[Gibi] Retalhos (2009)/Craig Thompson

 




"Thompson retrata sua própria história, da infância até o início da vida adulta, numa cidadezinha de Wisconsin, no centro dos Estados Unidos, que parece estar sempre coberta pela neve. Seu crescimento é marcado pelo temor a Deus - transmitido por sua família, seu colégio, seu pastor e as trágicas passagens bíblicas que lê -, que se interpõe contra seus desejos, como o de se expressar pelo desenho. Ao mesmo tempo Thompson descreve a relação com o irmão mais novo, com quem ele dividiu a cama durante toda a infância. Conforme amadurecem, os irmãos se distanciam, episódio narrado com rara sensibilidade pelo autor. Com a adolescência, seus desejos se expandem e acabam tomando forma em Raina - uma garota vivaz, de alma poética e impulsiva, quase o oposto total de Thompson - com quem começa a relação que mudará as visões que ele tem da família, de Deus, do futuro e, enfim, do próprio amor. Retalhos traz as dores e as paixões dos melhores romances de formação - mas dentro de uma linguagem gráfica própria e extremamente original. Vencedora de três prêmios Harvey (melhor artista, melhor graphic novel original e melhor cartunista), dois prêmios Eisner (melhor graphic novel e melhor escritor/artista), e, em 2005, do prêmio da crítica da Associação Francesa de Críticos e Jornalistas de Quadrinhos. "É o que chamo de literatura." - Jules Feiffer "Comovente, delicada, com desenhos maravilhosos e sinceridade dolorosa, pode ser a graphic novel mais importante desde Jimmy Corrigan." - Neil Gaiman "Ao contar esta história das pequenas brutalidades que os pais infligem a seus filhos e os irmãos uns aos outros, Thompson descreve a agonia e o êxtase da obsessão (por Deus, por um amor) e não teme denunciar os caminhos pelos quais a obsessão consome a si mesmo e evapora-se." - The New York Times Review of Books"(Sinopse)

Li anos atrás e não achei o final muito legal; mas, como se trata de um gibi autobiográfico, a vida real supera qualquer escolha narrativa: ela simplesmente é e independe de grandes explicações.

Eu mesmo me identifiquei com as mazelas do autor; afinal cresci em uma família que gradativamente foi se fanatizando com a verdade religiosa ao ponto de considerar o absurdo como algo normal. O que mostra o quanto o ser humano caminha lado a lado com a insanidade e ainda chama isso de religião. Graças a Deus e por sorte não vivi nada dramático demais.

De qualquer forma é uma obra sem citada em antologias e a maior parte da leitura é realmente bem cativante.

Recomendo 

Grande abraço!

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