[Livro] O Meu Eu E Outros Temas Importantes Livro (2009)/ Charles Handy - Parte 1

 




Nenhum homem pode ser considerado feliz, ou totalmente realizado, até o dia de sua morte.

· Se nos interessarmos o suficiente, poderemos e conseguiremos aprender a fazer praticamente qualquer coisa. Meu verdadeiro problema não foi o de assumir as funções erradas durante a primeira metade da minha vida, mas sim o de me sentir suficientemente apaixonado pelo que fazia.

· Uma vida de sucesso não significa que saibamos o que queremos fazer antes de agir, mas exatamente o oposto. Só fazendo, experimentando, questionando e fazendo outra vez é que descobrimos quem somos. É essa certamente a minha experiência. A nossa identidade é parte herdada, e em parte moldada pelas primeiras experiências, mas não está completamente formada até que tenhamos explorado mais possibilidades.

· Hoje penso que a vida é realmente uma busca da nossa própria identidade. Infeliz daquele ou daquela que morre sem saber quem é na realidade, ou do que é realmente capaz. À medida que progredimos na vida, subimos uma espécie de escada da identidade, mostrando gradualmente as nossas capacidades e descobrindo-nos a nós mesmos. O psicólogo Abe Maslow chamou a isso de “uma hierarquia de necessidades”. Para mim é mais como uma escada.

Esquema clássico

Exceto em tautologias ou em algumas áreas da matemática, não existe verdade objetiva absoluta. Tudo depende do contexto, da perspectiva e dos princípios de origem. Aquilo que considero belo, em termos estéticos, pode parecer muito feio aos olhos de minha mulher, o que traz alguns problemas quando se trata de decoração de interiores.


· Há poucos anos, recordo-me de me terem dito que, quando se pergunta “por quê?” três ou quatro vezes seguidas, é possível que se acabe por conseguir chegar ao âmago das nossas motivações, muitas vezes inconscientes.


· A felicidade não é um estado, mas sim, uma atividade. Não estar deitado numa praia com um copo de vinho e um livro, tampouco ter sexo impudico com a pessoa de seus sonhos.

Janela de Johari - Imagem de Ana Luiza Velozo Crispino

Eudaimonia se traduz melhor por “florescência”, ou fazer o seu melhor com aquilo em que é melhor. Curiosamente, também se aplica a organizações, se bem que nossos modernos gurus da gestão chamem a isso “otimizar as competências-chaves.


· Descobri que se você arranja as pessoas certas com quem começar, não precisa de tudo isso. E se não arranjar as pessoas certas, o que você aprendeu não vai ter nenhuma utilidade.



· Se a aprendizagem e a experiência não estiverem associadas, a aprendizagem evapora, mesmo que, como aconteceu comigo, a experiência venha em primeiro lugar. É por isso que, do meu ponto de vista, grande parte da educação formal pode ser desperdiçada.

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2 comentários:

  1. Adorei.
    Conhece Carlos Cassau? Ele faz vídeos abordando assuntos relacionados.

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    1. não conhecia

      pelo que vi ele é nômade digital

      aqui na finasfera (rede de blogs pessoais sobre educação financeira), nosso foco é mais independência financeira com qualidade de vida

      temos um nômade independente financeiro que é o Aposente Cedo (https://www.aposentecedo.com/), mas a maioria dos que atingiram a independência financeira (eu não atingi ainda) são "fixos digitais" (nem sei o termo existe)

      abs!

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Memento mori...carpe diem!