[Livro] Stephen King, a biografia (2017) arte 1

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“Faço a pesquisa [depois de escrever]”, disse. “Porque quando estou escrevendo um livro, minha atitude é ‘Não me confunda com fatos. Apenas me deixe seguir adiante com meu trabalho’.”

“Sim, sou um romântico”, afirmou ele em 1988. “Acredito em todas essas coisas ternas e românticas, de que as crianças são boas, de que o bem vence o mal, de que é melhor ter amado e perdido seu amor que nunca ter amado. Realmente acredito em toda essa bobagem. Não posso fazer nada. Vejo muito disso acontecer.”

“Uma das minhas histórias prediletas era de um time de beisebol que estripava os vilões e marcava as bases com seus intestinos”, contou Steve. “Eles usavam uma cabeça como bola, e um olho saltava quando ela era acertada com o bastão.”

Além de ler gibis e escrever histórias, Steve adorava filmes. Quando morava em Connecticut, ele assistiu ao programa de televisão Million Dollar Movie o máximo que pôde. Este consistia em um filme em preto e branco, normalmente da década de 1940, que era reprisado todas as noites durante uma semana. Steve ficava colado na tela e começou a estudar a estrutura, a linguagem e os efeitos especiais de cada filme, e começou a aplicar as lições aprendidas àquilo que escrevia. “Comecei a ver as coisas enquanto escrevia, em um quadro, como uma tela de cinema”, afirmou.

Mas ele não era muito seletivo em seu gosto cinematográfico, também adorava filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, como Até o Último Homem (1950), Iwo Jima – O Portal da Glória (1949) e Gung Ho! (1943).

Apesar de Steve ignorar parte dos ditados, dois causaram um profundo efeito nele, ainda que com certa variação: “Se você imaginar o pior, este não pode acontecer” e “Se você não tem nada de bom para dizer, então fique de boca fechada”.

“Eu ouvia muito falar em fogo e enxofre quando era criança”, disse Steve. “Parte de mim sempre será aquele menino metodista a quem diziam que você não se salva apenas pelas obras, e que o fogo do inferno durava muito.” Uma história que ele ouviu sobre a vida após a morte falava de uma pomba que voa para uma montanha feita de ferro para esfregar seu bico no metal a cada mil anos, e que o tempo que levou para a erosão da montanha é o equivalente ao primeiro segundo no inferno. “Quando se tem seis ou sete anos, esse tipo de coisa fica preso em sua mente”, afirmou, prontamente admitindo que as imagens da igreja tiveram forte influência em seus contos e romances.





7 comentários:

  1. O Stephen King é um excelente escrito do gênero de terror, na verdade é um dos gêneros onde se encontra tão poucos escritores de qualidade hoje em dia. O cinema e a TV banalizaram o terror em apenas dar sustos do nada nos espectadores, o verdadeiro terror é causar incômodo permanente no espectador enquanto ele assiste ou lê a obra.

    Abraços,
    Pi.

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    1. Da safra que deu origem a King já morreram todos ou quase todos e da geração de King são poucos por aí

      também, depois de King fica complicado surgir alguém tão bom: ninguém produziu tantos livro em tão pouco tempo como ele

      Acho que o terror chegou no ápice com ele. Complicado superar esse mestre

      abs!

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  2. Qual livro do Stephen voce recomenda para uma leitura de entrada?

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  3. Adorei esta imagem. Lembrou bastante Rose A Cartola, e creio que vc escolheu por isso.

    Tenho este livro e confesso que ainda não o li. Mas isso será superado. O texto de King, percebemos, pede sempre uma pesquisa sobre marcas, datas históricas e demais pormenores da cultura americana. Ele nunca foi desleixado.

    Abraços!

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    1. "creio que vc escolheu por isso." acho que não associei na hora, mas tem um clima bem legal pro tema de terror/sombrio

      "Ele nunca foi desleixado." errar é humano e ele acaba corrigindo certos erros, que são sempre insignificantes

      acho que vc vai gostar desse livro: a autora fez uma linda e meticulosa pesquisa

      abs!

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Memento mori...carpe diem!