Søren Kierkegaard (1813–1855)
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- Kierkegaard tinha sua maneira bastante peculiar
de beber café: Com enorme prazer, pegava o saco de açúcar e vertia o
açúcar para dentro da xícara de café até que estivesse amontoado até a
borda. Em seguida, despejava o fortíssimo café preto, que lentamente
dissolvia a pirâmide branca. O processo mal estava concluído antes de o
estimulante viscoso desaparecer no estômago do mestre, onde se
incorporava ao xerez para produzir energia adicional que se infiltrava
em seu cérebro fervente e borbulhante
- Normalmente, escrevia no período da manhã, partia em
uma longa caminhada por Copenhague ao meio-dia e retomava seus escritos
no restante do dia, avançando na noite. Durante as caminhadas, tinha
suas melhores ideias e, às vezes, tinha tanta pressa para registrá-las que,
ao voltar para casa, escrevia de pé parado em frente à sua mesa, ainda
de chapéu e segurando sua bengala ou guarda-chuva. Kierkegaard
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Voltaire (1694–1778)
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- passava a manhã na cama, lendo e ditando novos
textos para um de seus secretários. Ao meio-dia, se levantava e se
vestia. Em seguida, recebia visitas. Se não houvesse nenhuma, continuava
a trabalhar, consumindo café e chocolate para se nutrir. (Ele não
almoçava.) Entre as 14 e as 16 horas, Voltaire e seu secretário
principal, Jean-Louis Wagnière, saíam de carruagem para inspecionar a
propriedade. Depois, trabalhava novamente até as 20 horas, quando se
reunia com a sobrinha viúva (e amante de longa data) Madame Denis e
outros convidados para o jantar.
- Mas seu dia de trabalho não terminava aí: Voltaire
muitas vezes continuava a ditar textos depois da ceia, noite adentro.
Wagnière estima que, ao todo, eles trabalhassem de 18 a 20 horas por
dia. Para Voltaire, era um arranjo perfeito.
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Benjamin Franklin (1706–1790)
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- Achei muito mais agradável à minha constituição
banhar-me em outro elemento, e quero dizer o ar frio. Com esse
propósito, eu me levanto cedo quase todas as manhãs, e sento-me no meu
quarto sem roupa alguma, por meia hora ou uma hora, de acordo com a
estação do ano, e leio ou escrevo. Essa prática não é nem um pouco
dolorosa; ao contrário, é bem agradável. Se eu volto para a cama mais
tarde, antes de me vestir, como às vezes acontece, complemento o
descanso da noite, dormindo uma ou duas horas do sono mais agradável que
alguém possa imaginar.
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Anthony Trollope (1815–1882)
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- Eu costumava sentar-me para trabalhar todos os
dias às 5:30;
- três horas por dia produzem tanto quanto um homem
deve escrever. Mas, para isso, deve ter
treinado a si mesmo para ser capaz de trabalhar continuamente durante
essas três horas – orientando sua mente para que não seja necessário
sentar-se e ficar mordiscando a caneta, e olhando para a parede à sua
frente, até encontrar as palavras com que deseja expressar suas ideias.
- Eu sempre começava a tarefa lendo o trabalho do dia
anterior, uma operação que levava meia hora, e que consistia
principalmente na ponderação do som das palavras e frases em meu
ouvido...
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Jane Austen (1775–1817)
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- Austen nunca viveu sozinha e tinha pouca
expectativa de encontrar solitude em sua vida diária.
- Austen escrevia na sala de estar, “sujeita a todo o
tipo de interrupções ocasionais”, lembrou seu sobrinho.
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Frédéric Chopin (1810–1849)
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- Ele se fechava em seu quarto por dias inteiros,
chorando, andando, quebrando suas canetas, repetindo e alterando um
compasso centenas de vezes, escrevendo-o e apagando-o outras tantas, e
recomeçando no dia seguinte com uma perseverança ínfima e desesperada.
Levava seis semanas para terminar de escrever uma única página, desde o
instante em que fizera sua primeira anotação até concluí-la.
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Gustave Flaubert (1821–1880)
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- A fim de se concentrar na tarefa, Flaubert
definiu uma rotina rígida que lhe permitia escrever por várias horas à
noite – ele se distraía facilmente com os ruídos durante o dia –
enquanto também atendia a algumas obrigações familiares básicas. (Na
casa de Croisset, havia, além do autor e de sua mãe-coruja, a sobrinha
de Flaubert de 5 anos, Caroline, a governanta inglesa da menina e,
frequentemente, o tio de Flaubert.)
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Henri de Toulouse-Lautrec
(1864–1901)
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- Toulouse-Lautrec fazia seu melhor trabalho
criativo à noite, quando desenhava esboços em cabarés ou montava seu
cavalete em bordéis.
- Depois de uma longa noite de
desenhos e bebedeira, costumava acordar cedo para imprimir litografias,
em seguida, ir a um café para o almoço, regado a generosas quantidades
de vinho.
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Thomas Mann (1875–1955)
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- Mann estava sempre desperto às 8 horas. Depois de sair
da cama, bebia uma xícara de café com a esposa, tomava um banho e se
vestia. O café da manhã, novamente tomado com a esposa, era às 8:30. Em
seguida, às 9 horas, Mann fechava a porta de seu estúdio, tornando-se
inacessível a visitas, telefonemas ou à sua família. As crianças estavam
terminantemente proibidas de fazer qualquer ruído entre as 9 horas e o
meio-dia, as horas escolhidas por Mann para escrever.
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Karl Marx (1818–1883)
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- Seu estilo de vida consistia em visitas diárias à sala
de leitura do Museu Britânico, onde normalmente ficava das 9 horas até
seu fechamento, às 19 horas. Em seguida, se dedicava a longas horas de
trabalho à noite, quando fumava incessantemente. O cigarro, que era um
luxo, passou a ser um bálsamo indispensável. Isso afetou sua saúde de
forma permanente e passou a ser vítima frequente de uma doença do
fígado, por vezes acompanhada de furúnculos e inflamação nos olhos, que
interferiam em seu trabalho, deixavam-no exausto e irritado, e
atrapalhavam seu meio incerto de subsistência.
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