Eu queria começar esta aula ensinando para vocês um método de relaxamento que eu mesmo inventei, há muitos anos, e que tem dado os melhores resultados possíveis. Ele foi concebido, precisamente, na intenção de que ao obter um relaxamento mais profundo, o indivíduo permanecesse inteiramente consciente e atento. Quer dizer, um relaxamento que, embora possa ser usado para dormir também, não foi feito para isso.
A idéia é manter a atenção ativa enquanto você se desliga de toda a agitação corporal e obtém um estado muito propício pra penetrar em camadas mais profundas, mais permanentes, mais duradoras da consciência. O método é o seguinte: evidentemente você tem de ficar em um quarto escuro – não pode ter luz, não pode ter nada – seguro de que não será interrompido. Qualquer interrupção pode ser, realmente, muito má, muito prejudicial. Se houver alguém na casa peça, por favor, para que não o interrompa por um tempo X. E a pré-condição para o método é você precisa conhecer um pouco a anatomia do esqueleto humano.
Você tem de olhar para vários mapas do esqueleto, e embora não precise conhecer os nomes dos ossos, você precisa saber visualizar o esqueleto humano. Você fecha os olhos e tenta imaginar o seguinte: em cada junção e articulação de ossos, uma por uma, a começar pelo topo da cabeça, e depois descendo, imagine que elas se separam um pouquinho, se afastam um pouquinho. Como neste desenho – não sei se está claro? – no primeiro seria a articulação normal, e no segundo, a articulação afastada
isso, com muita atenção, até chegar aos ossos dos dedos dos pés. Você não conseguirá fazer isto se não estiver atento, mas você estará atento exclusivamente a isto. Quando você terminar, quando chegar aos dedos dos pés, a sua atividade consciente estará totalmente separada de qualquer estimulação sensível, e ao mesmo tempo estará muito consciente da presença do corpo humano.
Também sugiro que você, depois disto, se permita dormir. Você vai afundando no sono aos pouquinhos, mas entre o termino do exercício e a entrada no sono, você terá um período de devaneio lúcido
- cof 32
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Memento mori...carpe diem!