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Introdução
Coisas são um meio.
Usamos o quanto precisamos das coisas para ajudar a alcançar um fim e nos livramos delas tanto quanto elas nos impedem de alcançar o mesmo fim.
A coisa mais "coisa" de todas é o dinheiro: por meio dele, obtemos tudo que ele pode comprar; ainda que ele não tenha valor para a aquisição do que não tem preço e vale mais que tudo: amor, fidelidade, saúde, paz, família.
Apego Afetivo
Ao longo da vida, nos apegamos emocionalmente a objetos, hábitos e lugares: uma caneca, um jeito de beber o café, uma cidade.
Tudo isso é reconfortante enquanto o tempo passa, pois ficamos mais calmos sabendo que algumas coisas permanecem inalteradas enquanto todo o resto mudar irremediavelmente.
Esse apego é apenas uma maneira irracional de combater o sentimento de caminhar no cadafalso em direção ao nada. O tempo não se apega afetivamente a nós.
Limpeza Final
Um dos momentos mais tristes quando se perde alguém é quando temos que voltar a casa da pessoa amada para fazer a limpeza final:
uma insensível organização de pertences de quem parece que vai voltar a qualquer momento, mas que nunca retornará.
Nessa hora percebo o valor das coisas: nenhum.
Conclusão
As Coisas são só um meio.
É perda de vida passar a vida planejando meios enquanto a vida acontece enquanto criamos esses planos.
Grande abraço!
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Você pegou na veia ao falar da "limpeza final"!
ResponderExcluirtirei da biografia do stephen kink que terminei há pouco tempo
Excluiré uma dura verdade
abs!
A morte "para quem fica" é sempre uma constante na obra de King.
ExcluirÉ natural o apego a coisas. Queremos uma casa para colocar coisas. Se não, moraríamos em cubículos. O problema é quando a coisa do apego a coisas descamba para o patológico. Mas sempre desconfio, também, daqueles "minimalistas" que se dizem totalmente desapegados a coisas.
Abraços!
Montaigne tinha centenas de livros e outras tralhas (https://homemdespedacado.wordpress.com/2012/06/19/montaigne-e-as-vigas-da-sua-biblioteca/)
Excluirminimalismo é um desperdício de diversão em vida
"A morte "para quem fica" é sempre uma constante na obra de King." - bem lembrado
abs!
Tomei conhecimento da torre de Montaigne quando comprava (há uns vinte anos) a revista Cult. Em uma edição, trouxeram matéria a respeito. Ainda tenho essa revista guardada numa caixa.
ExcluirAlgumas pessoas são eternas aportadoras. A vida é muito breve para viver se privando de maneira, às vezes, quase doentia.
Abraços!