[Livro] O Meu Eu E Outros Temas Importantes Livro (2009)/ Charles Handy - Parte 3







· Quando as regras são ignoradas, é-nos dada total permissão para fazermos o que nos agradar.

· Não oferecer algo que realmente não queremos e não procurar elogios ou palavras de conforto, pois elas podem não surgir.

· A liberdade de expressão pode ser um dos direitos humanos, mas pode não ser sensato confiar nisso quando o nosso salário é pago por alguém.

· Há poucas coisas piores na vida do que ser usado para fins que não são os nossos por pessoas que nem sempre respeitamos.

· O sucesso parece vazio quando não temos com quem celebrar, e o fracasso é duas vezes mais deprimente quando não há ninguém que nos dê consolo.

· Continua a ser inegável que, acima de certo nível, ter mais dinheiro não nos faz mais felizes. Faz algum sentido; uma vez que temos o suficiente para o essencial, muitas vezes é difícil justificar o esforço necessário para ganhar o dinheiro extra, a fim de comprar mais coisas desnecessárias.

· Sem alguns critérios, as escolhas apenas geram mais estresse.

· No nosso caso, decidimos alocar 150 dias para o nosso trabalho puramente criativo, para escrita e fotografia, bem como para a leitura e pesquisa. Depois, pusemos de lado mais de 100 dias para a gestão e para o negócio, a maioria deles para conferências no estrangeiro, juntamente com uns insignificantes 30 dias para um trabalho voluntário de qualquer tipo. 

E ainda nos restam 85 dias para um dia de folga semanal e um dia livre ocasional. preocupamo-nos em manter um controle rigoroso sobre o total de dias, mas é irrelevante saber quais dias da semana são utilizados para quê. Aliás, costumamos guardar as sextas-feiras para qualquer tipo de lazer e trabalhamos a maioria dos domingos, quando o telefone não toca. É preciso autodisciplina para cumprir o estipulado. É tentador, por exemplo, trabalhar mais dias do que o previsto, porque isso significa mais dinheiro, mas sabemos que, se não investíssemos na escrita e na fotografia, dali a pouco não teríamos negócio nenhum. Essa é a Investigação & Desenvolvimento da nossa vida e deve ser preservada.

· O problema é que a maior parte das coisas que nos pedem para aprender nas escolas não estimula ou interessa. 
Somos levados a acreditar de boa-fé que essa aprendizagem nos será útil num futuro distante, só que, quando se tem 15 anos, 30 é uma idade distante. Como no meu próprio caso, a aprendizagem empacotada ou armazenada desaparece rapidamente. Todas as lições deveriam ter uma etiqueta com a inscrição “utilizar até.” para se manterem presentes.

· Entrar numa nova família não é diferente de ir viver em outro país. É preciso aprender os seus usos e costumes e ganhar o direito de residência, mas mantendo a própria identidade. Tal como os países, as famílias têm as histórias que moldam a sua cultura.

· Hoje observo que a maioria das pessoas me parece mais verdadeira quando conheço sua família. Só então as vejo na sua plenitude, sem o estudo protetor da sua identidade pública, a máscara que todos nós envergamos até conhecermos alguém suficientemente bem para então tirá-la.

· Os casamentos funcionam melhor quando existe um quarto separado para cada cônjuge, bem como para ambos. Eu e minha mulher trabalhamos intimamente juntos, mas só funciona porque fazemos coisas diferentes em espaços físicos diferentes. Quem quer que em nossos locais de trabalho, percebe imediatamente que temos formas diferentes de organização, rotinas diferentes e hábitos diferentes,


· Na verdade, não sou muito bom como turista. Não gosto muito de visitar locais famosos ou de andar no meio de ruínas, apenas para dizer que estive lá ou para guarda imagens no meu banco de memórias. 

Para ser mais exato, sou o que poderiam de turista sociológico, gosto de observa como funciona um país, como vivem e trabalham os seus habitantes e, se possível, conhecê-los. A melhor forma de fazer isso, sem ser um voyeur intrometido, é ter algum trabalho nos locais que pretendo visitar.


· Acredito que Aristóteles teria concordado com o bispo. “faz o teu melhor com aquilo em que és melhor” é a minha tradução do seu princípio do eudemonismo. Não podemos ser todos bons em tudo. Não tente ser aquilo que não é. 

Nossos genes nos definem até certo ponto. Podemos desejar ter sido mais bonito, ou mais inteligente, ou mais atlético. Podemos pensar que a vida teria sido diferente se tivéssemos nascido em outro estrato da sociedade, é provável que sim. A única solução, porém, é conselho que meu barbeiro me deu quando lhe perguntei o que fazer em relação ao avanço da minha calvície: “devia ter trocado de pais antes de nascer”, respondeu-me. Eu nunca teria querido isso.


· Exercer sua escrita com base no mais puro dos objetivos: explicar o mundo em que vivia a si mesmo.

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2 comentários:

  1. Ah os manuais para a vida...
    Desconhecia o autor. Tem cara de best seller.
    No final, tudo se resume a busca pela felicidade.
    Abraços!

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    1. o legal desse cara é que ele trabalha pouco e vive bem
      ele calculou quanto precisava trabalhar por ano e não trabalha mais que isso

      abs!

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Memento mori...carpe diem!