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Fisiculturismo, Independência Financeira, Hobbies, Vida Intelectual e Organização Doméstica
[Guest Post] Vida na Cidadezinha de Interior (2018)
Como Morar Sozinho (2018)
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1 - Introdução
Sair de casa não é fácil.
Então você precisa de toda ajuda disponível.
Este post foi para ajudá-lo.
2 - Recomendações
- um para mobiliar a casa e
- outro como reserva de emergência.
Converse com amigos que já moram sozinhos, faça todas perguntas possíveis e solicite que eles te contem como foram os primeiros meses.
Não brigue com os pais quando sair, agradeça (muito), partilhe suas preocupações e sua necessidade de experimentar o mundo sozinho, sempre mantendo um bom relacionamento para, se preciso voltar, para casa.
No seu interior chute pra longe o orgulho e achar que sabe tudo, aprenda o máximo possível com dicas, erros e acertos dos outros, e escute sempre os mais velhos (os que querem sua vitória e crescimento, cuidado com os que querem o inverso).
Siga sempre filtrando os conselhos e adequando a sua realidade e do tempo atual: alguns conselhos nunca envelhecem.
Depoimento de um colega: "Eu sempre complementava minha renda com alguns freelances, embora não fosse muita grana sempre ajudava. Eu trabalhava em fins de semana em algumas baladas. Também fazia alguns frees em um restaurante de meio dia, ganhava o almoço e ainda mais uns trocos, ao final do mês, ajuda muito!"
2.2 - Faça as contas (Orçamento doméstico)
Use planilha do Excel, aplicativo de celular ou caderno para planejar o orçamento doméstico.
Se ainda não é capaz disso e você tem a opção de ficar na casa dos pais não mude.
2.3 - Opte entre 3 opções:
- A - construir seu cantinho (apesar dos impostos - IPTU e taxa de incêndio - não terá aluguel e condomínio mensal),
- B - comprar à vista (idem anterior) ou
- C - alugar.
A escolha é sua e todas essas opções tem vantagens e desvantagens.
Lembre-se que "você pode assumir risco grande de dano pequeno, mas não pode assumir risco pequeno de dano grave" (Bastter).
Exemplo: roleta russa 85% de chance de sucesso e 15% de chance de morrer- risco pequeno de dano grave
Sobre construir ou comprar à vista o imóvel: Fique na casa dos pais até ter sua casa, nem que seja 3 cômodos, sala, cozinha, quarto, banheiro.
Lembre-se que um imóvel é um gasto caro, de baixa liquidez e de grande segurança.
Tirei esse esquema do livro do Halfeld. Clique para ampliar |
Sobre alugar: isso não pode comprometer mais de 30% de sua renda líquida e nem comprometer sua reserva de emergência.
Depoimento de um colega: Vamos lá amigo ou amiga... Eu saí de casa com 17 anos e fui morar sozinho em outra cidade no interior de SP apenas com 50 reais e uma mochila de roupa. Hj tenho 31 anos e levo uma vida tranquila. Mas vou te falar, eu sofri e comi o pão que o Diabo amassou.
Você vai alugar uma casa? Alugue uma kitnet por temporada (pague adiantado os 3 meses que irá morar e more por 3 meses.. e vá levando) - assim vc não precisa fazer depósito caução. A casa será pequena e fácil de limpar.
A água terá um custo baixo e fixo - visto que uma pessoa sozinha não gasta muito. Tome banhos rápidos e, assim, gaste "pouca eletricidade". Um chuveiro de 5000 watts custa uns 40 reais a gasta pouca energia (dica). Um engenheiro é aquele que faz com 1 real o que outro qualquer faz com 2 rs...
- Suas pernas,
- Moto,
- Bicicleta,
- Carro,
- Uber,
- Táxi.
Depoimento de um colega: Um relato pessoal, como comecei a trabalhar com 12 anos quis ter minha independência muito rápido e aos 18 anos sai de casa, maior burrice que fiz, passei vários apertos morei de aluguel, financiei carro, gastei muito para mobiliar a casa, e todos os gastos mensais me deixaram com cabelo em pé varias vezes não tinha como pagar todas as contas mensais, e como consequência tive meu nome sujo no mercado , e olha que não tinha nada que extrapolasse de gastos no meu mês.
Hoje após quase duas décadas estou tranquilo tenho uma vida razoavelmente boa sem preocupar tanto com dinheiro, e consegui conquistar alguns bens. Mas se conseguisse voltar atrás não sairia da casa de meus pais tão cedo, faria assim, terminaria a faculdade e compraria um carro (financiado), terminaria as parcelas deste financiamento, ia poupando um pouco de dinheiro por mês, e comprando algumas coisas para casa ao longo deste tempo.
Você tendo o conforto de estar na casa dos pais sem se preocupar em pagar, água, luz, telefone, comida etc.. Te dá uma gama de opções para crescer na vida financeira e buscar sua independência sem sofrer tanto pelo caminho. E outra coisa boa disso é que você poderá estar perto dos seus pais por mais tempo, depois não adianta arrepender a vida passa você querendo ou não.
Obs.: Carro? Confira a experiência do Corey.
- TV com Netflix e/ou PC/Note e Internet,
- Fogão,
- Panelas,
- Pratos,
- Microondas,
- Geladeira,
- Mesa e Cadeiras ou Puff,
- Sofá ou sofá-cama
- Cama ou sofá-cama,
- Colchão,
- Ar/Ventilador,
- Máquina de Lavar Roupa.
- Abridor de latas e garrafas
- Assadeiras (um trio)
- Avental (opcional)
- Baldes
- Cabides
- Carrinho de feira (opcional)
- Cesto de roupa (fica no banheiro)
- Chaleira (opcional)
- Coador (peneira pequena e grande)
- Colheres de pau
- Concha
- Copos
- Cortador de pizza
- Descansos de panelas e de travessas
- Desentupidores (de pia e de privada)
- Escorredor de arroz e/ou macarrão
- Escorredor de pratos, copos e talheres
- Escumadeira
- Espremedor de alho (opcional)
- Facas variadas
- Frigideira (essencial demais)
- Funil
- Garrafas de vidro para água ou suco
- Jogo americano (opcional)
- Lixinho de pia e/ou lixo para cozinha
- Luva térmica
- Panelas (incluindo panela de pressão)
- Panos de prato
- Panos de chão tipo saco
- Pegador de macarrão
- Pirex
- Pratos
- Pregador de roupa
- Ralador
- Rodo
- Saca-rolha (opcional)
- Saleiro
- Tábua de carne
- Tábua de passar roupa
- Talheres
- Tesoura de cozinha
- Tigelas
- Toalha de mesa
- Tupperware (tamanhos variados)
- Vassoura de pelo
- Vassoura de piaçava
Se por acaso estiver namorando firme, uma renda dupla é melhor que apenas uma, então estimule ela a trabalhar também, quem sabe no futuro vocês juntam os trapos? Não subestime as mulheres, uma teen inocente pode se tornar uma mulher forte, e decidida conforme o caso.
Nunca deixe pequenos problemas da casa para depois, se tiver que trocar uma lampada, troque o mais rápido possível. Se você puder resolver sozinho, evita de ter que pagar para um terceiro.
Depoimento de um colega: Evite sujar a casa de um modo geral. Tenha zelo pra evitar sujar tudo e ter q perder tempo fazendo limpeza todo dia. Chamar uma diarista pelo menos 2x/mês é uma boa ideia.
Eu mesmo sobrevivo hj assim... dia sim dia não eu varro meu apê e de 15 em 15 dias vem uma pessoa pra fazer uma faxina pesada e lavar minha roupa. Sim, eu passo 15 dias sem lavar roupa. Tive que aprender a me virar e ter roupa suficiente para esse tanto de dias pq se não iria falir com as diárias. É mais barato comprar algumas roupas a mais a pagar diárias de faxineiras.
Se vc tem planos de comprar maquina de lavar (o que é um luxo nos primeiros meses) é bom se certificar se terá espaço pra estender a roupa para secar além do tempo que gastará para passar eventuais roupas que necessitem. Particularmente, não tinha essa opção pq meu apê é um aperto e não tenho muito espaço pra estender muita roupa então para mim a opção de deixar a faxineira lavar tbm minha roupa era a melhor.
– Nunca use faca para descongelar a geladeira;
– Tenha 10 panos de chão;
– Limpe o fogão sempre que lavar a louça.
– Para a casa não ficar com cheiro de mofo, borrife Lysoform com essência;
– Aquele congelador precisa ser descongelado a cada três ou 6 meses;
– Se for usar produtos como cloro, álcool, vinagre ou água sanitária, use um borrifador;
– Quando for limpar algo com água sanitária, não use água quente (como do chuveiro, por exemplo), pois a água quente faz tudo evaporar e respirar isso realmente não é saudável.
– Quando deixar panos ou qualquer coisa de molho em água sanitária ou cloro, enxague com amaciante ou até mesmo vinagre para cortar o efeito, esses produtos limpam mas podem acabar com as roupas/panos;
– A mistura água+vinagre+amaciante em um borrifador ajuda a tirar cheiro ruim do sofá/colchão! Se acrescentar 1 colher de bicarbonato, a mistura deixa o box do banheiro brilhando;
– Passe hidratante para pele (esses normais de todo dia) em suas roupas e sapatos de couro e/ou corino antes de guardar. Isso previne o ressecamento da peça, além de prevenir mofo e rachaduras;
– Não bote roupas pra bater, se não for ter tempo de estender;
– Se o clima estiver muito úmido (chovendo), lave as roupas e não coloque amaciante.
– Guarde a roupa assim que tirar do varal;
Quando o banheiro tiver um aquecedor dentro dele NUNCA fechem o basculante.
Sempre verifiquem se os botões do fogão estão desligados. Cuidado com roupas, aventais e panos de prato na beira do fogão. Se o fogo passar para dentro de uma frigideira, JAMAIS joguem água. Desligue o fogo e coloque uma tampa de panela em cima.
Sempre verifiquem se a porta está trancada.
Muito cuidado com cortinas na tomada do ar-condicionado e também com lençóis e edredons em tomadas perto da cama. Muitos incêndios começam assim.
Cuidado com janelas abertas. Sempre há a possibilidade de um vizinho mal-educado jogar um cigarro aceso pela janela e pegar fogo em almofadas, sofás, colchões, etc.
Tela na janela sempre é bom. Não impede a entrada de baratas mas impede a de morcegos.
É sempre bom ter duas latas de Baygon em casa: uma na área e outra no quarto ou banheiro.
Nunca cubra abajur com papel ou lençol. Não deixe nem mesmo ficar encostado.
Muitíssimo cuidado com velas quando faltar luz. Elas devem ficar coladas de preferência no centro de um recipiente de vidro, maior que elas. Se tombarem não vão causar incêndio.
Nunca confie em grades e esquadrias de janelas: ela pode despencar.
A primeira vez que se lava uma roupa (com exceção das brancas) deve ser sempre à mão para ver se sai tinta. Se sair, depois de enxaguada, colocar em um pouco de água limpa misturada com vinagre. Não precisa enxaguar depois. Pode ser água com sal também, mas na hora de passar geralmente fica esbranquiçada, então, prefiro vinagre. O importante mesmo é que ela não fique escorrendo. Se puder centrifugar na máquina é o ideal. Sempre pendure as roupas do lado do avesso para não fazer marca do secador, não perder a cor e não sujar de gordura.
3 - Conclusão
“Eu errei mais de 9.000 arremessos na minha carreira. Perdi quase 300 jogos. Em 26 oportunidades, confiaram em mim para fazer o arremesso da vitória e eu errei. Eu falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E é por isso que tenho sucesso.”
Eduque-se. Comece pequeno e pense grande. E faça algo grande.
Grande abraço!
Quadrinhos de Marcelo Cassaro
Essa capa entrega o autor |
Em atualização....
Obra | Status | Resenha |
Holly Avenger Completo | lido. Tenho a versão definitiva, que inclui a "arte de Holy Avenger" | |
Victory Vol 1 e 2 | ||
Dungeon Crawlers | lido. já tive a versão física. agora só em scans. | |
Revista RPG Dragon Slayer | ||
Revista RPG Tormenta |
Pequeno Ninja | ||
Capitão Ninja | ||
Defensores de tóquio | ||
Godless | ||
Lua dos Dragões | ||
UFO Team |
[Lista] Coleção Folha Cine Europeu (2011)
Introdução
Ver filmes é um hobbie como outro qualquer. Compreender o que se está vendo depende no nível de cultura do expectador.
Quanto mais se conhece da cultura humana, mais camadas de interpretação se pode enxergar em uma obra escrita ou áudio-visual.
Tempos atrás percebi que como muito do cinema europeu não é divulgado por aqui, não conhecia quase nada.
Como encontrei essa coleção de dvds + livros com um preço convidativo pelo mercado livre, resolvi cofrar.
Conteúdo
A parte legal é que cada livro é como uma monografia que apresenta algumas interpretações sobre o filme em questão e sobre as demais obras de seu diretor, trazendo listas e biografia, com direito a fotos e impressão de agradável leitura.
A DOCE VIDA - FELLINI | Na Roma dos anos 1950, o jornalista Marcello (Marcello Mastroianni) passa os dias entre festas e badalações, mas se sente vazio e sonha em escrever sobre assuntos sérios. Federico Fellini (1920-1993) começou a carreira dentro da tradição neorrealista, mas com este drama inaugurou o estilo "felliniano", termo que descreve situações e personagens extravagantes. A cena de Anita Ekberg na Fontana di Trevi entrou para a história do cinema |
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FITZCARRALDO - HERZOG | Fitzcarraldo (Klaus Kinski) tem um sonho: construir uma casa de ópera na selva amazônica. Mas, para chegar aonde poderá explorar borracha e obter dinheiro, terá de transportar um navio morro acima. O filme reflete a personalidade de Werner Herzog, fascinado por homens obcecados que desafiam a natureza hostil | |
ÚLTIMO TANGO EM PARIS - BERTOLUCCI | Um homem de meia-idade (Marlon Brando) conhece uma jovem (Maria Schneider) enquanto procura um apartamento em Paris. Logo embarcam num tórrido jogo sexual e anônimo em que não revelarão seus nomes. Com este filme, Bernardo Bertolucci abriu as portas do cinema de arte para o erotismo | |
CINEMA PARADISO - TORNATORE | Numa vila após a Segunda Guerra, Totò (Salvatore Cascio) se refugia num pequeno cinema. O projecionista (Philippe Noiret) se torna seu mentor ao lhe transmitir a paixão pelo cinema. Nos filmes do italiano Giuseppe Tornatore, o passado tem papel central, seja na formação cultural dos personagens, seja na história da Itália | |
MORANGOS SILVESTRES - BERGMAN | Professor aposentado (Victor Sjöström) será homenageado na universidade em que se formou 50 anos atrás. Para isso, empreende uma viagem até Estocolmo. Na estrada, reavalia seu passado enquanto sente a proximidade da morte. É um dos filmes mais otimistas do sueco Ingmar Bergman (1918-2007) |
VOLVER - ALMODÓVAR
Raimunda (Penélope Cruz) trabalha como faxineira para sustentar a filha (Yohana Cobo) e o marido (Antonio de la Torre). Sua irmã (Lola Dueñas) tem um salão de beleza e vive só. Certo dia, a mãe (Carmen Maura), dada como morta, reaparece. Parte deste filme se passa em La Mancha, terra natal do espanhol Pedro Almodóvar
ASAS DO DESEJO - WENDERS
Anjos sobrevoam a Berlim Ocidental do final dos anos 1980. Eles são invisíveis, ouvem os humanos e oferecem alívio aos angustiados. Mas essas regras são desafiadas quando um anjo se apaixona por uma trapezista. É o ponto alto da carreira de Wim Wenders, um dos nomes mais populares do novo cinema alemão
OS GIRASSÓIS DA RÚSSIA - DE SICA
Ao fim da Segunda Guerra, Giovanna (Sophia Loren) se recusa a aceitar que o marido (Marcello Mastroianni) tenha morrido na Rússia. Decide viajar em busca de seu paradeiro. Vittorio De Sica (1901-1974) distancia-se do cinema que ajudou a formular no início da carreira, fase em que foi um dos pilares do neorrealismo
HIROSHIMA, MON AMOUR - RESNAIS
Francesa está no Japão para atuar em filme sobre a hecatombe nuclear em Hiroshima. Ela se relaciona com o amante, arquiteto japonês que sobreviveu à guerra, enquanto relembra o primeiro amor, um soldado alemão. Estreia em ficção do francês Alain Resnais, com roteiro de Marguerite Duras (1914-1996)
A LIBERDADE É AZUL - KIESLOWSKI
Julie (Juliette Binoche) sobrevive a um acidente de carro no qual perde o marido e a filha. Traumatizada, perde a vontade de viver e tenta apagar os laços com o passado. Primeiro filme da trilogia das cores, baseada nos ideais da Revolução Francesa, traz o polonês Krzysztof Kieslowski (1941-1996) em plena maturidade
O BATEDOR DE CARTEIRAS - BRESSON
Michael (Martin LaSalle) passa os dias nas ruas de Paris refinando sua técnica de batedor de carteiras. Quando conhece Jeanne (Marika Green), que cuida da mãe doente, reavalia sua vida. O longa do francês Robert Bresson (1901-1999) é inspirado no romance "Crime e Castigo", de Dostoievski
O DESERTO VERMELHO - ANTONIONI
Giuliana (Monica Vitti) está desorientada. Acaba de sair do hospital após tentar o suicídio. Nem o marido a entende. Um engenheiro, no entanto, tentará se aproximar dela. Neste que é seu primeiro filme colorido, Michelangelo Antonioni (1912-2007) questiona o homem em meio à tecnologia
O ENCOURAÇADO POTEMKIN - EISENSTEIN
Em 1905, na Rússia czarista, marinheiros do navio Potemkin estão insatisfeitos com as condições de trabalho. Quando um grupo é condenado à morte após se recusar a comer carne podre, começa uma revolta contra o governo. É a obra mais célebre do russo Sergei Eisenstein (1898-1948)
ROCCO E SEUS IRMÃOS - VISCONTI
Vindos do interior, viúva e seus filhos tentam a sorte em Milão. Cada irmão segue um rumo. Rocco (Alain Delon) e Simone (Renato Salvatori) se destacam como pugilistas e se envolvem com a mesma mulher. Épico neorrealista, sintetiza um dos temas prediletos de Luchino Visconti (1906-1976): a desintegração familiar
OS INCOMPREENDIDOS - TRUFFAUT
Ninguém entende Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud). Em casa, é repreendido pelos pais. Na escola, causa problemas aos professores. A delinquência vira uma alternativa. Este drama autobiográfico simbolizou a desobediência às regras pregada pelo francês François Truffaut (1932-1984) e inaugurou a onda da nouvelle vague
LILI MARLENE - FASSBINDER
Antes da Segunda Guerra, cantora alemã de cabaré (Hanna Schygulla) e pianista judeu (Giancarlo Giannini) se apaixonam. Ela se torna um sucesso entre os nazistas com a voz que entoa "Lili Marleen", canção cultuada no front. Rainer Werner Fassbinder (1945-1982) foi o nome mais irrequieto do novo cinema alemão
ROMA, CIDADE ABERTA - ROSSELLINI
Durante a ocupação nazista em Roma, comunistas e católicos se unem na resistência. Alemães perseguem um dos líderes, Giorgio (Marcello Pagliero), mas este tem a ajuda de amigos e de um padre. O terreno se mostrará fértil para traições. O neorrealismo tem neste filme de Roberto Rossellini (1906-1977) um de seus principais marcos
MADAME BOVARY - CHABROL
Na França do século 19, Emma Bovary (Isabelle Huppert) vive entediada. Para sair da casa do pai, se casa com um médico, mas logo se cansa da vida sem emoções e busca em amantes uma válvula de escape. Claude Chabrol (1930-2010) foi um dos articuladores da nouvelle vague. Prolífico, o cineasta retratou com acidez a burguesia
METROPOLIS - LANG
Na futurística Metropolis, a elite explora o trabalho escravo da população. Freder (Gustav Fröhlich), filho do criador da cidade, toma consciência da realidade quando se apaixona por Maria (Brigitte Helm), líder dos trabalhadores. O filme de 1927 de Fritz Lang (1890-1976) é um marco da ficção científica. Figura-chave do expressionismo, ele ajudou a criar o cinema noir
- Visto: excelente filme sci-fi. Falta-me um dia ler o livro que deu origem a ele.
A REGRA DO JOGO - RENOIR
Um aviador (Roland Toutain) revela que tem um romance com a mulher de um marquês (Marcel Dalio). Para abafar o caso, o aristocrata convida um grupo para um fim de semana de caça em seu castelo. Pela crítica à sociedade francesa, o longa de Jean Renoir (1894-1979) causou controvérsias na estreia, pouco antes da Segunda Guerra
MAMMA ROMA - PASOLINI
Após anos trabalhando como prostituta, Mamma Roma (Anna Magnani) economiza dinheiro para tentar mudar de vida e voltar a morar com o filho adolescente (Ettore Garofolo). É o segundo filme do controverso Pier Paolo Pasolini (1922-1975). Censurada na Itália por "obscenidade", a obra segue princípios do neorrealismo
ACOSSADO - GODARD
Após roubar um carro, Michel (Jean-Paul Belmondo) mata um policial e busca refúgio nos braços de Patricia (Jean Seberg), estudante norte-americana que vive em Paris. Enquanto ele se esconde das autoridades e planeja fugir para a Itália, a relação dos dois se aprofunda. Jean-Luc Godard se mostra aqui o nome mais radical da nouvelle vague
A DAMA OCULTA - HITCHCOCK
Durante viagem de trem pela Europa, a jovem Iris (Margaret Lockwood) torna-se amiga de Miss Froy (May Whitty). Mas a simpática senhora desaparece misteriosamente e, quando Iris investiga seu paradeiro, os passageiros negam tê-la visto. Penúltimo filme inglês de Alfred Hitchcock (1899-1980) antes de ir trabalhar nos Estados Unidos
ADEUS, MENINOS - MALLE
Na França ocupada pelos nazistas, escola católica esconde alunos judeus. O garoto Julien (Gaspard Manesse) vê com desconfiança a chegada do colega Jean (Raphael Fejto), mas logo se torna seu amigo. É baseado em lembranças de Louis Malle (1932-1995), cineasta que abordou temas polêmicos, como incesto e suicídio
MAMÃE FAZ CEM ANOS - SAURA
Família espanhola organiza uma festa para comemorar os cem anos da matriarca (Rafaela Aparicio). Mas, atrás da aparente felicidade, alguns parentes estão só interessados em sua herança. Carlos Saura retoma personagens de "Ana e os Lobos" (1973). Nos anos 1960 e 1970, o diretor foi um dos principais críticos da ditadura franquista
Conclusão
Claro que os filmes podem ser encontrado em qualidade superior na web, mas esses livros fazem uma boa apresentação para um leigo como eu sobre esse cinema desconhecido.
Grande abraço!
P.s.: alguém já percebeu porque não sei cargas d'água os livros sobre cinema valorizam tanto nos sebos? O público que lê esse tipo de coisa é micro em um país como o Brasil.
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[Lista] Filmografia Akira Kurosawa (1943-1993)
1993 - Madadayo (br.: Madadayo; pt.: Ainda Não!)
1991 - Hachi-gatsu no kyôshikyoku (Rapsódia em Agosto)
1990 - Yume (Sonhos)
1985 - Ran (Os Senhores da Guerra)
1980 - Kagemusha (A Sombra de um Samurai)
1975 - Dersu Uzala (A Águia das Estepes)
1970 - Dodeskaden (O Caminho da Vida)
1965 - Akahige (O Barba Ruiva)
1963 - Tengoku to jigoku (Céu e Inferno)
1962 - Tsubaki Sanjûrô (Sanjuro)
1961 - Yojimbo (O Guarda-Costas)
1960 - Warui yatsu hodo yoku nemuru (Homem Mau Dorme Bem)
1958 - Kakushi toride no san akunin (A Fortaleza Escondida)
1957 - Donzoko (Ralé)
1957 - Kumonosu-jō (Trono Manchado de Sangue)
1955 - Ikimono no kiroku (Vivo no Medo)
1954 - Shichinin no samurai (Os Sete Samurais)
1952 - Ikiru (Viver)
1951 - Hakuchi (O Idiota)
1950 - Rashōmon (Às Portas do Inferno)
1950 - Shubun (O Escândalo)
1949 - Nora Inu (Cão Danado)
1949 - Shizukanaru ketto (Duelo silencioso)
1948 - Yoidore tenshi (O Anjo Embriagado)
1947 - Subarashiki nichiyobi (Um Domingo Maravilhoso)
1946 - Waga seishun ni kuinashi (Não Lamento Minha Juventude)
1946 - Asu o tsukuru hitobito
1945 - Tora no o wo fumu otokotachi
1945 - Zoku Sugata Sanshiro
1944 - Ichiban utsukushiku
1943 - Sugata Sanshiro (A Saga do Judô)
[Lista] 100 melhores animações brasileiras (2018)/ Abracine
comprei em 2020 |
1. O Menino e o Mundo (2013), de Alê Abreu
2. Uma História de Amor e Fúria (2013), de Luiz Bolognesi
3. Meow! (1981), de Marcos Magalhães
4. Até que a Sbórnia nos Separe (2013), de Otto Guerra e Ennio Torresan Jr.
5. Dossiê Rê Bordosa (2008), de Cesar Cabral
6. Sinfonia Amazônica (1953), de Anélio Latini Filho
7. Guida (2014), de Rosana Urbes
8. Boi Aruá (1984), de Chico Liberato
9. Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll (2006), de Otto Guerra
10. Animando (1983), de Marcos Magalhães
11. Frankenstein Punk (1986), de Cao Hamburger e Eliana Fonseca
12. As Aventuras da Turma da Mônica (1982), de Maurício de Sousa
13. Até a China (2015), de Marão
14. Cassiopéia (1996), de Clóvis Vieira
15. O Projeto do meu Pai (2016), de Rosaria
16. Torre (2017), de Nádia Mangolini
17. De janela pro cinema (1999), de Quiá Rodrigues
18. Piconzé (1973), de Ippe Nakashima
19. O Grilo Feliz (2001), de Walbercy Ribas
20. Linear (2012), de Amir Admoni
21. O Dragãozinho Manso: Jonjoca (1942), de Humberto Mauro
22. Castillo y el armado (2014), de Pedro Harres
23. A Garota das Telas (1988), de Cao Hamburger
24. As Aventuras do Avião Vermelho (2012), de Frederico Pinto e José Maia
25. Menina da Chuva (2010), de Rosaria
26. Almas em Chamas (2000), de Arnaldo Galvão
27. Historietas Assombradas (para crianças malcriadas) (2005), de Victor-Hugo Borges
28. Vinil Verde (2004), de Kleber Mendonça Filho
29. As Aventuras de Virgulino (1939), de Luiz Sá
30. Macaco Feio… Macaco Bonito… (1928), de João Stamato e Luis Seel
31. Deus é Pai (1999), de Allan Sieber
32. Novela (1992), de Otto Guerra
33. Amassa que elas gostam (1998), de Fernando Coster
34. A Princesa e o Robô (1983), de Maurício de Sousa
35. Minhocas (2006), de Paolo Conti e Arthur Nunes
36. Eu queria ser um monstro (2009), de Marão
37. The Masp Movie: O Filme do Masp (1986), de Hamilton Zini Jr., Salvador Messina e Sylvio Pinheiro
38. O Divino, De Repente (2009), de Fabio Yamaji
39. O Quebra Cabeça de Tarik (2015), de Maria Leite
40. Adeus (1988), de Céu D’Ellia
41. Ritos de Passagem (2012), de Chico Liberato
42. Quando os Dias Eram Eternos (2016), de Marcus Vinícius Vasconcelos
43. O Átomo Brincalhão (1964), de Roberto Miller
43. O Céu no Andar de Baixo (2010), de Leonardo Cata Preta
45. Vida Maria (2006), de Márcio Ramos
46. Josué e o pé de macaxeira (2009), de Diego Viegas
47. Pudim de Morango (1979), de Ingrid, Rosane, Elizabeth e Helmuth Wagner
48. Furico e Fiofó (2011), de Fernando Miller
49. Graffiti Dança (2013), de Rodrigo EBA!
50. Rocky & Hudson, os Caubóis Gays (1994), de Otto Guerra
51. Jonas e Lisa (1994), de Daniel Schorr e Zabelle Côté
52. Balloons (2007), de Jonas Brandão
53. Calango Lengo – Morte e vida sem ver água (2008), de Fernando Miller
54. Passo (2007), de Alê Abreu
55. Tyger (2006), de Guilherme Marcondes
56. Faroeste: um autêntico western (2013), de Wesley Rodrigues
57. Noturno (1986), de Aída Queiroz
58. Tzubra Tzuma (1983), de Flavio del Carlo
59. Deu no Jornal (2005), de Yanko Del Pino
60. Yansan (2006), de Carlos Eduardo Nogueira
61. Casa de Máquinas (2007), de Daniel Herthel e Maria Leite
62. Hamlet (1975), de José Rubens Siqueira
63. Tempestade (2010), de Cesar Cabral
64. Ballet de Lissajous (1973), de Aluizio Arcela Jr. e José Mário Parrot
65. Até o Sol Raiá (2007), de Fernando Jorge e Leandro Amorim
66. Os Anjos do Meio da Praça (2010), de Alê Camargo e Camila Carrossine
67. Vênus – Filó, a fadinha lésbica (2017), de Sávio Leite
68. Cabeça Papelão (2004), de Quiá Rodrigues
69. Balanços e Milkshakes (2010), de Erick Ricco e Fernando Mendes
70. Céu, inferno e outras partes do corpo (2011), de Rodrigo John
71. A Saga da Asa Branca (1979), de Lula Gonzaga de Oliveira
72. Caminho dos Gigantes (2016), de Alois Di Leo
73. O Ex-mágico (2016), de Maurício Nunes e Olímpio Costa
74. Abstrações: Estudos n°. 1 (1960), de Bassano Vaccarini e Rubens F. Lucchetti
75. AmigãoZão (2005), de Andrés Lieban
76. Castelos de Vento (1998), de Tania Anaya
77. Dia Estrelado (2011), de Nara Normande
78. Planeta Terra (1986), coletivo
79. Viagem na Chuva (2014), de Wesley Rodrigues
80. El Macho (1993), de Ennio Torresan Jr.
81. Quando os Morcegos se Calam (1986), de Fabio Lignini
82. Chifre de Camaleão (2000), de Marão
83. Faz Mal… 2, Super-Tição! (1984), de Stil
84. Aquarela (2003), de Andrés Lieban
85. Belowars (2008), de Paulo Munhoz
86. A Lasanha Assassina (2002), de Ale McHaddo
87. Cidade Fantasma (1999), de Lisandro Santos
88. Primeiro Movimento (2006), de Érica Valle
89. Peixonauta – Agente secreto da O.S.T.R.A. (2012), de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo
90. História Antes de uma História (2014), de Wilson Lazaretti
91. Égun (2015), de Helder Quiroga
92. Campo Branco (1997), de Telmo Carvalho
93. Informística (1986), de Cesar Coelho
94. Fluxos (2014), de Diego Akel
95. Engolervilha (2003), coletivo
96. Juro que Vi (2003-2009), de Humberto Avelar
97. Lúmen (2007), de William Salvador
98. Os 3 Porquinhos (2006), de Cláudio Roberto
99. Reflexos (1974), de Antônio Moreno e Stil
100. Linhas e Espirais (2009), de Diego Akel
[Lista] Cultura geral: Tudo o que se deve saber (2009)/Dietrich Schwanitz - Parte 1
Post em construção...
História Universal
Ernst H. Gombrich, Eine kurze Weltgeschichte fu r junge Leser, 1998. [Breve história do mundoy São Paulo, Martins Fontes, 2001] | |
Otto Zierer, Bild der Jahrhunderte in 37 Bänden [A imagem dos séculos em 37 volumes], 1961 | |
Will e Ariel Durant, The Story of Civilization 11 volumes, 1935-75. [A história da civilização, São Paulo, Record, 1950-63.] | |
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Antiguidade: Grécia e Roma
H. D. F. Kitto, The Greeks [Os gregos], 1951 | |
Theodor Mommsen, Römische Geschichte, 1954. [História de Roma, Rio de Janeiro, Opera Mundi, 1971] | |
Bertolt Brecht, Die Geschäfte des Herrn Julius Caesar [Os negócios do sr. Júlio César], 1965 | |
Robert Graves, /, Claudius, 1934. [Claudius, Imperador Porto Alegre, Globo, 1940.] |
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Felix Dahn, Ein Kam pf um Rom [Urna luta por Roma], 1876.
Romance histórico e clássico esquecido da burguesia alemã, que, imbuído do espírito nacionalista, retrata os germanos como heróis. O autor descreve como
os sucessores de Teodorico, o Grande, rei dos ostrogodos, empreenderam
uma luta vã para se defender de Justiniano, imperador romano do Oriente,
e como o espírito heróico e correto dos germanos mostra-se inferior às intrigas astutas dos romanos. Dahn estava imbuído de um pessimismo histórico,
inspirado em Schopenhauer e Darwin, e mergulhou a decadência dos ostrogodos na sombria luz de um crepúsculo dos deuses. O livro é bastante revelador no que diz respeito ao papel exercido pelas invasões bárbaras como
matéria cultural na burguesia nacional alemã.
Henri Pirenne, Histoire de VEurope: des invasions au X V I siècle [História da
Europa: das invasões ao século XVI], 1936.
Esse livro do historiador belga foi escrito durante a Primeira Guerra Mundial, em
um campo alemão de confinamento, onde o autor não dispunha de nenhum recurso. Eis por que deve ser tomado apenas como uma boa narrativa. Já em seu livro póstumo, Mahomet et Charlemagne [Maomé e Carlos
Magno], Pirenne comprova de modo particular que a expansão do Islã rompeu a unidade cultural da Bacia do Mediterrâneo e, por conseguinte, levou
ao fim da Antiguidade.
Arno Borst, Lebensformen des Mittelalters [Formas de vida da Idade Média], 1979.
Ao empregar a expressão “formas de vida” para descrever a Idade Média, o autor
utiliza uma categoria medieval, extraída da própria autoconcepção da época.
Como a posição social definia o homem na Idade Média, as pessoas dessa
época tinham uma tendência a proceder a tipificações: havia o camponês, o
burguês, o nobre, o príncipe, o padre, o monge, o erudito etc., o que já representa a metade do índice desse livro. Borst também consegue retratar
com realismo a mentalidade e o modo como as pessoas vivenciavam suas experiências na Idade Média.
Johan Huizinga, Der Herbst des Mittelalters, 1969. [O declínio da Idade Médiay
São Paulo, Edusp, 1978.]
Um clássico da história, em que o autor trata a cultura dos séculos XIV e XV de
modo diferente do habitual, ou seja, não interpreta esses dois séculos como
precursores do Renascimento, mas como o último momento de esplendor de
urna época que se aproxima do firn. O enfoque dessa obra volta-se para os temas da cavalaria e do culto à mulher, à religião e ao pensamento simbólico. É
um dos melhores livros sobre a diferença entre a Idade Média e a Moderna.
Heribert Illig, Das erfimdeneMittelalter [A Idade Média inventada], 1996.
Esse é um curso básico de ciência histórica, que emprega os meios da terapia de
choque: o autor é da opinião de que o período que vai de setembro de 614
a agosto de 911 nunca existiu e que esses quase trezentos anos poderiam
simplesmente ser riscados da história. A tese é menos absurda do que parece à primeira vista, pois Illig alega que existem muito poucas fontes que
documentam a existência dessa época e que, em meio a essa obscuridade,
somente a figura de Carlos Magno está bem iluminada. Segundo ele, justamente essa figura teria sido inventada por falsificadores a serviço de Oto
III e de Frederico I, Barba-Ruiva, que se serviram de lendas já existentes
para converter o legendário Carlos Magno no primeiro imperador do Ocidente, dotando-o de uma biografia bem documentada. E que sentido teria
tudo isso? Segundo Illig, com esse imperador inventado pretendia-se legitimar os direitos imperiais e, assim, fundamentar a superioridade do imperador sobre o papa. Bem, mas e a capela de Carlos Magno em Aachen?
Para o autor, foi construída por Henrique IV. Não se pode afirmar que
essa tese tenha atraído entusiasmados adeptos entre os historiadores especializados em Idade Média, mas uma coisa é certa: os soberanos medievais,
os reis, os imperadores, os papas, os príncipes, os mosteiros e as cidades
medievais foram campeões mundiais na falsificação de documentos. Freqüentemente até atuaram de boa-fé, ao obterem a posteriori uma legitima
ção supostamente perdida para um direito que consideravam indiscutível.
Tal atitude era designada como “fraude devota”. Assim, também a pretensão
dos papas ao Estado da Igreja baseava-se em uma falsificação de documentos feita pelo próprio Santo Padre. Como a ciência histórica consiste no
exame crítico de fontes e documentos, o livro de Illig fornece uma boa introdução quanto ao modo como os historiadores constroem seus relatos. Se
a tese de Illig estivesse correta, pouparia os alunos do cansativo estudo de
trezentos anos de história.
Jacques le Goff, Pour un autre Moyen Âge, 1977. [Em busca da Idade Média, Civilização Brasileira, 2005.]
Nesse livro, um dos melhores conhecedores da Idade Média defende que se acabe com a tradicional divisão entre Idade Média e Idade Moderna, situada
por volta de 1500, e que se prolongue o período medieval até a Revolução
Industrial. Tais propostas têm a vantagem de sempre terem de traçar seus argumentos com base nas principais características das diferentes épocas. Le
Goff é um dos historiadores que contribuíram para reanimar o interesse do
grande público pela Idade Média