos da educação pública são problemáticos. Por exemplo, a utilidade do sistema de notas é discutível. Ele desincentiva o desempenho criativo e extraordinário (que é o sinal de sucesso no mundo real).

E, muitas vezes, o sistema de classificação é simplesmente errado. . .

Como quando a redação de George Orwell não se qualificou para os “Altos Padrões” do sistema educacional.

É uma história engraçada.

Você conhece Michael Crichton? Ele é o cara que escreveu Jurassic Park (o livro), entre outras coisas. Ele era esperto pra caramba. Infelizmente ele está morto agora.

Crichton começou a escrever cedo na vida. Ele demonstrou talento desde o início e conseguiu se sustentar por durante a faculdade de medicina meio da escola Med ao escrever contos usando pseudônimos.

Quando ele tinha 18 anos, ele fazia aulas de redação em Harvard, onde recebeu um C-em um texto. O que o confundiu, porque ele achava que esse texto era um dos melhores que ele já escrevera.

Não só o C- deixou Crichton com raiva, mas ele real e seriamenteacreditava que seu professor era incompetente e incapaz de pensar por si mesmo, fora dos critérios de notas. Para testar se essa hipótese estava correta, Crichton decidiu fazer algo arriscado: ele entregou um ensaio bem conhecido escrito por George Orwell… e colocou seu próprio nome nele!

Isso era 100% plágio – Crichton copiou o texto palavra por palavra e, se fosse descoberto, seria expulso de Harvard.

Quando chegou a hora da classificação deste novo ensaio, ele recebeu um B-.

 

Parece que a escrita de George Orwell não era boa o suficiente.

Isto te faz pensar: o que seria bom o suficiente?

Como diabos você mereceria um A?

Crichton estava realmente confuso agora.

Eu posso entender isso, porque eu também me senti muito confuso muitas vezes durante meus anos de escola.

. . . começando com quando eu era criança, e não havia nem mesmo notas para se preocupar!

 

Ludvig de 8 anos é “Colocado em seu lugar”

Quando eu estava na segunda série, eu tinha uma competição amistosa com um colega de classe. Nós competíamos sobre quem poderia resolver mais problemas de matemática a cada semana.

Nossa turma tinha 60 crianças (consistindo de 3 faixas etárias, com idades entre 7 e 9 anos) e, por algum motivo, eu e meu amigo éramos os únicos bons em matemática.

Em nosso primeiro ano (7 a 8 anos), passamos a fazer exercícios de livros de matemática para crianças de 10 anos de idade.

Um dia, eu provoquei meu amigo por ser lento porque eu tinha feito 10 páginas mais do que ele. Meu amigo disse que ele não se importava, “porque ele ainda estava anos à frente de todo mundo.”

Nossa professora de matemática estava por perto quando ele disse isso, e ela ficou LOUCA (eu não sei porque, ninguém mais se importava).

 

Ela fez um escândalo e nos envergonhou na frente da turma toda.

“Então, vocês acham que são inteligentes só porque estão fazendo matemática para pessoas mais velhas do que a sua idade, hein !?”

“O que você achariam se eu tirasse seus livros – huh !? Vocês não gostariam muito disso, certo?

Ficamos realmente muito amedontrados e imploramos: “Não, por favor, não tire nossos livros!”

“Sim, é isso o que eu pensei!”

“Eu realmente deveria tomar seus livros – isso ensinaria a pessoas que se acham como vocês, os colocaria em seus lugares. Mas eu vou deixar vocês ficarem com eles se vocês pedirem desculpas a todos os outros da classe por se gabar e ferir seus sentimentos! ”

Meu interesse em matemática quase morreu por lá.

[14 anos depois e estou no final dos meus anos escolares quando. . .]

 

Uma orientadora de tese universitária passiva-agressiva tenta impedir que Ludvig, de 22 anos, de conseguir um emprego auspicioso em sua carreira de marketing

Quando fiz meu projeto de tese, tive que lutar contra uma orientadora acadêmica semi-hostil.

Nós tínhamos incentivos conflitantes:

Eu queria aprender coisas úteis, adquirir contatos comerciais valiosos e obter o melhor trabalho inicial em marketing possível.

Ela queria que minha tese estivesse de acordo com os “padrões acadêmicos” (que fosse escrita em um estilo quase acadêmico, citando pessoas cujo emprego era se masturbar em poltronas) e – é claro – para ser tão fácil de dar notas quanto possível.

Isso me deixou com raiva, porque eu tinha me esforçado pra caramba para conseguir um trabalho de tese para uma empresa de marketing de primeira linha, o que acabou sendo um sucesso, mas não graças à minha universidade.

Tomei mais iniciativa do que todo o resto de minha turma combinada e senti que deveria ser recompensado por isso. O mínimo que a universidade poderia fazer era ficar fora do meu caminho. Em vez disso, eles colocaram obstáculos.

Eu acho que eles não querem que os estudantes arranjem empregos.

Minha orientadora não deu qualquer ajuda. Se fez algo, foi tentar sabotar o início de minha carreira.

Olhando para trás sobre isto agora, eu não me importo. Mas conforme eu reflito sobre a situação, ela realmente joga luz num dos grandes problemas subjacentes à universidade…

A “Institucionalização do Conhecimento” e seus Problemas

A universidade supostamente seria um ponto de verificação final em relação à vida profissional: ela existiria para treinar e capacitar os jovens para conseguir os empregos que desejam; não recrutá-los para as fileiras acadêmicas.

Infelizmente, isso é exatamente o que aconteceu (e sempre acontece quando algo se torna institucionalizado).

Como um estado leviatã, o interesse da universidade não é mais principalemente servir ao povo – por isso é que ela fora criada -, mas servir a ela própria, e garantir que a máquina “permaneça viva”, com suas engrenagens girando.

Uma das principais maneiras pelas quais as universidades fazem isso é forçando os alunos a desperdiçar seu tempo escrevendo teses (que ninguém lê ou se preocupa com).

Isto é realmente um rito de passagem de merda antes da entrada na vida profissional

Precisamos de um novo [sistema] que seja adaptado para o século 21!

Por que forçar atividades chatas e sem valor agregado para aqueles que não querem se juntar à “instituição do conhecimento”?

A universidade está agora fortemente desconectada da demanda do mercado de trabalho.

A faculdade e a universidade podem ser um bom lugar para você se descobrir, mas não é um bom lugar para arranjar um emprego.

Como meu amigo Kyle Eschenroeder escreveu alguns anos atrás:

“Você deve ir para a faculdade para descobrir o que você quer fazer, do que você gosta. Quando entrei para a faculdade, eu estava interessado principalmente em três coisas: idéias libertárias, negociação e fazer filmes. Após me formar, essas ainda são as coisas mais interessantes para mim e nenhuma foi aprimorada pela minha carreira universitária. Na verdade, sou um especialista em economia e minha capacidade de entender o que está acontecendo no mundo é quase que totalmente graças à internet e à vontade de ler, e não às bostas de livros didáticos deles.

Meu diploma de Economia é como minha pontuação SAT, as pessoas podem olhar para ele e dizer: “bem, ele pulou bem alto“. Mais e mais empresas, especialmente as que valem a pena trabalhar, estão analisando o que você pode fazer, o que você realmente criou. ”

Eu me formei com mestrado em negócios e adivinhe?

–Eu nunca vou ter usar isso para nada!

Por quê?

Porque a iniciativa é melhor do que “saltar bem alto” todos os dias da semana.

Agora, deixe-me dizer-lhe

10 razões Pelas Quais o Sistema Escolar é um Fracasso

1. O sistema escolar foi criado para o século XVIII
2. A escola ensina você a se encaixar… numa economia obsoleta!
3. A escola te transforma em um conformista maricas
4. A escola destroi a vontade da maioria das pessoas de aprender mais
5. A escola não faz nada para cultivar o autoconhecimento
6. A escola faz pessoas de outro modo independentes se transformarem em peões dependentes
7. A escola está cheia de propaganda (NT.: informações parciais)
8. A escola não ensina você a pensar corretamente e desenvolver seu próprio estilo através da síntese
9. A escola te infunde com um sentido de sem base de certeza de onde você tira um “Falso Conhecimento”
10. A escola impõe um monte de regras falsas para você que o prejudicam no mundo real

Começando com a razão # 1 …

 

Razão #1: O sistema escolar foi criado para o século XVIII!

É difícil definir quando e onde o ensino público começou, mas a primeira vez que a educação pública foi organizada de forma coesa para atender às necessidades de um país inteiro de forma bem-sucedida foi na Prússia, sob Frederico, o Grande, em 1750.

Confiar ao governo o poder de determinar a educação que nossos filhos receberão é confiar aos nossos servos o poder do mestre.

– Frederico, o Grande

Sistema Educacional de Frederico na Prússia:

Frederico transformou a Prússia em um estado socialista com economia planejada. O país era tão burocrático que as mulheres tinham que registrar a data exata do período menstrual a cada mês para o estado.

O objetivo da educação pública da Prússia era capacitar os cidadãos para os empregos que o governo decidiu serem importantes para o futuro do país.

Lembre-se, esta era uma economia planificada (não um livre mercado) e:

1. A economia, naquela época, era bastante simples e mais
2. A população da Prússia era pequena o suficiente para um grupo de pessoas altamente inteligentes “planejar com antecedência”. Frederico e seus administradores podiam fazer projeções razoavelmente precisas e decidir que “precisamos tantos e tantos trabalhadores para essa ou aquela função”.

Sistema Educacional de Napoleão na França:

Cerca de 50 e poucos anos depois, Napoleão notou o sucesso do sistema educacional de Frederico e decidiu copiá-lo para a França, com alguns pequenos ajustes.

Por exemplo, Napoleão queria que seu sistema educacional:

1. Treinasse pessoas competentes (líderes militares, cientistas e engenheiros) para seu exército e administração.
2. Doutrinasse os cidadãos para serem obedientes e patriotas (e tomar o poder da igreja Cristã para o estado).

Como Frederico, seu sistema também foi um enorme sucesso – para seus propósitos pretendidos. A habilidade com a qual os engenheiros de Napoleão construíam pontes, fossos e outras estruturas de guerra era incomparável na época.

O sistema de educação do atual mundo ocidental :

Depois de perceber o óbvio sucesso da Prússia e da França, muito devido a seus sistemas educacionais, o resto do mundo ocidental acabou copiando sua abordagem, com pequenos ajustes por conta própria.

Essa mudança ocorreu durante os estágios iniciais do industrialismo, e assim a maior diferença entre os sistemas educacionais prussiano e francês e os sistemas de educação ocidentais tinha a ver com o treinamento da população para coisas novas como:

1. Trabalho de chão fábrica
2. Trabalho gerencial (fora da administração pública)
3. Investigação científica (as origens dos campos STEM (NT.: Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (em inglês Science, Technology, Engineering, and Mathematics))).

A maior invenção do século XIX foi a invenção do método da invenção.

Alfred Whitehead.

Do alto da sua cabeça, você provavelmente pensará instintivamente sobre o trabalho administrativo e a investigação científica. Mas essas áreas receberam talvez 10% de foco cada, enquanto o treinamento de pessoas em trabalhos de fábrica recebeu cerca de 80% do foco.

Por quê? Porque o trabalho de fábrica era de longe o mais importante para a economia na época, e ele não é realizado naturalmente.

Assim, muito da educação pública tinha a ver com o que agora chamamos de escolarização (disciplinando e doutrinando) de pessoas em trabalhadores de fábrica obedientes e confiáveis.

Você sabe, coisas como …

Ficar sentado em filas indianas, levantar a mão antes de se dirigir ao professor, pedir permissão para fazer XYZ. Seguir as regras.

E assim, aqui estamos nós hoje!

Razão #2: A escola ensina você a se encaixar… numa economia obsoleta!

Veja educação pública pelo que ela é: um sistema para treinar tantas pessoas quanto possível em profissões razoavelmente voltadas para o futuro.

Funcionou muito bem para Frederico, o Grande e Napoleão. Também funcionou para muitos países ocidentais durante a industrialização (embora possa não ter sido a experiência mais agradável [para os alunos]).

Hoje ela não funciona bem, porque o mundo está mudando muito mais rápido do que mudava antes. A Internet, a inteligência artificial, a robótica e essas coisas estão tornando muitos setores obsoletos. O sistema escolar não consegue acompanhar.

Como você pode projetar quais tarefas treinar os trabalhadores da próxima geração, se você não consegue projetar o que acontecerá em muitos setores daqui a cinco anos?

A escola hoje é ótima se você quiser ser:

Balconista ou caixa
Motorista de caminhão
Médico ou enfermeiro
Zelador ou caseiro
Um monte de tipos de trabalhadores de escritório, agentes administrativos, contadores de números ou gerentes de nível intermediário.
Eu não sei sobre você, mas eu não estou particularmente interessado em manter um desses trabalhos.

Eu não tenho fé no sistema, então eu trabalho duro para criar meus próprios sistemas.

 

Razão #3: A escola te transforma em um conformista maricas

—É uma pena que quase todos os vencedores são “do contra” de uma forma ou de outra!

Conformistas maricas tem que fazer o que outros dizem. Eles têm que obedecer ao líder e pedir permissão para ir ao banheiro. Eles têm que assistir programas de TV estúpidos e memorizar os nomes dos participantes do American Idol para acompanhar os recentes acontecimentos da cultura popular.

Não é nada menos do que prostituição intelectual corromper o seu número de Dunbar para ser igual aos outros e, ao fazê-lo, viver numa hiperrealidade coletiva, em vez de escolher criar a sua própria realidade.

Conformistas maricas não conseguem definir o ritmo ou a trajetória para os projetos em que trabalham. O membro mais lento do grupo “decide” isso. A corrente só é tão forte que seu elo mais fraco.

sissy conformists slowest member of the group sets the pace

In school, winners have to carry the losers, and for the winner to get his superior ideas picked he has to rely on the consensus decision of the group, rather than the merit of the idea.

Na vida real, os vencedores são aqueles que se atrevem a fazer coisas interessantes que se destacam e contrariam a opinião popular.

Na escola, os vencedores têm que carregar os perdedores, e para o vencedor ter suas idéias superiores escolhidas ele precisa confiar na decisão consensual do grupo, e não no mérito da ideia.

[Leia também: 10 Ways to Be Different and Profit from Contrast.]

Razão #4: A escola destrói a vontade da maioria das pessoas de aprender mais

A escola é prisão para crianças, adolescentes, e jovens adultos.

— Uma prisão mental.

O homem com o nome mais difícil do mundo – Mihaly Csikszentmihalyi – explica exatamente como ela funciona em seu livro Flow:

Muitas pessoas desistem de aprender depois de saírem da escola porque treze ou vinte anos de educação extrinsecamente motivada ainda é uma fonte de lembranças desagradáveis.

Isso QUASE aconteceu comigo!

Eu pensava que não gostava de aprender coisas até aos 20 anos. Depois, percebi que ser um aluno da escola tem pouco a ver com o processo de aprendizagem ou com o sucesso no mundo real. Foi quando resolvi resolver o problema e decidi que eu faria as coisas do meu jeito ou iria embora. Foi a melhor decisão que já tomei.

O truque é criar sua própria estrutura de aprendizado e aprofundar o conhecimento em seus próprios termos. Você vai adorar quando o aprender.

(Isso será explicado em um artigo futuro)

Razão #5: A escola não faz nada para cultivar o autoconhecimento

A Educação ou é para a domesticação ou para a liberdade.

João Coutinho

Em um episódio recente de 25 Minuter, meu podcast com Mikael Syding, dissemos que a metacognição é a característica mais comum que pessoas de sucesso têm em comum.

Homens sábios por milênios estiveram de acordo sobre isso – desde dos que remontam à Grécia Antiga. O propósito da educação é trazer o autoconhecimento.

A escola não faz nada para ensinar ou incentivar a metacognição ou o autoconhecimento. E por que deveria? Não é para isso que ela foi feita. Nunca foi!

O mais próximo que você consegue é de tarefas relacionadas a “análise” ou “avaliação crítica” de algum assunto. Mas, pelo menos na minha experiência, isso é apenas para inglês ver. Sempre que eu explorava seriamente qualquer coisa, sempre obtinha notas mais baixas, como Crichton. (Mas eu sempre fazia isso de qualquer maneira porque eu não conseguia evitar.)

De qualquer forma, faz sentido que as coisas sejam assim. Os grandes industriais do século XIX não queriam pensadores independentes; eles queriam gerentes confiáveis ​​e trabalhadores precisos. O sistema escolar ainda é construído para produzir pessoas assim – pessoas que sabem como calcular, mas não como pensar.

Pessoas com alta metacognição – do tipo que, com o passar do tempo, desenvolvem um forte autoconhecimento – tendem a ter sucesso apesar de sua escolaridade; não por causa dela.

Razão #6: A escola faz pessoas de outro modo independentes se transformarem em peões dependentes

Como no leito de Procrustes, você é forçado a se encaixar, quer queira ou não.

Mas uma pergunta melhor é: você ainda quer se encaixar? Com essas pessoas?

Haha!

Apenas perdedores e fracos têm que se encaixar.

Os fortes fazem o seu próprio caminho na vida. Você não precisa fazer um estudo detalhado da Savannah para entender que você quer ser o predador alfa.

Os seres humanos são animais também – nós apenas usamos ternos e saias para trabalhar.

Uma das racionalizações mais comuns que você ouve de pessoas que foram submetidas a lavagem cerebral pelo sistema para acreditar na infalibilidade da educação pública é que “a escola ensina como trabalhar em grupo e aceitar outras pessoas que são diferentes de você. É importante trabalhar em grupo.

Eles também são rápidos em dizer, “o trabalho em equipe é a cola que une as organizações!”

-Sim talvez.

Mas uma pergunta melhor é: você quer viver assim?

Você quer trabalhar com pessoas que são tão diferentes de você que você tem que desperdiçar preciosas horas durante seu horário nobre biológico, implorando a elas para que você progridam?

As pessoas trabalham bem em diferentes configurações. Algumas pessoas trabalham 10 vezes mais efetivamente sozinhas. E você?

Eu não posso responder isso para você – e nem a escola pode.

É preciso auto-conhecimento.

 

Razão #7: A escola está cheia de propaganda (NT.: informações parciais)

E tem que desse jeito.

(… Pelo menos no mundo ocidental – de que outra forma você pode manter uma democracia?)

Você não pode aceitar a densidade da propaganda a qual o povo americano, através da temida mídia, foi submetido e o horrível sistema educacional público que temos para a pessoa comum. É simplesmente grotesco.

Gore Vidal

É diferente em cada país. Na Suécia, a propaganda é baseada em uma ideologia socialista ultrapassada (o tipo que leva os professores de matemática a se enfurecerem e ameaçarem tirar os livros de matemática de garotos de 8 anos de idade se eles os usarem demais).

No mundo real, é muito difícil ter sucesso quando você tem esse tipo de disfunção mental, porque você  estará em desacordo com a realidade.

É como pegar crianças perfeitamente inteligentes e torná-las mentalmente deficientes. Então eles têm que desfazer esse dano eles mesmos. Se eles puderem.

Outro exemplo é nos EUA, onde muitas escolas não podem ensinar sobre evolução ou aborto, porque cristãos loucos proíbem isso.

 

Razão #8: A escola não ensina você a pensar corretamente e desenvolver seu próprio estilo através da síntese

No mundo das artes marciais há um conflito de longa data entre os diferentes estilos: qual estilo é o “melhor”?

–O mesmo vale para métodos de atuação.

Agora existem estúdios de atuação onde os alunos são “ensinados” a atuar. Muitos praticantes, com sucesso no mundo real, como David Mamet, acreditam que os estúdios de atuação fazem mais mal do que fazem bem.

Talvez você tenha assistido ao programa de TV Actor’s Studio, onde James Lipton entrevista pessoas que são bem-sucedidas na indústria cinematográfica?

Na plateia desse show há centenas de estudantes de atuação, todos olhando para o famoso convidado com profunda admiração, como se a pessoa fosse um guru metafísico que tenha “o segredo de atuar”.

Pouco os membros da platéia sabem que eles provavelmente são tão bons atores quanto a celebridade no palco, apenas que eles não têm o nível de amplitude e compreensividade (NT.: isto é, a capacidade de entender sistemas como um todo) que a celebridade tem.

A celebridade normalmente conhece 10 outras habilidades além de apenas atuar – como promoção, negócios, networking, falar em público, etc. etc..

O sucesso da celebridade não depende apenas de suas habilidades de atuação.

E o mesmo também vale para as artes marciais. . .

No mundo das artes marciais, sabemos agora que o MMA é superior a todas as outras artes marciais (se é que você pode chamar o MMA de “uma arte marcial”).

Mesmo que as regras mudassem, algum novo tipo de arte marcial mista ainda prevaleceria. Por quê? Porque o MMA não é apenas um estilo; é a prática de reunir muitos estilos em uma síntese única que se encaixa a cada lutador individual.

–E é assim que você se torna bem sucedido em qualquer coisa na vida. Não apenas em lutas.

Você tem que desenvolver seu próprio estilo na vida ganhando experiência e estudando outros campos além daquele em que você está agindo.

Você não pode confiar em apenas uma coisa. Sua co-dependência o tornará tão desinformado e mal sucedido quanto os membros daquela audiência.

Razão #9: A escola te infunde com um sentido de sem base de certeza de onde você tira um “Falso Conhecimento”

Na teoria não há diferença entre a teoria e a prática. Na prática, há.

—Yogi Berra

A memorização de “fatos” provavelmente compõe algo como 80% da educação pública. Esse aspecto da educação pública é mais prejudicial do que benéfico para o desenvolvimento cognitivo de longo prazo de uma pessoa. Porque…

Pode levar a 3 tipos comuns de desvantagens cognitivas:

1. A noção equivocada de que você pode encaixar a realidade em caixas separadas relacionadas a disciplinas acadêmicas específicas.
2. Um viés de confirmação profundamente enraizado a respeito de “fatos” e “certezas” da vida e dos negócios (que na verdade são suposições equivocadas ou desatualizadas) que talvez nunca possam ser erradicadas e transformadas com sucesso.
3. Condicionamento de práticas mentais inadequadas que podem ser convenientes na sala de aula, mas que são tipicamente inúteis, irrelevantes e – às vezes – até prejudiciais na vida real.

Quaisquer dos, e todos os três defeitos cognitivos acima criam uma sensação de “falsa certeza” pela qual você se sente mais confiante em suas habilidades e compreensão do mundo do que você mereceria. (NT.: vide efeito Dunning-Krueger)

Essa “falsa certeza” é especialmente prevalente entre os estudantes de (macro)economia, artes liberais, ciência política e áreas similares – onde há poucos (ou nenhum) testes de peso real para testar o desempenho. (NT.: vide também o novo livro de Nassim Taleb, Skin in the Game).

Você pode ter todo tipo de problemas – não apenas financeiros – ao superestimar sua própria habilidade e subestimar os riscos envolvidos no que está você fazendo. Como Bernanke (NT.: ex-presidente do FED, banco central americano) fez.

Razão #9b): A escola condiciona você a ter um medo insalutar e irracional do desconhecido

Qual estudante quer ser pego pelo professor sem saber a resposta para suas perguntas?

Ninguém se atreve a dizer: “Eu não sei, mas se você me der um dia eu terei a resposta para você até amanhã!”

A educação pública engana você, criando uma “falsa certeza” de que tudo é cognoscível ou quantificável.

Pior ainda: ela cria a falsa certeza de que vale a pena investir tempo para conhecer ou quantificar cada parâmetro antes de poder tomar uma decisão! (NT.: A ideia oposta, de tomada de decisões com apenas uma parte reduzida de parâmetros (mas importantes), é conhecida como heurística ou regra de bolso (ou rule of thumb em inglês))

(Como se o tempo não fosse seu recurso mais importante.)

No mundo real, é mais importante agir e se mexer do que ter 100% de certeza. O ímpeto (ou inércia positiva) é muito importante.

No mundo real, é tipicamente mais importante conhecer os limites de seu conhecimento – (1) o que você não conhece e (2) o grau de certeza em que você acredita que uma dada ideia esteja correta – do que memorizar algumas fórmulas que soam estranhas ou um monte de “fatos”.

Razão #10: A escola impõe um monte de regras falsas para você que o prejudicam no mundo real

Na escola, você não tem permissão para trabalhar da maneira que deseja. Você tem que sentar em sua mesa e fazer como o livro diz.

Na escola você não pode pensar e dizer o que quer. Você pode ferir os sentimentos dos idiotas, imigrantes ou [insira outro grupo de pessoas atualmente oprimidas].

Você sabe como eles chamam o ato de tomar iniciativa e ser criativo na escola?

– Trapaça!

No mundo real, você pode “trapacear” o quanto quiser.

Você apenas faz o que quer, aprende o que quer, confia no seu julgamento, toma decisões sob incerteza e assume a responsabilidade por suas ações.

As regras são, não há regras.

–Aristotle Onassis

O que poderia ser mais simples?

O Fim.

Em suma:

O sistema escolar quase me fodeu de vez, mas tive a sorte de sair e me tornar autodidata na hora certa. Outros não tiveram tanta sorte.

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Tradução: https://nuvemdegiz.wordpress.com/2018/06/10/__trashed/