22 outubro, 2023

[Curso] Os Quatro Temperamentos (2019)

 


Intro

"O objetivo deste curso é justamente preencher essa lacuna, deixada aberta por muitas abordagens modernas deste tema, explicando de modo claro, direto e bastante prático qual é o papel do temperamento na vida espiritual e o que cada um de nós — coléricos ou sanguíneos, melancólicos ou fleumáticos — pode fazer para vencer-se a si mesmo e pôr ao serviço de Deus as boas disposições do próprio temperamento."


Aprendi muita coisa sobre mim mesmo nesse curso, mas acho que vou refaze-lo algum dia no futuro, pois tem muitos detalhes e precisa de mais maturidade intelectual da minha parte.


Trechos


Que ninguém pense, repitamos uma e outra vez, estar condenado a não ser santo por ter um temperamento determinado, mas tampouco tenhamos a ingenuidade de pensar que um dia poderá alcançar a santidade quem não tiver um conhecimento mínimo e realista do próprio temperamento, respeitando-lhe a dinâmica específica e corrigindo as qualidades negativas. Não somos iguais, e é por isso que temos de conhecer o que temos de peculiar, seja para usá-lo proveitosamente, seja para corrigi-lo sabiamente.

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Vejamos, pois, a título de conclusão, quais são as características principais de cada um dos temperamentos, segundo o grau de excitabilidade e a durabilidade das impressões.

Colérico. É facilmente excitável, sua reação é intensa e exuberante e a impressão tende a durar muito tempo. Suas emoções são fortes e profundas, como um fogo que se acende rápido, se expande com violência e não se deixa apagar.

Sanguíneo. Como o colérico, é facilmente excitável, reage também com intensidade, mas tende à superficialidade, quer dizer, nele a impressão costuma durar pouco. A resposta é rápida, mas logo se esvai, como um fogo que se acende de imediato, impetuoso e ardente, mas que se apaga logo em seguida. É o típico “fogo de palha”.

Melancólico. É pouco excitável, sua reação é, por via de regra, pouco intensa, mas muito profunda e perdurável. Sua resposta é lenta, mas deixa na alma um sulco permanente. É como uma fogueira difícil de acender, mas que, quando acesa, dificilmente se apaga. Por isso, tende a não se esquecer, às vezes por anos a fio, de uma ofensa ou desentendimento ocorrido na infância ou na adolescência.

Fleumático. É pouco ou quase nada excitável, razão por que é de pouca intensidade a sua reação, quase sempre volátil e superficial. É como um fogo que custa acender e, mesmo depois de aceso, se apaga com a primeira lufada. 

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Como se vê, conhecer o próprio temperamento é um meio para reconhecermos o nosso defeito e qualidade dominantes. Sem isso, ser-nos-á extremamente difícil, senão impossível, progredir na vida espiritual. Não tenhamos a ingenuidade de pensar que somos reféns e vítimas do nosso temperamento: este não é mais que um indício das tendências que temos e, por isso mesmo, uma via aberta à possibilidade de mudarmos para melhor o que somos. Não é uma desculpa para justificarmos nossos defeitos, mas um convite a conservarmos o que temos de bom e corrigirmos o que temos de mau.


Conclusão


Muito bom.

Recomendo.

abs!


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Referências bibliográficas

  • Pe. John Brucciani, Os Quatro Temperamentos. Trad. port. de Leticia Ferreira da Costa. Permanência, n. 270, Tempo de Pentecostes, 2013, pp. 40-101.
  • Pe. Reginald Garrigou-Lagrange, Las tres edades de la vida interior. Trad. esp. de Leandro de Sesma. 3.ª ed., Buenos Aires: Desclée du Brouwer, 1950.
  • Conrado Hock, Los cuatro temperamentos. México: Apóstoles de la Palabra, 2010.
  • Fr. Christian Kappes. The Choleric Temperament and the Catholic Soul. The Latin Mass Magazine, Advent/Christmas 2005, pp. 16-19.
  • ______. The Melancholic Temperament and the Catholic Soul. The Latin Mass Magazine, Fall 2005, pp. 18-22.
  • Fr. Christian Kappes. The Phlegmatic Temperament and the Catholic Soul. The Latin Mass Magazine, Winter 2007, pp. 12-14.
  • Fr. Christian Kappes. The Sanguine Temperament and the Catholic Soul. The Latin Mass Magazine, Summer 2006, pp. 20-22.
  • Pe. Antonio Royo Marín, Teología de la perfección cristiana. 4.ª ed., Madrid: BAC, 1962.
  • Adolphe Tanquerey, Compêndio de teologia ascética e mística. Trad. port. de João F. Fonte. 4.ª ed., Porto: Apostolado da Imprensa, 1948.

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