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02 julho, 2024

[Livro] Ioga Cristã em 10 Lições (1966) #2

 

acervo pessoal




POSTURAS EM PÉ

A arte de ficar em pé sem fadiga é dada. Não se surpreenda se desde os primeiros dias eu chamar sua atenção para coisas aparentemente simples. Você pode dizer: “Isso então é Yoga?” Você entenderá melhor mais tarde. Você perceberá a importância desses movimentos e posturas tão simples, mas tão difíceis de adotar corretamente. 

Quero te ensinar uma coisa: você pode descansar muito bem só ficando em pé. Mas esta posição deve estar correta. 

O homem mantém-se direito (só ele o pode fazer, o que é sinal da sua dignidade natural) quando as suas articulações se ajustam umas às outras, isto é, mantendo o equilíbrio ou o ângulo de equilíbrio que ele lhes deu à natureza.


 O homem fica em pé principalmente quando as vértebras da coluna dorsal (eixo do esqueleto humano) desenham a curvatura de um S bem marcado, como no Congo, quando a mulher carrega uma carga na cabeça. Fique em pé, imaginando que precisa equilibrar um vaso no crânio. Persevere imóvel nesta posição. Ela é uma benfeitora e portadora de descanso. Acho que não devo insistir: os pés devem ser mantidos paralelos ou quadrados. Saltos unidos ou separados. Cada pessoa encontrará instintivamente a posição que melhor favorece o seu equilíbrio. Os braços cairão sem rigidez. Palmas voltadas para a frente ou próximas à superfície externa das coxas. 

A barriga lisa, nem encolhida, nem tensa, nem relaxada (olhe-se no espelho). Se você adotar essa posição, sentirá imediatamente "que está bem". Você terá a impressão de que pode ficar assim por tempo indeterminado, sem cansaço. 

Digo impressão, porque muito em breve o seu nervosismo natural quebrará o equilíbrio assim alcançado. Você colocará um pé à frente, moverá os braços, abaixará a testa, inclinará a coluna, etc., e mais uma vez se encontrará em uma posição instável, cansativa, mais difícil do que caminhar. Daí decorre a importância do exercício que indico. Portanto, fique em pé, como já lhe disse, por um período considerável de tempo, imediatamente após o exercício respiratório, de costas. Permaneça em pé durante quinze respirações (um pouco mais de um minuto: certamente é longo!), e cuide da imobilidade de todos os seus membros. Para isso será necessário impor um esforço sério. 

Você sentirá coceira nos dedos. Não te preocupes. Aos poucos, esta posição natural se tornará familiar e você alcançará uma primeira sensação de equilíbrio, ainda muito rudimentar, mas que outros exercícios, no decorrer das próximas aulas, tornarão mais perfeitos, principalmente mais profundos.





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