[90'] A Era das Bancas de Jornal




Retorno da coleção uma década depois.







Introdução






Nessa década, eu era gordo, pobre e sem possibilidades mínimas de sucesso com as garotas da minha idade. Dessa forma me restou afogar as mágoas no "submundo" nerd com bibliotecas, sebos, bancas e locadoras.





Os anos 90 marcam o final do auge de desse tipo de entretenimento barato, pois nessa época a internet se encontrava em estado embrionário no Brasil, o acesso a quadrinhos, filmes e games se dava principalmente por intermediários físicos.











Bancas de Jornal





No meu bairro não havia boas livrarias.



Ainda assim, os melhores livros eram caros demais. Era imprensável para mim comprar as edições de luxo dos RPGs lançado na época ou a maioria dos outros livros que podiam me interessar.



Dessa forma, meu prazer pela leitura não gratuita só podia ser exercido pela aquisição de quadrinhos. Nessa atividade as bancas de jornal reinavam absolutas.



Lembro que virou um vício que permaneceu por muito tempo depois da década de 90: sempre que passava em um centro comercial bairro, visitava uma banca de jornal. Era algo quase compulsivo.



Só parei de fazer isso porque elas entraram em decadência.







Minha Coleção




Os quadrinhos eram baratos e impressos normalmente em papel jornal, pela editora abril, principalmente. Havia também outras editoras como a Sampa, Conrad e a Globo, mas eu gostava de Marvel e DC, principalmente DC. 



Meu irmão colecionava a Espada Selvagem de Conan e qualquer outra coisa que saísse do personagem.



Lembro que economizava o dinheirinho do lanche da escola para comprar os formatinhos e ainda guardava dentro de plásticos para conservar. 






Revistas sobre quadrinhos - minha fixação em quadrinhos era tanta que ainda comprava revistas como Herói, Heróis da Tv, Animax, Dragão Brasil, Wizard etc para entender mais sobre esse microuniverso.



Colecionei por anos e um dia minha saudosa mãe que era muito religiosa jogou fora grande parte dos gibis. Na época fiquei muito irritado, briguei com ela, doei o resto do quadrinhos para um amigo e fui morar na casa do meu pai. Morar com meu pai foi pedreira e anos depois voltei a morar com minha mãe.



Anos depois quando comecei a trabalhar, voltei a colecionar, mas a partir daí passei a ser mais colecionador que leitor.






Conclusão






Mudou e para melhor. Isso só comprova a evolução do sistema capitalista. Quando era criança nunca imaginaria poder acessar essas formas de entretenimento diretamente pela internet.




Após os anos 90, as Lojas virtuais sepultaram de vez as bancas de revistas, pois se consegue frete grátis e um preço menor comprando pela internet.




Mesmo assim, as gerações pré-internet têm boas lembranças de uma época quando escolher essas formas simples de entretenimento era praticamente um ritual, que envolvia um certo planejamento: sair de casa para ir na banca, olhar as novidades, escolher as revistas menos amassadas, pagar e conservar o gibi na mochila até chegar em casa.




O barateamento de produtos e a transformação de muitos deles em serviços Streaming (quadrinhos digitais) permitiram um acesso mais democrático a esse tipo de lazer, isso sem falar nos scans.






Que venha o futuro.





Grande abraço!




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