11 março, 2021

[Livro] Guia Alimentar Para a População Brasileira (2014)


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As principais doenças que atualmente acometem os brasileiros deixaram de ser agudas e passaram a ser crônicas. apesar da intensa redução da desnutrição em crianças, as deficiências de micronutrientes e a desnutrição crônica ainda são prevalentes em grupos vulneráveis da população, como em indígenas, quilombolas e crianças e mulheres que vivem em áreas vulneráveis. simultaneamente, o Brasil vem enfrentando aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias, e as doenças crônicas são a principal causa de morte entre adultos. o excesso de peso acomete um em cada dois adultos e uma em cada três crianças brasileiras.

Para o enfrentamento desse cenário, é emergente a necessidade da ampliação de ações intersetoriais que repercutam positivamente sobre os diversos determinantes da saúde e nutrição. nesse contexto, o setor saúde tem importante papel na promoção da alimentação adequada e saudável, compromisso expresso na Política nacional de alimentação e nutrição e na Política nacional de Promoção da saúde. a promoção da alimentação adequada e saudável no sistema único de saúde (sUs) deve fundamentar-se nas dimensões de incentivo, apoio e proteção da saúde e deve combinar iniciativas focadas em políticas públicas saudáveis, na criação de ambientes saudáveis, no desenvolvimento de habilidades pessoais e na reorientação dos serviços de saúde na perspectiva da promoção da saúde.

O Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em 2006, apresentou as primeiras diretrizes alimentares oficiais para a nossa população. diante das transformações sociais vivenciadas pela sociedade brasileira, que impactaram sobre suas condições de saúde e nutrição, fez-se necessária a apresentação de novas recomendações. a segunda edição do guia passou por um processo de consulta pública, que permitiu o seu amplo debate por diversos setores da sociedade e orientou a construção da versão final, aqui apresentada.

Alimentos in natura ou minimamente processados



O que são?


Alimentos in natura são obtidos diretamente de plantas ou de animais e não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza. Alimentos minimamente processados correspondem a alimentos in natura que foram submetidos a processos de limpeza, remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis, fracionamento, moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento e processos similares que não envolvam agregação de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento original.


Exemplos

Legumes, verduras, frutas, batata, mandioca e outras raízes e tubérculos in natura ou embalados, fracionados, refrigerados ou congelados; arroz branco, integral ou parboilizado, a granel ou embalado; milho em grão ou na espiga, grãos de trigo e de outros cereais; feijão de todas as cores, lentilhas, grão de bico e outras leguminosas; cogumelos frescos ou secos; frutas secas, sucos de frutas e sucos de frutas pasteurizados e sem adição de açúcar ou outras substâncias; castanhas, nozes, amendoim e outras oleaginosas sem sal ou açúcar; cravo, canela, especiarias em geral e ervas frescas ou secas; farinhas de mandioca, de milho ou de trigo e macarrão ou massas frescas ou secas feitas com essas farinhas e água; carnes de gado, de porco e de aves e pescados frescos, resfriados ou congelados; leite pasteurizado, ultrapasteurizado (‘longa vida’) ou em pó, iogurte (sem adição de açúcar); ovos; chá, café, e água potável.

 



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7 comentários:

  1. É difícil alimentar tanta gente apenas com alimentos in natura, penso. Especialmente devido à conservação das grandes produções.

    Uma curiosidade percebida por mim no NE. Os mais pobres comiam menos alimentos processados e tinham à mesa tapioca, cuscuz, mandioca, inhame, carnes magras (carneiro, bode etc.). E alimentos "de micro-ondas" eram coisa de rico. Hoje, os mais bem de vida se dão à dieta in natura (especialmente após certa idade) e os pobres se afundam em comidas SUPER processadas.

    A classe média come tapioca e o pobretão opta pelo pão. É mais ou menos por aí.

    Abraços!

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    1. Fala, Neófito! Tudo bem?

      É incrível como algumas coisas mudaram nas últimas décadas. Antigamente ter presunto no café da manhã era só para os ricos, o ovo mexido ficava para os pobres. Hoje o rico come ovo mexido, e o pobre presunto.

      Minha mãe sempre comenta que arroz, farinha e pão integral eram comida para o menos afortunados. Hoje esses alimentos possuem um preço bem elevado, e ainda resolveram gourmetizar a tapioca 😂. Que loucura!

      Abraço

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    2. curiosamente, os pobres se alimentavam nutricionalmente melhor no passado, pois a comida caseira brasileira é bem nutritiva; infelizmente temos importado hábitos ruins dos EUA e o fast food é o problema atual
      há aqui mais uma inversão de valores, pois a população paga menos pela alimentação, mas gastará mais dinheiro com médicos no futuro

      abs!

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    3. Olá, Patrimônio.

      Rapaz, vc resumiu tudo nisso: "Hoje o rico come ovo mexido, e o pobre presunto". É o que vejo na minha família, aliás. Os mais pobres capricham nos embutidos e os mais prósperos ficam na tapioca com um ovinho frito (carbo de qualidade e proteína). Restaurantes chics andam ofertando mandioca cozida e batata doce no almoço, por exemplo. E sobre ovos, recordo que a classe média comprava mais em supermercados, quando eu era guri. Eram ovos enormes e bonitos, mas de granja. Os mais pobres comiam ovos das galinhas de capoeira (caipiras), criadas em casa. Sempre haviam pessoas nos bairros vendendo estes ovos. Hoje, ovos caipiras custam caro e as "cartelas" de granja são vendidas por carros de som nos bairros periféricos.

      Scant,

      E quem pensa em futuro? rs

      Abraços!

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  2. Olá, Scant! Tudo certinho?

    Adotamos uma regrinha aqui em casa, que é: "descascar mais e desembalar menos". Já tem um tempo que seguimos essa regra, e o mais interessante foi que isso nos ajudou a reduzir muito nossos gastos com alimentação, além de ser saudável também.

    Eu particularmente já estou adaptado com nossa "regrinha" aqui em casa, e não penso em mudar.

    Uma abraço, e obrigado por adicionar meu blog na sua lista 😉.

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    1. por nada :)

      boa regra, vou incorporar na minha rotina

      abs!

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    2. "descascar mais e desembalar menos"

      Perfeito.

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