Recentemente passei a assinar o site do Padre Paulo Ricardo.
Minha intenção é aprofundar meus conhecimentos sobre o catolicismo e nisso tenho melhorado. Escolhi fazer um dos vários cursos do site e numa aula há uma técnica de meditar profundamente sobre um trecho da Paixão de Cristo.
A instrução era fazer de olhos fechados, só ouvindo a voz do padre e ir imaginando o trecho.
Como estava ocupado fazendo alguma coisa resolvi apenas ouvir e dar uma olhada no vídeo de tempos em tempos.
Caralho, mesmo só ouvindo (sempre tive facilidade de aprender ouvindo) bateu uma profunda tristeza no momento e pensei em chorar. Minha sorte não foi ter feito de olhos fechados.
No mesmo dia ou no dia seguinte ouvi uma notícia sobre o novo marco legal temporal regulatório indígena e pensei na merda que isso vai dar (várias famílias perdendo suas propriedades) - daí me bateu uma profunda empatia e tristeza por eles.
Sinceramente, não me sinto preparado para desenvolver meu lado emocional num mundo tão merda como o nosso. Sempre vi emoções como um ponto fraco e evitar dar vazão a elas, salvo em raros momentos solitários.
Não estou apregoando aqui que sou um ser 100% racional: o ser humano é naturalmente irracional e é bom que seja assim; mas no momento insisto em uma política de contenção de danos - afinal, se o carro for bater, é melhor bater num poste do que num árvore. Por isso acho que as pessoas tem que ter muito cuidado com terapias psicológicas, pois na mão do terapeuta errado (e a maioria dos profissionais com certeza são um lixo) a mente da pessoa pode se degringolar.
Imagino que talvez na velhice eu mude de ideia. No fim da vida não vejo nada de ruim em passar os dias rezando em tristeza pelos que sofrem, mas hoje não tenho coragem pra fazer isso.
Enfim, o padre Ricardo é realmente um professor excelente; mas a vida religiosa é para corajosos e sou um baita de um covarde de merda.
Mesmo assim, sigo estudando o pensamento católico.
abs!
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